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O Sporting é a paixão que nos inspira. Não confundimos competência com cultos de personalidade. 110 anos de história de um clube que resiste a tudo e que merece o melhor e os melhores de todos nós. Sporting Sempre


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Durante o mandato desta Direção do Sporting, introduziu-se no léxico de discussão sobre o clube nos vários grupos, fóruns e blogues, o termo “sportinguense”. Na linha de divisionismo que se instaurou e que, ao invés de se ir atenuando, se tornou cada vez mais marcada à medida que o mandato foi avançando, começou a ser comum ler-se que dos 3 milhões, só 100 mil é que interessariam, que se tinha de fazer uma “limpeza”, etc.

 

A idiotice e fanatismo não conheceram barreiras para alguns. Sabemos que sempre existiram tiradas infelizes, pessoas que perdem excelentes oportunidades de ficarem caladas e que assim evitariam expor todas as limitações intelectuais e éticas de que enfermam e também é verdade que a Internet e em particular o Facebook dão a tudo isto uma amplitude e cobertura que de outra forma não existiriam. Há aliás, nesta rede social, inúmeros exemplos de pessoas que dizem as maiores barbaridades e que ainda assim se arrogam o direito de tudo comentarem e de se acharem donas da razão.

 

A novidade é que todo este movimento de cavar trincheiras, atacar sportinguistas recorrendo ao insulto e até à ameaça, curiosamente de forma bem mais exacerbada do que acontece em relação aos adeptos rivais, tem o beneplácito desta Direcção e acaba até por ser estimulada, quer pelo exemplo que o presidente dá no seu discurso bélico e messiânico habitual, quer por pessoas que lhe são próximas.

 

Há assim “sportinguenses”, que pelos vistos “querem é o Godinho de volta”, ou então que “desejam é arranjar tacho”, mesmo que estas afirmações não passem pelo crivo da lógica ou do bom senso. Na verdade, muitas das pessoas que criticam esta forma de estar, de comunicar e sobretudo de tratar os outros sportinguistas que é a imagem de marca deste mandato, não se revêem em muito do que foi feito nos anteriores, em particular no de Godinho Lopes, que foi a todos os títulos desastroso, apenas não gostam de toda esta cultura de fundamentalismo desportivo e têm todo o direito de o afirmar e de não serem insultadas por terem o atrevimento de manifestar opinião.

 

Todos os sportinguistas querem é o clube bem gerido, a manter intactos valores que sempre existiram no Sporting, independentemente da Direção ou da competência dos órgãos directivos, como o respeito mútuo e capacidade de reconhecer erros próprios, pois só assim se pode melhorar. Queremos uma cultura de mérito e de competência. Só assim no final poderíamos ter os tais resultados, que apesar de toda o estardalhaço e foguetórios desta Direção, continuam a não aparecer, pois apesar de se gastar como nunca, continua a perder-se como sempre nas últimas décadas.

 

Mas ao que assistimos? À divisão entre “sportinguistas bons” e “sportinguistas maus”. Do lado bom ficam os que dizem ámen a tudo o que a Direcção diz e defende. Os maus, mesmo que vão aos estádios apoiar, que paguem quotas e invistam em Gameboxes, que façam os filhos sócios e os mantenham no ideário leonino, são penalizados porque ousam dizer que muitas vezes o rei vai nú.

 

Se não ganhamos, são invariavelmente os árbitros os culpados de tudo. Obviamente que desde há muito que somos o parente pobre dos 3 grandes em relação às arbitragens. Claro que tivemos a vergonha nacional que foi o Apito Dourado e agora temos o Apito Encarnado, com a grande maioria dos árbitros do quadro principal sendo adeptos do Benfica. Houve um “trabalho” árduo por parte da Direcção deste clube nos últimos anos, em primeiro lugar ao abanarem os alicerces do anterior poder sediado a Norte e depois ao conseguirem ir gradualmente controlando observadores, estruturas da Federação e Liga e conseguirem ir promovendo os árbitros que lhes eram mais favoráveis aos seus interesses. Isto é inegável.

 

Mas o que é que o Sporting e em particular o seu presidente fazem? Desgastam o poder da sua palavra e em particular da denúncia que poderia ter até algum impacto, ao publicarem inúmeros posts ridículos e dirigidos a todo e qualquer bicho careta que seja associável ao rival. Assim, quando interessaria que fossemos ouvidos, ninguem nos liga. Não sabem arranjar aliados nesta luta, quer entre os pequenos clubes, quer entre clubes com outra dimensão. E quando se fala em aliados não é para depois existir um Apito verde… é apenas para que seja mais difícil inclinar os campos e ajudar a determinar os resultados. Em vez disso, fazem um autêntico hara-kiri comunicacional que só nos ridiculariza cada vez mais. A ideia é esconder a incompetência que foi conferir poderes quase ilimitados a um treinador que se queixa do colinho que antes negava existir, que foi responsável por contratações desastrosas que nos impedem de ter alternativas reais no plantel que continua a ser muito curto, apesar de ter 29(!) jogadores e esconder a ausência de um rumo, de uma estratégia, de … futuro.

 

O que tem esta Direção para oferecer aos sportinguistas? Está esgotada. Chegou a um beco sem saída, em que está prisioneira de um treinador caríssimo e egocêntrico que só sai se quiser e se alguém o vier buscar, de um plantel desmotivados e vasto, mas em que será difícil recuperar uma fracção do investimento que foi feito na maioria dos jogadores e no qual basta abdicar de duas ou três unidades para ser reduzido a uma confrangedora vulgaridade. O Benfica é tricampeão e por este andar vai continuar a ganhar. Porque além de dominar as estruturas desportivas, enquanto nós histericamente continuamos a dar socos no ar, vai compondo e reforçando o seu plantel, o que talvez lhe permita a breve trecho fazer o que o Porto já fez antes… dominar tão bem e a seu bel-prazer, o futebol internamente, que se poderá dar ao luxo de até fazer uma gracinha em termos internacionais. Captando mais adeptos, mais receitas, etc. Continuam a investir num marketing altamente profissionalizado e na visibilidade da sua marca. Nós falamos na possibilidade de promover um qualquer André Geraldes, cujo único mérito conhecido é ser indefectível do presidente, a director desportivo. O contraste é doloroso e cada vez mais marcado.

 

Seriam respostas para estes problemas e realidades que se esperariam de uma Direção responsável e competente. Mas o que vemos? Fecham-se os olhos aos erros e insiste-se que os “sportinguistas maus” é que estão errados. Porque se recusam a aplaudir cegamente este mergulho em direcção ao abismo, este hino à incompetência com que vamos sendo brindados, sobretudo nesta parte final do mandato.

 

O que vai na minha alma sportinguista é uma profunda tristeza. Não pela ausência de resultados, porque isso já estou infelizmente mais que habituado. Mas não perdoo é que destruam, dividam e descaracterizem um dos amores da minha vida desta forma tão básica e ultrajante para a minha inteligência e de muitos sportinguistas.

 

Sporting sempre!

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editado por Ivaylo a 25/2/17 às 12:17


27 comentários

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De Anónimo a 09.01.2017 às 10:25

"A ver se consigo que entenda que criticar Godinho Lopes não implica defender o que está a fazer. Espero ter sido claro desta vez."

Não disse que implicava defesa.
O que eu disse foi

Parece uma falta de coragem, estar sempre a falar da anterior direcção para se ter uma espécie de credibilidade para falar desta.

Falem só desta,é a que está.

Quem continua sempre a utilizar os argumentos da direção anterior, é o mitomano e a seita, para alienar os adeptos.
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De Krassimir a 09.01.2017 às 10:31

Não sou eu que falo sempre da anterior Direção. Quem o faz é o atual presidente e muitos que os apoiam. Perante qualquer crítica, lá vem o "queres é o Godinho de volta". Aliás apenas fiz uma curta referência a isso, até para dizer que houve muito mais Direções anteriores, em que já eramos roubados pela arbitragem. Tal como aconteceu durante o mandato do atual presidente. Não desculpo erro nenhum desta Direção com os anteriores. Concordo plenamente que tem de ser julgada pelo que fez e ao fim de 4 anos, já chega de ir buscar os outros para se desculpabilizar

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