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O Sporting é a paixão que nos inspira. Não confundimos competência com cultos de personalidade. 110 anos de história de um clube que resiste a tudo e que merece o melhor e os melhores de todos nós. Sporting Sempre


11
Jan17

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Decorre neste momento uma reunião convocada pelo Conselho de Arbitragem, que teve início às 14h30m na Cidade do Futebol. Numa altura em que se vivem dias tumultuosos (pelo menos um pouco mais que o habitual...) na arbitragem, na sequência de decisões polémicas que tiveram o último episódio na forma como Sporting e Porto foram eliminados da Taça da Liga, com abertura de uma auto-estrada para mais um troféu a poder ser conquistado pelo Benfica, impõe-se que o assunto seja debatido.


O que se vive na arbitragem portuguesa é particularmente grave e só a desprestigia, sendo já alvo de chacota a nível internacional. Árbitros sem categoria, que chegaram de forma estranha à Primeira Liga e até a internacionais, observadores que com as suas avaliações e classificações incompreensíveis, contribuem para esta "seleção" em que os medíocres são privilegiados. Temos hoje um quadro de árbitros que não prometem nada de bom para a arbitragem nos próximos anos, mais preocupados com a progressão da carreira, e em adequar as suas atuações a esse desígnio, que em dignificar a profissão.
Ainda há alguns dias Miguel Libório teve uma actuação anedótica no jogo Sporting B - Braga B com clara interferência no resultado.


Aliás a Segunda Liga parece hoje um "laboratório" e centro de testes onde se pode ter uma antevisão dos futuros árbitros a serem promovidos, mas sem que a qualidade e isenção seja o principal critério de promoção. Tinha sido aí que Rui Oliveira, árbitro do Setúbal - Sporting da Taça da Liga assinara uma actuação miserável no jogo entre o Sporting B e o Feirense, na época passada.


Obviamente que a arbitragem não explica só por si o fracasso em que ameaça tornar-se esta época do Sporting, em que também houve claros erros de planeamento e de constituição do plantel. O problema é que as coisas como estão não garantem a verdade desportiva, apesar dos elogios do Sporting a este Conselho de Arbitragem, bem como de inúmeros posts de indignação no FB.


Falando do FB, Bruno de Carvalho escolheu novamente esta rede social para propor medidas de reforma da arbitragem. Curiosamente não marcará presença na reunião de hoje onde poderia discutir essas medidas e fazê-lo perante outros clubes e Fontelas Gomes. Como já escrevi em outro post, é mesmo o mandato do Facebook...


Em relação ao que sugere, BdC tenta assim retomar algum fôlego de que dispunha no início do mandato, numa altura em que era elogiado e tinha crédito. Infelizmente e por culpa própria, foi perdendo essa credibilidade e ficando cada vez mais isolado. É que uma alteração desta magnitude tem de contar com o apoio de outros clubes e não é certamente com posts no FB que se aglutinam vontades e se granjeiam apoios.


No ponto 1 BdC sugere que seja feita já a divulgação pública dos relatórios sobre os árbitros. Nada a opor, pois a transparência contribui para avaliações mais justas até porque responsabiliza mais os autores.


Quanto ao ponto 2 que defende que o vídeo-árbitro avance desde já, não existem condições para o fazer e esta medida não será a panaceia que muitos julgam ir resolver os problemas da arbitragem. Se há lances que mesmo depois de vistos e revistos na TV continuam a ser polémicos, porque será diferente com o vídeo-árbitro? Sem dúvida que pode ajudar em situações relativas a fora-de-jogo ou algumas faltas mais evidentes mal ajuizadas muitas vezes manter-se-á a duvida, alem das implicações em relação ao impacto no ritmo de jogo que terão de ser estudadas.


No ponto 3 sugere acabar com os observadores ou mudar os actuais. Claro que está à vista o mau trabalho dos observadores e as suas consequências. Mas terá sempre de existir uma avaliação dos árbitros e quem tenha de o fazer. O facto de tornar públicos os relatórios já terá certamente um efeito dissuasor.


O ponto 4 sustenta que 'os melhores árbitros devem ser nomeados para os melhores jogos.
Nada a contestar. A questão é que se a base é má, torna-se complicado. Ou então se houver condicionamento em termos de impacto futuro na carreira... ainda recentemente aquele que é considerado o melhor árbitro nacional, Jorge Sousa, perdoou 2 penaltis claros ao Benfica no jogo com o Sporting.


Os pontos 5 e 6 não têm grande expressão prática... mais contacto com os clubes e a adopção de um discurso moderno não são propriamente medidas concretas e objectivas. Na mesma linha surge o ponto 8 de os árbitros reconhecerem publicamente os erros.


No ponto 7 fala em penalizar de forma mais pesada os penaltis não assinalados ou incorrectamente marcados o que parece acertado, embora não sejam estes os únicos lances determinantes no jogo.


O ponto 9 é algo confuso ao sugerir que se considerem as posições públicas de cada árbitro como critério para nomeações futuras e misturando isso com as exibições em cada jogo (algo que já tinha sido indicado antes).


O ponto 10 propõe que sejam conhecidos publicamente os critérios de nomeação e avaliação. Talvez se possa começar por aí, estando algo já implícito em outros pontos, nomeadamente em relação às nomeações.


No último ponto (11) exige a verdadeira profissionalização dos árbitros e que sejam conhecidos os critérios de nomeação de internacionais.


Enfim um conjunto de medidas que têm validade, embora apresentadas de forma um pouco confusa. Pena que o próprio proponente as tenha desvalorizado ao apresentá-las no Facebook e não tenha aproveitado a reunião de hoje para que o seu anúncio pudesse ter algum impacto e consequências práticas! Faz lembrar os centros do Saber…

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editado por Ivaylo a 25/2/17 às 12:14


1 comentário

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De Rato Azevedo a 11.01.2017 às 15:56

O Azevedo quer é aparecer à pala dessas supostas lutas.

Repare que após ele ter rasgado o contrato com a doyen (para além do dinheiro lhe ter dado jeito para apresentar lucros financeiros), começou a passear Europa fora numa luta pela verdade-desportiva e que os fundos eram isto e eram aquilo.

Esse post de facebook, como sempre, foi para ovelhinha ver. Porque de resto, ele nunca teve nem nunca terá capacidade para na prática fazer algo.

O que me custa é ver um labrego daquele a gerir, não para o Sporting, mas a gerir para as massas, a ver se estas o reelegem no seu poleiro.

Quando um presidente afirma numa Assembleia-Geral para não o deixarem cair, acho que é mais que caminho andado para o pôr a andar. Era ai que se deveria começar a questionar muita coisa.

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