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O Sporting é a paixão que nos inspira. Não confundimos competência com cultos de personalidade. 110 anos de história de um clube que resiste a tudo e que merece o melhor e os melhores de todos nós. Sporting Sempre


28
Fev17

Quiz de Carnaval

por Ivaylo

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Quem é que:

 

1 – contratou um jogador já com histórico de lesões, apesar do reconhecido valor, cujo rendimento foi sempre abaixo de intermitente devido a lesões?

   A – Godinho Lopes
   B – Bruno Carvalho

   C – Ambos

 

2 – teve um trajecto crescente em termos de despesa, culminando num ano último ano de mandato em all in e batem-se recordes de contratações?

   A – Godinho Lopes
   B – Bruno Carvalho

   C – Ambos

 

3 – teve um encargo total de tranferência na ordem dos 8M€, valor total só conhecido a posteriori, em que o jogador tarda/tardou em justificar o "pódio de contratações"?

   A – Godinho Lopes
   B – Bruno Carvalho

   C – Ambos

 

4 – prometeu uma profunda limpeza com vista à conquista imediata de Títulos, não tendo concretizado essa promessa?

   A – Godinho Lopes
   B – Bruno Carvalho

   C – Ambos

 

5 – teve um rácio de "qualidade das contratações" inferior a 33%?

   A – Godinho Lopes
   B – Bruno Carvalho

   C – Ambos

 

6 – anunciou uma aposta na Formação, para a concretizar com dezenas de contratações de jogadores estrangeiros?

   A – Godinho Lopes
   B – Bruno Carvalho

   C – Ambos

 

7 – no último ano de mandato contrata um jogador de uma zona do globo pouco habitual em contexto futebolístico (como a Índia ou o Azerbeijão...)?

   A – Godinho Lopes
   B – Bruno Carvalho

   C – Ambos

 

8 – é um amigo de José Maria Ricciardi?

   A – Godinho Lopes
   B – Bruno Carvalho

   C – Ambos

 

9 – apresenta na sua candidatura um elemento basilar do projecto, que mais tarde sai sem que a saída seja acompanhada de demissão do presidente?

   A – Godinho Lopes
   B – Bruno Carvalho

   C – Ambos



Soluções – a resposta correcta a todas as questões é a C.

 

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27
Fev17

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Publicámos ontem uma gravação áudio que surgiu na net, sobre uma conversa entre José Maria Ricciardi e Sikander Sattar (elemento preponderante da KMPG).

Sabemos que era uma decisão polémica, mas o facto de nos parecer autêntica e da gravidade dos elementos contidos neste diálogo, acabaram por nos levar a publicar a mesma. Não ignoramos que vivemos um momento eleitoral, que há muita intoxicação dos sportinguistas, com insultos, calúnias e factos deturpados, mas essa não é a nossa linha. Apenas nos preocupamos com o Sporting e com o seu presente e futuro.

Ao contrário de blogs como o Mister do Café, que antes de surgirem candidatos, prometia ir avaliar de forma objectiva as eventuais candidaturas, mas que na prática, desde que foram conhecidas as duas alternativas, apenas faz campanha por um candidato e diariamente procura denegrir o outro (lá terá as suas motivações, mas são cada vez mais evidentes), nós não fazemos campanha por ninguém. Não recebemos também qualquer compensação monetária pelo que escrevemos e produzimos, que pelo contrário nos consome tempo e esforço. Mas fazemo-lo com todo o gosto, porque queremos o melhor para o Sporting e apenas pretendemos contribuir para uma discussão saudável. Temos as nossas sensibilidades individuais, manifestamos um posicionamento muitas vezes crítico, mas esse relaciona-se com o momento do clube que não é bom e que infelizmente não se torna maravilhoso, só porque tivemos um fim de semana positivo em termos de resultados, facto que obviamente registamos com agrado.

Analisámos o programa da candidatura de Pedro Madeira Rodrigues, elogiámos e fizemos reparos onde entendemos e ainda faremos o mesmo em relação ao de Bruno de Carvalho.

Voltando à gravação áudio e considerando que a mesma, envolvendo duas pessoas com relevância no universo sportinguista, tem pertinência, achamos que seria mais fácil a sua avaliação através da transcrição, o que fazemos de seguida:

 

Ricciardi: “Temos sofrido muito com que se tem passado. Também temos a fama de que fomos nós que financiamos (?) o clube, o que é mentira… A única coisa que conseguimos foi arranjar dinheiro para que outros infelizmente fizessem uso dele da pior maneira possível, ou seja decisões que resultaram nesta situação do clube, e agora nós entendemos que, já há algum tempo para cá, a única maneira de salvar o Sporting é a SAD, (no fundo o coração do Sporting), consigamos uma situação em que a SAD,… a maioria da SAD, deixe de pertencer ao Sporting. Eu acho isto há muito tempo. Acho que a viabilidade futura dos clubes de futebol em Portugal passa por serem os investidores que têm a maioria de uma SAD e portanto podem fazer um trabalho de longo prazo, como o Sporting na nossa opinião. O Sporting não tem outra solução como trabalho de longo prazo, quer dizer, o Sporting não vai conseguir no curto prazo mudar uma situação em que está para ser a melhor equipa em Portugal – não há dinheiro – portanto acho que a única maneira de se conseguir fazer a SAD uma empresa rentável, não só obviamente, porque o maior objectivo é vitórias desportivas e ao mesmo tempo transformar-se numa entidade rentável, isso só se pode se a maioria do capital não pertencer ao Sporting. E os bancos acham isto. Nunca o fizeram, mas acham isto. Os bancos estão dispostos a meter dinheiro no Sporting se a gente arranjar alguém que tenha capacidade de investir, tínhamos falado antes em muito dinheiro, agora já conseguimos reduzir isto para um valor muito mais razoável, e que fica ele o principal accionista do Sporting, da SAD, obviamente que depois passará a ter uma palavra importante a dizer na escolha dos executivos, das pessoas que irão depois no dia-a-dia gerir o Sporting, obviamente em conjugação com aquele que será o presidente do Sporting.

Há muita gente que tem medo do Bruno de Carvalho… (nota: parece existir corte)…

 

Sikander Sattar: “Nós entretanto temos pensado bastante e discutimos se qualquer um dos dois actuais candidatos servem os interesses do Sporting a médio e longo prazo e sinceramente deixam muito a desejar em termos do seu perfil. Não estamos contra nenhuma das candidaturas e aliás este plano que eu vou apresentar é aplicável a qualquer uma das duas candidaturas que seja vencedora. Portanto não estamos aqui a apontar para um em detrimento do outro. Achamos que talvez seja mais fácil com um do que com o outro mas também não temos a certeza porque nenhuma das candidaturas é daquelas que nos dá uma confiança total e inequívoca. De qualquer das formas, como disse o José Maria e bem, o plano que vai ser também aprovado pelos bancos é para ser em conjunto com uma série de (…?) do projecto disponível para ser apresentado a qualquer um dos candidatos. Os bancos vão ter que aprovar isto, ainda não aprovaram e depois vai ser sujeito à discussão com o presidente que for eleito. Mas antes disso, como diz o José Maria e bem, temos de ter uma liderança que seja independente da irracionalidade dos adeptos – nós todos somos adeptos e obviamente eu não estou a criticar os adeptos por serem irracionais, pois eu posso ser irracional naquele momento. Só que na nossa vida, a paixão que nós temos pode-nos levar à irracionalidade daquele momento, mas por outro lado temos de ter a racionalidade de criar as condições para a sustentabilidade do Sporting para o futuro. E nessa medida, aquilo que os bancos, como nós os três temos alimentado e defendido bastante, é que é preciso criar as condições para que haja um investidor, que seja o parceiro dos bancos, também entendemos que não há em Portugal um investidor que possa pôr 50 milhões de euros, isso não existe, era pedir um sacrifício enormíssimo a um sportinguista, portanto o que nós entendemos é que os bancos deviam encontrar um parceiro que pudesse injectar o valor, mas que uma parte significativa do montante seria financiado/investido pelos próprios bancos. Quem mandaria na Sporting SAD seria o investidor em conjunto com 2 ou 3 administradores eleitos profissionais que nós teríamos de escolher para fazer parte da equipa, apoiados pelos bancos, em que as decisões, até uma assinatura de um cheque para o pagamento de uma coisa qualquer não podia ser feita pelo presidente do Sporting Clube de Portugal. Tinha de passar por 2 assinaturas das pessoas que fossem eleitas do lado dos investidores e da banca. Vamos ter de ir à Assembleia como é evidente, pedir a aprovação que a maioria seja cedida, o seu controlo seja retirado ao Sporting Clube de Portugal. Em termos de aumento de capital será à volta de 30 milhões de euros. Desse valor, aquilo que estávamos a propor é que 10 milhões fossem investidos pelo investidor e 20 milhões fossem financiados pelos bancos. Isto é, constituíamos uma holding, uma SGPS, em que o capital social seriam 30 milhões… desculpe não é o capital social… em que a SGPS faria um investimento na Sporting SAD de 30 milhões de euros, nos quais 10 milhões eram capitais próprios do investidor e o resto eram um financiamento da parte da banca à SGPS. Portanto, dos 50 milhões de investimento, aquilo que a banca está a pedir-nos era que nós tivéssemos um investidor que assuma 10 milhões de investimento e que não só assuma como seja o representante formal na Sporting SAD desse investimento, como seja o vice-presidente da Sporting SAD e que embora não tenha de passar todos os dias da sua vida…

 

(interrupção de Ricciardi: “e esse vice-presidente tinha de dar (conta…?) na mesma ao presidente do Sporting, mas não era ele que mandava, era mais um, uma representação, não é?…"

 

SS “ simbolismo mais do que o controlo. O controlo pertenceria ao investidor e aos bancos. Nós entendemos que neste momento é prioritário o controlo da Sporting SAD, muito mais que a presidência do Sporting, porque é a SAD que vai definir o futuro do Sporting. Agora tem de haver é uma gestão profissional, não podemos delegar o centro da decisão ao Bruno de Carvalho, obviamente que este plano só é viável com a existência de um investidor, com a parceria desse investidor com a banca e depois com a aprovação pela Assembleia Geral do Sporting e que os sócios estejam disponíveis para ceder a maioria do controlo da SAD." (corte?) 

 

Ricciardi: “Já se entrou numa fase em que a gente sabe perfeitamente que o Sporting não é salvável, a não ser com uma estabilidade que retire aos sócios a possibilidade de mandar o jogo abaixo. E os sócios não são mais que instrumentos nas mãos de certas figuras para terem protagonismo. Portanto eu acho que aquilo só é salvável com uma solução deste estilo em que a malta diz: vocês façam o que quiserem, aqui não mandam…"

 

SS – “é a única hipótese…”

 

Ricciardi – “a solução passa por eu sozinho, ou com outros investidores e mais os bancos, arranjar uma solução sustentável para o Sporting, não é até Junho… é até ao ano 2000 e não sei quantos. Para isso vamos ter de ficar com a maioria e vamos ter de nos entender contigo – o Sporting terá uma palavra a dizer em várias coisas, mas quem tem a decisão final é a maioria. Portanto deixa de haver aquela situação em que tu achas que se tem de comprar um jogador XPTO e que se a malta não estiver de acordo, não compra. E que se queres vender o Rui Patrício por 8 milhões de euros, se a malta não estiver de acordo não vendes. É claro que podes tentar estar de acordo e trabalhar em conjunto e em equipa, não é estar aqui para andar à batatada, agora quem manda somos nós."

SS: “as VMOCs ficam com os bancos.. ?" nota: difícil de entender na gravação).

Ricciardi: “E os bancos ficam accionistas da SAD… Isso até ainda é melhor. Os bancos como parceiros da sociedade. Os bancos estão apostados em viabilizar uma solução destas para que o Sporting sobreviva. Mas querem ter a certeza que não vão fazer outra vez o mesmo que é estar a meter dinheiro no Sporting para um tipo dizer que vai só gastar 25 milhões ou 30 milhões com a SAD, depois gasta 55 e tem um prejuízo monstro, só faz compras inconcebíveis, sobe ordenados de jogadores como é o caso do Adrien que é um tipo que não merece ganhar meio milhão de euros por ano e está a ganhar 2 milhões… portanto fazer com que desta vez isto não se passe outra vez. E como é que não se passa outra vez? Tendo um parceiro, que com ele tem a maioria da SAD. Portanto deixa de se governar isto para a populaça."

SS: “Portanto não tem autoridade para contratar jogadores…."

Ricciardi: “nem para contratar, nem para vender. Nunca mais a malta quer ouvir falar em eleições e em presidentes do Sporting. É que nunca mais!”

 

 

Esta conversa suscita algumas questões que deixamos à consideração dos sportinguistas:

1) Em que altura ocorreu? Terá sido em 2013 ou mais recentemente? Existem elementos dúbios quer para uma data quer para a outra. Ainda assim isso só será importante para perceber até que ponto envolve mais ou menos a Direcção actual, não na sua essência. Entretanto Ricciardi reconheceu a sua autenticidade e datou-a de 2013.
2) Continuarão Ricciardi e Sattar neste momento a pensar o mesmo que na altura desta conversa, ou seja que o Sporting só tem futuro se perder a maioria do capital da SAD? Foi lesto a reconhecer a autenticidade e a atacar a honorabilidade de PMR, mas seria importante que esclarecesse este ponto.

3) Atendendo a que estão na Comissão de Honra de Bruno de Carvalho e tendo em conta o que está contido neste diálogo, o que os fez aderir a esta candidatura e o que esperam do desenho accionista do clube em termos futuros? Faz-lhes confusão que a “populaça” continue a ser quem decide?
4) Quem é o terceiro elemento a que se alude na conversa?
5) Quem investiu 18 milhões na SAD recentemente e porque motivo não é referido o seu nome? É algum destes intervenientes, ou é o tal terceiro elemento?

 

Por último, apenas alguns apontamentos finais…

O presidente da KPMG Portugal e KPMG Angola, Sikander Sattar, chegou a ser ouvido LINK na comissão de inquérito parlamentar ao caso BES em Janeiro de 2015, designadamente as contas do BES Angola (BESA), cujo homem forte era Álvaro Sobrinho.

Por sua vez, Ricardo Salgado sugeriu  que a KPMG, presidida por Sikander Sattar, terá sido influenciada por Sobrinho LINK para fazer um relatório de controlo interno, relativo a 2012, a dar conta de que o BESA estava “de boa saúde”. “Não me passa pela cabeça que o Dr. Álvaro Sobrinho não tenha conseguido controlar isto. A coisa mais espantosa é que isto vem com data de 28 de junho de 2013. A KPMG esteve, no mínimo, distraída.”

Sattar… Ricciardi … Álvaro Sobrinho. Um triângulo muito nebuloso que importa clarificar e esclarecer. Em nome do Sporting!

 

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26
Fev17

Está em marcha uma golpada no Sporting. É de vomitar e ficar completamente enojado com o que se prepara e congemina na sombra. O plano foi sempre o mesmo, de direção em direção, o gritar bem alto “ou eu ou o caos”, ou como se vomitou no último debate, uma enorme mentira, “se não fosse eu o Sporting podia acabar”. Não será de todo surpresa para ninguém que Bruno de Carvalho é uma marioneta, um verbo de encher, um peixe comensal, um guloso, um lambuças, um bipolar que chamou de cancros e parasitas a estes mesmos que agora o governam e lhe “dão apoio”. Dia quatro é dia de votar e escolher. A democracia é isto mesmo. Permitir escolher livremente a continuidade de poder continuar a escolher. É importante ouvir. Ouvir e perceber.

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25
Fev17

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Depois do tempo entretanto decorrido na campanha às eleições no Sporting, depois do debate realizado no passado dia 23, continuam ainda algumas questões importantes por esclarecer. Poderia ter sido também esse o papel do moderador, aliás, deveria. Os sócios, que de certa forma também lhe pagam o vencimento, teriam agradecido imenso. Uma vez que tal não aconteceu, deixo aqui um conjunto de perguntas a ambos.

 

Pedro Madeira Rodrigues

 

1 – O que fará se Jorge Jesus não se demitir?

 

2 – Quem é o seu treinador?

 

3 – Caso a equipa B desça de escalão, mantém a intenção de aposta na mesma?

 

4 – O basquetebol é a única modalidade que equaciona recuperar?

 

5 – Qual a vantagem de recuperar já a posse da Academia?

 

6 – Qual o custo do Velómedro Joaquim Agostinho?

 

7 – Pensa apresentar candidato às próximas eleições da Liga? Já tem alguém em mente?

 

8 - Tenciona manter Luís Martins e em que funções - caso não seja na equipa B, quem escolherá para o lugar?

 

9 - Relativamente à política de empréstimos, tenciona fomentá-la e normalizar relações com clubes com quem esta Direcção se incompatibilizou?

 

Bruno Carvalho

 

1 – Quem é Costa Aguiar?

 

2 – Qual o orçamento actual do Departamento Legal, quanto era no início do mandato e qual foi a evolução ao longo do mesmo?

 

3 – Quais as responsabilidades directas de Virgílio e Manuel Fernandes?

 

4 – Quem são os investidores de 18M€ anunciados em Novembro de 2016?

 

5 – Porque vendeu Montero?

 

6 - Caso a equipa B desça de escalão, mantém a intenção de aposta na mesma?

 

7 – Porquê antecipar a renovação com a Macron?

 

8 – A quem pertence o passe do jogador Bruno Paulista e qual a relação com o Caála?

 

9 - Como vai resolver o problema dos VMOCs?

 

10 – Qual o papel da empresa Young Network no Sporting Clube de Portugal?

 

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24
Fev17

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Decorreu ontem o único debate entre candidatos à presidência do Sporting, entre Bruno de Carvalho e Pedro Madeira Rodrigues (PMR). Como tínhamos aqui referido antes do mesmo ter lugar, esperava-se que revestisse elevação e que contribuísse para o esclarecimento dos sócios sobre vários assuntos que os inquietam.

A primeira conclusão que se pode tirar depois de terminado é que se tratou de um debate pobre e que na maioria dos casos defraudou as expectativas.

Bruno de Carvalho iniciou as hostilidades visando os elementos da lista de Pedro Madeira Rodrigues, com ataques pessoais e tentando menorizar, entre outros, Mário Saldanha, Rogério de Brito, Rui Morgado, Vítor Ferreira e José Pedro Rodrigues. Interessante que alguns deles já antes tinham estado do seu lado na anterior eleição, mas agora importava era atacar ferozmente quem ousou assumir uma candidatura alternativa. Aproveitou para criticar Vítor Espadinha, candidato ao Conselho Leonino na lista de PMR, que embora tenha dirigido críticas a BdC bastante pertinentes num post do Facebook, perdeu completamente a razão ao usar do insulto fácil e repetido. Bruno de Carvalho, referiu estranhar que PMR não se tivesse publicamente demarcado destas declarações de Vítor Espadinha.

Na resposta, PMR declarou que não se revia nesses insultos e que não ia ao Facebook, aproveitando para lembrar que BdC (agora indignado com os tais insultos) era o mesmo que apelidava de “ratos, híbridos, lampiões e abutres” alguns sócios do Sporting, a quem inclusive colocou vários processos.

Depois desta fase inicial de troca de galhardetes, iniciada por Bruno de Carvalho, foi possível discutir alguns assuntos mais relevantes.

Em relação à estrutura do futebol, PMR destacou que vai apostar na Formação, fundamentando essa aposta nas contratações de Boloni e Delfim, bem como de Pina Cabral, para a sua estrutura, prometendo o anúncio do nome do treinador para depois do jogo do Estoril. Bruno de Carvalho, por sua vez, além de nada ter anunciado de novo nessa mesma estrutura, voltou a criticar as escolhas do adversário, chegando ao ponto de falar que Delfim estava agora na agricultura (Octávio mexeu-se, nesta altura, nervosamente na cadeira em que estava a assistir ao debate). Insinuou ainda que Pina Cabral teria querido ganhar dinheiro com transferências de jogadores. De referir que foi parte importante nos processos de Slimani, Montero e outros atletas...
Na resposta, PMR ressalvou o facto de, mesmo após JJ não ter conquistado o campeonato, a atual Direcção lhe ter aumentado o vencimento em 60%, ou seja passando de 5M/ano para 8M/ano. Além disso, comparou os elementos da sua equipa com André Geraldes, pessoa que tem como credencial, justificando a sua promoção a Director desportivo... o facto de ser muito amigo de BdC. Falou ainda da situação actual da equipa B, que parece condenada a desaparecer e dos incidentes deploráveis no balneário em Chaves que tiveram Bruno de Carvalho como protagonista. E relativamente a todos estes pontos... teve um silêncio ensurdecedor, como resposta do seu adversário.

O actual presidente do Sporting preferiu falar das transferências record de Slimani e João Mário, da obra realizada e dos melhoramentos efetuados nas infra-estruturas, no que talvez tenha constituído o seu melhor momento no debate. Via-se que levava o trabalho de casa bem feito da parte dos colaboradores. Falou ainda que o clube tem aumentado as receitas operacionais, mostrando um gráfico (fica sempre bem este tipo de imagem em televisão).
Aqui PMR terá estado mal ao não reconhecer que de facto se trataram de boas vendas e ao não documentar da mesma forma as ideias que tem para a Academia e a sua compra, bem como para a cobertura do fosso – onde foi mais uma vez alvo de tentativa de piada fácil de BdC – insistindo que o custo é bastante inferior ao que antes se supunha e comprometendo-se a avançar com a obra já neste Verão. Criticou ainda a saída de Montero, que só se podia compreender por dificuldades de tesouraria, nada tendo o clube ganhado com a vinda de Barcos. BdC falou da eficácia de Teo, esquecendo-se que quando Montero saiu, estava Teo nas praias da Colômbia e que não contou para o Sporting durante mais de dois meses.

Quanto aos investidores, PMR voltou a acentuar que não vão entrar na SAD (recorde-se que o blog Mr do Café, que tem feito uma campanha diária a denegrir a sua candidatura, tinha avançado com essa possibilidade), mas que irão ser parceiros na Academia e no naming.

Em relação a JJ, PMR referiu ter a certeza que consegue convencer o treinador do Sporting a abdicar da indemnização que teria direito por via do contrato inacreditável assinado com ele por parte desta Direcção. Não sabemos que meios de pressão terá para o fazer assim decidir, de qualquer forma registe-se que referiu que seria “limpinho”. Bruno de Carvalho, em relação ao futebol e mais uma vez, nada adiantou de novo, dando a entender que mantém o técnico, mas que ao mesmo tempo se vai apostar na Formação. Isto depois do que se passou nesta época e das afirmações de JJ sobre a Formação, facto que foi ressaltado por PMR...

No que concerne às assistências aos jogos e depois de ser acusado por BdC de abordar o assunto, PMR confirmou que se trata de mais uma prova da mentira em que se vive actualmente no clube. De facto é muito surpreendente que continuemos a bater recordes de assistências em relação à época passada com o pobre futebol a que vamos assistindo e com os objectivos da época comprometidos na totalidade. Além disso, basta olhar para as clareiras do Estádio em dia de jogo para se perceber que algo não bate certo...

Nas modalidades, PMR referiu que vai apostar no basquetebol, modalidade querida no clube e das mais populares, contando para isso com a parceria com o Boston Celtics e com a experiência de Mário Saldanha. Bruno de Carvalho preferiu destacar o número de modalidades. Ainda neste tópico, foi referido pelo presidente do Sporting que o clube está na luta em todas elas, depois de confrontado com o investimento brutal feito esta época e com alguns maus resultados que se vão verificando.

Nos escalões de formação e embora todos tenhamos a ideia que também este domínio não tem sido fértil em títulos neste mandato, BdC aproveitou para destacar o bom momento que actualmente se vive nos vários escalões. PMR ressalvou o afastamento do clube da Youth League.

Pelo meio, vários ataques pessoais de parte a parte (uma das partes mais baixas do debate). PMR atacou a faceta de BdC como gestor de empresas, em que as conduziu à falência e deu a entender que BdC ganha muito mais no Sporting do que ganhava antes, ao contrário dele. PMR falou da sua família, referindo que queria dar um bom exemplo aos filhos que estavam a ver o debate, enquanto BdC insinuou que este estava a atacar a sua (!). PMR negou, referindo que não queria saber para nada das questões familiares de BdC, apenas falava da própria. Insinuações sobre proximidade ao Benfica de PMR, que partiram de BdC, ao mesmo tempo que o recriminava por se dizer anti-benfiquista. Algo que ele não faria... isto dito pelo mesmo presidente que pediu para tirarem o vermelho da bandeira nacional. Enfim...

Ataques a Ricciardi por parte de PMR, dizendo que o primeiro é a pessoa que mais comissões recebeu do Sporting. Relativamente às comissões, BdC puxou novamente das cábulas para dizer que a MÉDIA de comissões do Sporting baixou muito com ele e é agora de 3,9%. Isto dos números é muito interessante, até porque se por exemplo num jogador se pagar 1% de 100 000 e no outro caso tivermos 10% de 8 milhões, a média dá 5,5%... Continuando com a análise das médias e depois de confrontado com o fracasso desportivo deste mandato, BdC referiu que subiu a média de conquistas de Taças... Aqui PMR atacou com a afirmação feita no início do mandato por BdC que a medida do seu sucesso era ser campeão nacional. Acrescentou mesmo que se fosse eleito e não fosse campeão ao fim de 4 anos, nem sequer se recandidataria.

Durante o debate, BdC não olhou quase nunca para a câmera, deu claros sinais de nervosismo e algum enfado, não anunciou praticamente nada de novo e apostou na ideia que merece um mandato e que dá isso como facto consumado. PMR, tentou expor algumas debilidades do adversário, deixou-o várias vezes sem resposta a questões que levantou, embora pudesse ter documentado melhor as suas propostas.

Como apontamento final, refira-se que o moderador não conseguiu manter a imparcialidade, dando razão a quem tinha criticado o debate neste moldes, sobretudo ao ser realizado na Sporting TV. Tolerou as interrupções de BdC e ele próprio interrompeu PMR e as questões incómodas ficaram reservadas para este candidato. Uma pena, ainda por cima porque a Sporting TV pertence ao clube e não ao presidente. Mas é complicado quando existem relações de hierarquia entre entrevistador e entrevistado...

Ainda existirão entrevistas individuais relativamente aos vários candidatos aos diversos órgãos do clube. No caso dos candidatos ao Conselho Directivo, teráo lugar no dia 27 de Fevereiro. Aguardemos que nessa altura e sem constantes perturbações, seja mais fácil a compreensão dos projectos e das ideias de cada um.

P.S. durante o debate, João Quadros efetuou comentários bastante grosseiros e insultuosos sobre PMR na rede social Twitter. Num deles referiu “eu emparedava o Madeira na parede do pavilhão, já que não pôs lá o nome”, isto depois de ter ofendido a mãe de PMR. Aguarda-se agora que BdC, que logo no início do debate atacou PMR por não se ter demarcado das afirmações de Vítor Espadinha, não perca a oportunidade de o fazer em relação a este seu apoiante, membro da sua Comissão de Honra...

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editado por Ivaylo a 25/2/17 às 11:22

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23
Fev17

Diz-me com quem andas...

por Juskowiak

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Após o anuncio de Boloni e Delfim por parte da lista de PMR, uma rápida ronda pelo fenómeno social e leonino que é o facebook indica o que tem sido a formatação imposta de alguns dos seus associados e sócios... o escárnio e mal dizer baseado não em argumentos válidos, mas sim em ódios de estimação.

 

Laszlo Boloni, até então recordado com saudade pelo ultimo campeonato obtido pelo Sporting, e pela excelente equipa de que dispúnhamos na época, é agora relegado a um papel de "acabado" para o futebol e um mero "caça votos". Calculo que se esteja melhor com André Geraldes no futuro (como propõe a Lista B), anterior Oficial de Ligação aos Adeptos e sem background de futebol/formação, tal como se esteja melhor com Costa Aguiar no presente ou como se esteve melhor com Augusto Inácio no passado.

 

Curioso este fenómeno, em que alguém com passado e credenciais no futebol de formação como Boloni é denegrido, e alguém com zero credenciais que não sejam como OLA, e nesta vertente até tem tido algumas queixas, é visto como merecedor de uma chance.

 

O Sporting Clube de Portugal é demasiado grande para haver cultos de personalidade!

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editado por Ivaylo a 25/2/17 às 11:23

23
Fev17

O Dia Do Debate

por Krassimir

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Hoje pelas 21 horas, terá lugar na Sporting TV, o único debate que irá ocorrer entre os dois candidatos à presidência do Sporting: o actual presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, que sempre deu a entender que se recandidataria e o único candidato alternativo que teve a coragem de avançar para a refrega eleitoral, Pedro Madeira Rodrigues. O debate será moderado por Rui Miguel Mendonça.

 

Em primeiro lugar, é pena que apenas tenha sido acordada a realização de um único debate. De facto, 60 a 80 minutos (tempo previsto para o mesmo) parece manifestamente pouco, para a quantidade de temas que interessava discutir, bem como para ouvir os candidatos explicar os seus programas.

 

Recorde-se que em Março de 2011 ocorreram 3 debates televisivos e em diferentes canais, entre os 6 candidatos de então e em Março de 2013, os então candidatos Bruno de Carvalho, José Couceiro e Carlos Severino, puderam travar dois debates, um na SIC Notícias e outro na RTP Informação, três dias depois.

 

Por outro lado, o facto de debate decorrer na Sporting TV, e sendo a mesma canal do clube, não deixa de colocar o entrevistador numa situação algo embaraçosa, pois se tiver por exemplo de interromper ou silenciar Bruno de Carvalho, estará a ter de condicionar o discurso do seu actual patrão. Resta-nos ter esperança que sendo Rui Miguel Mendonça um grande profissional e jornalista, possa estar imune a todos estes constrangimentos e consiga conduzir o programa de forma isenta, imparcial e preservando a igualdade de ambos os candidatos.

 

Quanto ao debate em si, esperamos que se evitem os ataques pessoais mútuos e que haja o mínimo de interrupções ou apartes, bem como insinuações venenosas. Os sportinguistas desejam que se aproveite o pouco tempo disponível para explicar o que se vai fazer e como tal vai ser realizado, sabendo-se que num caso, houve promessas cumpridas e outras por cumprir e no outro caso existem promessas que têm de ser fundamentadas. Os grandes assuntos como o controlo accionista da SAD e a necessidade de o clube manter o seu controlo, com ênfase especial nas VMOC, a questão Jorge Jesus, que parece cada vez mais fazer parte do problema e não da solução, a Formação e equipa B, a estrutura a construir no futebol para assegurar maior eficácia nas contratações e articulação com os escalões mais jovens, a renovação e melhoramento de infraestruturas, as modalidades e o projeto para as mesmas, a comunicação do clube e as relações com os outros clubes (indo para além dos rivais) e o relacionamento com os agentes desportivos, constituem apenas alguns dos temas a necessitarem de desenvolvimento. Estamos fartos de fundamentalismos, de discursos de “ou eu ou o caos”, de berraria na praça pública. Queremos projetos sólidos e discussão séria que nos permitam sonhar em recolocar o Sporting no caminho dos títulos, algo que neste mandato continuou a escassear.

 

Muitos já terão definido o seu sentido de voto – e não esquecer que há eleições para diferentes órgãos (Conselho Directivo, Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Disciplinar e Conselho Leonino), podendo o voto ser individualizado em cada situação, – outros ainda não. Haverá ainda aqueles que ainda poderão alterar a sua preferência. Independentemente de tudo isso, todos beneficiaremos dum debate honesto e em que se dê a primazia à discussão de ideias ou projectos para o clube.

 

Por isso, apenas fazemos o apelo que saibam ser dignos deste enorme clube, da sua história, grandeza e valores. Não se esqueçam que o Clube está sempre acima de quem o serve e que os sportinguistas são adeptos, na sua grande maioria, inteligentes, pensantes e não facilmente manobráveis.

 

Sporting sempre!

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editado por Ivaylo a 25/2/17 às 11:23

23
Fev17

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Desde que me lembro que sou do Sporting. Nunca passei por nenhum período de indecisão. Não me lembro de nenhuma indefinição angustiante. Não me recordo tão-pouco de nenhuma tentativa de qualquer familiar meu em me converter ao rival Benfica, e não são poucos os meus que apoiam essa instituição (apesar da preferência pelo Sporting, apesar de tudo, prevalecer no total). Simplesmente, aceitei o meu sportinguismo como um factor inato, intrínseco ao meu ser. A naturalização deste sentimento é de tal ordem que, ainda hoje em dia, só consigo abanar a cabeça de espanto quando ouço professar amor igual por outros clubes. Parte de mim reconhece a aleatoriedade da preferência clubística. Outra parte não consegue perceber como se pode ser de outro clube que não o Sporting. Havendo Sporting, como tributar apoio e dedicação a outros emblemas? O Sporting é o Sporting, o resto é paisagem. Poderão ter mais títulos que o Sporting; poderão ser financeiramente mais pujantes que o Sporting; poderão até ser mais prestigiados que o Sporting. No entanto, o Sporting somente se vive… ou não, como reza a derradeira parte da epígrafe deste blog.

 

Em 2000 e em 2002, recordo-me bem da apoteose em que vivemos com aqueles dois campeonatos, o primeiro inesperado, o segundo mais expectável, mas não menos espectacular. O Sporting demonstraria, uma vez mais, a sua inequívoca dimensão nacional e internacional. Recordo-me de o meu avô e a minha mãe me dizerem, comovidos, em 2000, que tínhamos quebrado um jejum de 18 anos. 18 anos são quase 2 décadas. Não dariam então a impressão de eternidade que hoje teríamos de um período temporal semelhante, aceleradíssimos e crivados de informações como estamos. Ainda assim, era demasiado tempo sem vencer o título máximo de futebol em Portugal. Ao contrário do que se poderia supor, nunca me incomodei com tal. Para mim, era uma naturalidade absoluta. Que se lixassem os 18 anos: eu era campeão aqui e agora! Mais tarde, apercebi-me de que não era por não ter passado integralmente por esses 18 anos que me tinha feito então pensar assim. Tinha sido o amor genético ao Clube que, recém-robustecido com um longamente aguardado título, só poderia frutificar e instalar-se-me irremediavelmente cá dentro. Isso não significa que não queira sempre ganhar. Claro que quero! Como amante de desporto, reconheço a inevitabilidade do empate e da derrota, mas só me dou por satisfeito quando ganho ou, alternativamente, quando tudo faço para ganhar.

 

Dito isto, o Sporting é demasiado grande. O Sporting tem uma massa adepta fidelíssima, dedicadíssima e vastíssima. O Sporting é uma das grandes instituições portuguesas. Um dos maiores Clubes europeus. O Sporting é eterno. Poucas coisas mexem tanto comigo como o Sporting.

 

Como posso ficar senão desalentado quando para ele olho e constato que, não só não ganha, como continua a insistir em não apostar nos meios que conduzem à vitória?

 

Como posso ficar senão desapontado quando para ele olho e constato que os erros e as fracturas de antigamente se reproduzem quase por geração espontânea?

 

Como posso ficar senão desiludido quando para ele olho e constato que continuamos iludidos pela feira de vaidades que marca o dia-a-dia do Clube?

 

Como posso ficar senão desalentado quando para ele olho e constato que assistimos ao reescrever da história recente, onde a antiga encarnação do Diabo em figura de gente se angelicou repentinamente?

 

Como posso ficar senão desapontado quando para ele olho e constato que se desperdiçaram 4 anos, intervalo temporal dotado de condições únicas para recatapultar o Sporting para uma posição de destaque do futebol português?

 

Estamos mais competitivos? Estamos. Ganhamos mais? Não. Temos mais influência nas instâncias decisórias do futebol em Portugal? Não. Somos mais respeitados no geral? Não. Financeiramente estamos mais coesos? A despeito da narrativa soteriológica, não.

 

O que mudou, então? A resposta é nada. O Sporting perdeu a hegemonia do futebol em Portugal em 1958, com o primeiro título ganho no velhinho Alvalade, o 8º em 12 anos, coincidentemente o ano em que os violinos sobreviventes, Vasques e Travassos, penduraram as botas, encerrando um capítulo de ouro na nossa centenária história e marcando indelevelmente uma era do futebol português. O Sporting deixou de ser a sombra persistente do rival Benfica nos anos 80, com a ascensão incomensurável do Porto. Adquiriu o estatuto de 3º Grande. Os seus méritos no futebol começaram a desviar-se para os sucessos no futebol de formação e no contínuo (posto que substancialmente reduzido a partir de 1995) amealhar de títulos nas modalidades. À semelhança de muitos outros projectos, o Sporting vive sempre na ânsia de restaurar uma glória antiga, um velho brilho que nos apaixona e nos mantém presos.

 

O maior problema do Sporting parece-me ser esse. Para além da crença num Redentor de pés de barro, a voracidade pela recuperação de um passado irremediavelmente passado. Enquanto nos contentarmos com as mesmas caras, as mesmas tricas, as mesmas intrigas, as mesmas políticas, as mesmas pessoas, as mesmas tretas do costume (perdoem-me o vernáculo), viveremos de um passado inatingível. Enquanto não entrarmos de vez no século XXI, não deixaremos de ganhar apenas circunstancialmente. Enquanto não transfigurarmos o Sporting de instituição passadista e acomodada (o actual Presidente, tendo dado um abanão, conseguiu acarneirar a maioria, num processo muito análogo ao que sucedia num passado não tão antigo assim…) em instituição moderna e pujante, continuaremos a ser o 3º Grande. Em suma, enquanto não encararmos o passado como tribuna de respeito e admiração, mas não como paradigma para o Clube, continuaremos a adiar-nos. Faltará cumprir-se o Sporting!

 

SPORTING SEMPRE

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editado por Ivaylo a 25/2/17 às 11:24

22
Fev17

Investimento

por Ivaylo

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Quando se fala de investimento, podemos considerar a visão económica – mais clássica e restritiva – que o apresenta como a aplicação de capital em meios de produção para aumento de capacidade produtiva, ou podemos considerar também uma visão mais genérica que o apresenta como qualquer aplicação de capital que vise a obtenção de rendimentos futuros. Nesta segunda, mais genérica, incluem-se financiamento (em que o investidor obtém juros como ganho) e patrocínio (ou outras formas de publicidade em que o investidor obtém “imagem” como ganho).

 

Da mesma forma, o termo investidor poderá ser visto de forma mais ampla. Alguém interessado em entrar no capital social de uma empresa é um investidor, alguém interessado em emprestar dinheiro a uma empresa é um investidor e alguém interessado em patrocinar uma empresa – com o objectivo de “alavancar” a sua imagem com a notoriedade da empresa – é um investidor.

 

Recentemente foi notícia que o candidato à presidência do Sporting, Pedro Madeira Rodrigues, fez uma viagem ao Médio Oriente com o objectivo de encontrar investidores. Desde logo uma ideia inteligente e avisada, pois não só é consensual que em Portugal não existe actualmente capacidade de investimento como são também sobejamente conhecidos os excedentes de liquidez que proliferam naquela região do globo. Como, infelizmente, já vem sendo hábito por parte dos peões habituais tenta-se minimizar o potencial do acto. Habitualmente por o acto não ter sido praticado por Bruno Carvalho, como se o valor de qualquer acto viesse de quem o pratica e não do seu conteúdo.

 

Em primeiro lugar, não manifestando de todo o que deve ser a elevação de um Sportinguista, a linguagem utilizada é tudo menos imparcial, objectiva e “profissional”. Começa por se acusar um candidato à presidência do Sporting Clube de Portugal de ser xenófobo, uma infâmia que deveria cobrir de vergonha qualquer Sportinguista digno. Usam uma expressão utilizada por Madeira Rodrigues sobre os “supostos” investidores russos que Bruno Carvalho tinha prometido, que recordemos eram pessoas cujas actividades e ligações não eram as mais transparentes. Tal como as contrapartidas negociadas, bem vistas as coisas, não os distinguiam muito de outros Fundos de Investimento que foram mais tarde condenados pelo próprio Bruno Carvalho.

 

Em segundo lugar, critica-se a busca por investidores além-fronteiras. Como dito em cima, é um óbvio imperativo pois dentro de Portugal nem para uma Instituição Financeira como o Novo Banco ou o Banco Comercial Português se consegue constituir capital luso, quanto mais para investir num clube desportivo… Revelando a costumeira parcialidade critica-se, quando Bruno Carvalho encontra parceiros (alegadamente) na Guiné Equatorial elogia-se…

 

Em terceiro lugar, tenta lançar-se o medo com declarações enviesadas sobre a possibilidade de perca da maioria da SAD com acusações ignóbeis de que o candidato «anda a vender o clube». Salientar à partida que nas declarações de Pedro Madeira Rodrigues sobre o périplo no Médio Oriente foi sempre mencionado o objectivo de naming para a Academia de Alcochete. Mais uma vez, BC promete é bom, PMR tenta concretizar é mau. Ou seja, não foi referida por ele qualquer intenção de que esse investimento fosse canalizado para o capital social da SAD. Para além disto, recordar quem de facto «anda a vender o clube», pois em Novembro de 2016 é divulgada a entrada de “novos investidores” num aumento de capital de 18M€ que deixa o Sporting no limiar da maioria da SAD. Será intelectualmente honesto considerar que um copo transborda pela totalidade de líquido no seu interior, não apenas pela última gota. Ao dia de hoje continua a não ser público quem são os “novos investidores”. Em Novembro é também esclarecido que a Holdimo de Álvaro Sobrinho detém 29,85% da SAD Leonina.

 

Fica a questão para Bruno Carvalho: estes 18M€ não vão também «parar à Banca»?

 

Em quarto lugar é apresentada uma imagem da “futura” estrutura accionista num cenário de não recompra dos VMOCs. Tenta-se preparar a opinião pública verde e branca para esse cenário? Esse cenário simplesmente nunca se poderá tornar realidade! Com a actual Direcção, que até ao momento apenas “amealhou” 3M€ para fazer face a essa necessidade futura, talvez, pois como já tinha dito antes o “amealhanço anual” deveria ser na ordem dos 10M€. É por aqui que se poderá «vender o clube» e não em fazer o que um gestor competente deve – procurar alternativas de financiamento da operação.

 

Terminar comentando apenas que estou curioso em ver como se referirá o peão habitual à proposta de Bruno Carvalho sobre o naming do Estádio. Para já afirmam que a sugestão de Pedro Madeira Rodrigues é demagógica, por ele afirmar (obviamente) que terá de levar a proposta a Assembleia Geral.

 

P.S.: o outrora “anti-Cristo” – José Maria Ricciardi – agora desfaz-se em elogios…

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