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O Sporting é a paixão que nos inspira. Não confundimos competência com cultos de personalidade. 110 anos de história de um clube que resiste a tudo e que merece o melhor e os melhores de todos nós. Sporting Sempre
A contrainformação é hoje um arma usada e abusada. Com o surgir das redes sociais, esta estratégia de mentir propositadamente tem colhido frutos junto de um conjunto de pessoas mais emocionais e com pouca capacidade intelectual. Acreditam no que se escreve e aceitam como verdade absoluta a mentira, que muita vez repetida e neste caso partilhada, se transforma em certeza e motivo de debate, na maioria das vezes baixo e sem conteúdo válido.
O Sporting dos últimos anos tem apostado bastante nessa estratégia. A entrada da Young Network no Clube arrasou por completo com a notoriedade da nossa comunicação. O nível é baixo, sem estratégia a curto ou longo prazo, e defende-se acima de tudo a imagem de um Presidente em detrimento da defesa do Sporting.
João Duarte, que agora até ganhou uma coluna no Jornal Sporting, que é da responsabilidade da sua Empresa, tem também a responsabilidade de voltar a fazer a campanha de Bruno de Carvalho no atual ato eleitoral.
Do ponto de vista ético não é muito profissional. Mas vindo de quem vem não é de todo surpresa, como não é surpresa o fumo levantado com a suspensão de Quintela do Jornal, amigos de longa data.
Mas o mais grave é mesmo a mentira que se propaga. A Young Network com os seus funcionários, e com a ajuda de Nuno Saraiva, diretor de comunicação do Sporting, tem um conjunto de mecanismos para fazer o trabalho sujo. Blogs como o Mister do Café, Sporting com filtro, ou páginas na Rede como o Sporting Fans, O Rugir 1906 ou o Cigano de Alvalade, todas têm o mesmo alinhamento, o mesmo tom, as mesmas partilhas, a mesma plateia. Ali tudo tem o seu início, com a conivência de João Duarte e Nuno Saraiva e claro do Presidente Bruno de Carvalho.
Muitos têm sido os Sócios cuja vida foi devassada, ameaçada, perseguidos, um conjunto de mecânicas que revela bem o desespero que anda instalado, e que facilmente se entende. A comida na mesa não chega por obra do Espírito Santo, ou então até poderá chegar, se José Manuel Maria Ricciardi for também conivente com estes comportamentos, afinal, é pessoa chave, fulcral e central no novo programa de Bruno Carvalho.
E este clima que se foi criando nos últimos anos foi o que levou recentemente, mais de 100 Associados a juntar-se, a criar um movimento. Associados esses com muitos anos de Sporting, antigos atletas, dirigentes, funcionários, famílias, gente que não se identifica e não quer este rumo para o Sporting.
Gente essa que foi atacada da forma mais baixa e cobarde. Sócios que foram devassados e insultados só e somente só por terem opinião.
Não é portanto de estranhar que Pedro Madeira Rodrigues tenha ontem dado uma prova cabal que é possível vencer estas eleições. Há de facto uma grande maioria de Associados que não se identifica com o rumo do Sporting e com o tom e posicionamento do Clube.
Ontem, sem se conhecer ainda programas e nomes numa Lista candidata, esta mais de uma centena de Associados deram um caloroso apoio a Pedro Madeira Rodrigues. Foi um momento de desabafo geral, um acordar de uma esperança que é possível recuperar o Sporting e devolve-lo rapidamente aos Sportinguistas, numa época onde Sikander, Ricciardi, entre tantos outros ilustres Croquetes se preparam para voltar ao Sporting que Bruno de Carvalho prometeu fechar a tamanhos ilustres destruidores de sonhos.
Outro mito criado foi o da desistência de Severino. Falso. Severino nunca foi candidato. Outro mito o do apoio de “Severino”. Falso, o apoio foi de todo um movimento, com Severino como porta voz, onde podemos identificar o sempre ilustre e mui digno Sportinguista Sérgio Abrantes Mendes. Pessoa de caráter e sempre frontal nas suas posições. E que o seu passado recente enquanto candidato lhe dá hoje toda a razão no presente.
Pedro Madeira Rodrigues tem que lutar contra várias frentes. Mas os pequenos soldados da Young Network valem muito pouco neste jogo. Cada vez mais ridículos, com nula capacidade intelectual, sem estratégia, vão oferecendo votos a Pedro Madeiro de cada vez que insultam um Associado.
Quem continuem. Pedro Madeira e o Sporting muito agradecerá num futuro próximo. A eles o desprezo e a indiferença é a melhor arma.
A preocupação com o rumo que o Sporting está a tomar começa a ganhar cada vez mais expressão.
São cada vez mais os Sócios anónimos e figuras publicas que expressam o seu desagrado.
Em poucas palavras, apenas partilhamos um desabafo de um grande atleta da nossa Seleção Nacional de Rugby, Gonçalo Uva, no seu perfil do Facebook, e que anda a circular pelas redes sociais.
Este é só e somente só, mais um entre tantos e muitos desabafos com o mesmo contexto.
Gonçalo Uva
5/1
às 20:33
"Isto não é o Sporting.
Desculpem, mas isto não é o Sporting que eu conheci e me fez ter um amor inexplicável ao clube. Não é o Sporting que me fez e faz mudar a minha vida toda, tanta vez, para ter tempo para ir ver um jogo ao estádio. Não é o Sporting pelo qual eu fui motivado a passar jogos de pé na claque sem estar calado um segundo porque sabia que os jogadores iriam dar tudo em campo para dar a vitória aos adeptos que nunca lhes falharam. Se soubessem o que o símbolo, que carregam ao peito todos os jogos, significa para nós, morriam em campo para nos dar a vitória. E é isso que falta.
Faltam jogadores em campo dispostos a entrar e deixar tudo em campo. Ponham os olhos em jogadores como liedson, slimani, gelson, que por mais que levem pancada, por mais que sejam empurrados, por mais que sejam rasteirados e agredidos, mostram a garra de um verdadeiro jogador do Sporting e procuram sempre que possível ir buscar a bola em vez de tentar ganhar a falta.
E sr. Presidente, sabemos todos admitir que foi uma excelente jogada ter roubado o treinador ao clube do outro lado da estrada, e que andar uma época inteira a mandar bocas e criar confrontos foi muito engraçado, mas chega... está na hora de abrir os olhos!
Fomos eliminados da liga dos campeões, da taça da liga, estamos a oito pontos do primeiro lugar.
O que é isto?
Como é que um treinador está a perder no estádio da Luz, precisa de marcar pelo menos um golo e tira o melhor avançado que tem em campo para por o André? Como é que um treinador está a perder em casa com o Braga e vai tirar o Bryan Ruiz para por o André? Jesus... Jesus! até a minha avó de muletas tinha marcado os dois golos que esse 'jogador' desperdiçou ontem. Ah, mas numa coisa tens razão... a minha avó não marcou dois golos contra o praiense e por isso não merece entrar em alturas decisivas de jogos importantes. Desculpa, erro meu. ACORDA! E questiono-me porque é que não deixaste o Jefferson 'tratar' do árbitro, ontem no final do jogo com o Setúbal. Se só o metes em campo de três em três meses quase, pra ti nao havia problema de ele ficar mais uns quantos sem jogar. Para não falar de outros 'jogadores'...porque até o Ruben Semedo lesionado joga mais que dois Douglas juntos. Será que é preciso colocar nomes como 'Real Madrid' ou 'Dortmund' às equipas contra quem jogamos para os jogadores se esforçarem? Porque foi, contra esses dois clubes, as poucas prestações dignas de Sporting que eu vi esta época.
E mais uma vez sr. Presidente, se é assim tão revolucionário, pense em revolucionar a mentalidade dos jogadores e treinadores sportinguistas, para se preocuparem mais em honrar a camisola deste grande clube, jogando e dirigindo com garra, mostrando do que é feito o Sporting Clube de Portugal e menos com constantes queixas pelos erros da arbitragem. Porque o Sporting que eu conheço, num jogo em que precisa só de um empate, nunca joga para empatar. O Sporting que eu conheço entra em campo para ganhar, seja contra um clube de topo mundial ou um clube da quarta divisão distrital. O Sporting que eu conheço no jogo de ontem tinha ido para os balneários a ganhar e voltado com a mentalidade que iam marcar ainda mais. E assim? Até poderia haver um penalti, dois, ou até três, que por muito que fossemos prejudicados, ganharíamos na mesma. Agora, estar a perder com o Setúbal ao intervalo, com o maior respeito ao clube, e dar-se ao luxo de jogar para o empate, desculpem mas isto não é o Sporting que eu conheço e que pelo qual o mundo sabe que sou doente.
Se a arbitragem esteve mal? Esteve. Se fomos prejudicados? Fomos. Se tivemos culpa? Sim. A culpa é inteiramente do Sporting. É preciso não ter medo de o admitir e saber dizer que não jogámos bem e que o futebol do Sporting é muito superior àquele que foi mostrado em campo ontem. Como em 1906 José Alvalade disse 'Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande quanto os maiores da Europa', só peço que lutem para honrar essa frase e esse símbolo que têm ao peito. Saudações leoninas."
Desde há bastante tempo que, nas modalidades desportivas que são organizadas e practicadas a título profissional, os responsáveis directivos das mesmas devem obedecer a princípios de gestão, também eles profissionais, e a tratar um clube como se de outra qualquer empresa se tratasse.
Um gestor, com capacidade e responsável, deverá saber adequar as suas estratégias e decisões ao meio no qual o clube que dirige está inserido. Falando de futebol, não fará grande sentido comparar a gestão de clubes como o Bayern, Arsenal, Barcelona, Sporting, Ajax ou o Cluj. E assim é, em primeiro lugar, por estes clubes pertencerem a países com realidades bastante diferentes.
Se na Alemanha, um país que é a primeira economia da zona euro e que tem uma população de cerca de 82 milhões de habitantes, é possível ter clubes com estádios sempre cheios, elevadas receitas secundárias como mershandising e publicidade e um "fulgor" que permite alguma autonomia financeira aos clubes, já na Roménia, cuja população é 25% da alemã e o PIB per capita 40%, para um clube sonhar em ganhar uma Champions Cup só mesmo nos idos tempos do Steua em 1986.
Que dizer então de Portugal, que embora tenha o dobro do PIB per capita romeno, tem metade da população? Assim sendo, logo à partida terá menos sócios, menos adeptos, menos adeptos potenciais, menos receitas publicitárias (por o seu valor estar indexado a uma população menor), etc. Um clube em Portugal, não tendo a possibilidade de alavancar a sua Tesouraria com enormes receitas de publicidade e direitos televisivos nunca poderá competir a nível de custos com outros como Arsenal ou Barcelona que as têm. Como tal, e ainda que o Sporting tenha projecção mundial, para um clube em Portugal as receitas extraordinárias da Liga dos campeões são fundamentais, e em alguns anos eventualmente representem quase a totalidade do orçamento do clube.
Considerando o carácter, por um lado extraordinário, por outro extremamente competitivo, da Liga dos Campeões, não se poderá numa estratégia de médio/longo prazo contar "com o ovo no cú da galinha". Com o que se pode então contar? O que resta à nossa "economia futebolística"? Como qualquer outra empresa portuguesa na actualidade: apostar na criação de valor e exportá-lo – formação de atletas.
benfica e porto, na última década acharam que poderiam escapar a esse paradigma. Orçamentos, contratações, vencimentos, prémios, ..., milionários para a realidade portuguesa! O benfica no início da época passada decide começar a inverter essa estratégia ao dispensar Jorge Jesus e contratar um treinador mais vocacionado para a aposta na formação, como já tinha feito no Vitória de Guimarães. O porto, no início desta ao apresentar resultados, decreta a mesma inversão como obrigatória, caso contrário o clube entraria em colapso financeiro no curto prazo. Embora o benfica não o tenha assumido dessa forma, todos sabemos que os motivos são os mesmos.
O Sporting, que desde há longos e longos anos aposta na formação, e ainda bem pois grandes jogadores deu à Selecção e ao Mundo, vê nos últimos dois anos, com a entrada de Jorge Jesus e a total volta de 180º na política de contratações de Bruno Carvalho, a sua estratégia mudar na direcção que os rivais abandonam. E abandonam porque já sentiram que não é executável num clube em Portugal. E não é executável, porque basta um sorteio ou uma arbitragem mais defavorável para colocar em jogo a única receita que pode suportar essa estratégia – receitas da Liga dos Campeões.
Fará sentido criticar de forma tão assídua os rivais, umas justificadas outras bastante evitáveis, e ir depois imitar uma estratégia que os mesmos já nos fizeram o favor de demosntrar que não dá bons frutos? Para depois, como eles, percebermos que afinal a aposta é a formação...?
Afinal José Eduardo Bettencourt não cometeu qualquer “crime” durante a sua gestão. Como não cometeram quaisquer imprudência os três sócios processados, os jornalistas, enfim, tanta gente que foi parar à vara da Justiça processada por um lunático que tinha um único objetivo: criar a ideia de salvador de uma casa que não estava a necessitar da sua ajuda. E agora paga o Sporting a diarreia mental de um louco.
Hoje, é evidente que vivemos uma grande mentira. Desde as contratações falhadas às centenas, desde as dispensas desses mesmos jogadores a custo zero, os despedimentos de funcionários, o caso Marco Silva, a paranoia da Doyen, enfim, tantos são os casos que um Clube Empresa da dimensão do Sporting não se pode rebaixar ao nível do pato bravo com a carrinha da obra bloqueada no parque de estacionamento.
E esta é a verdade dos factos, hoje continuamos a não vencer como no passado recente, ou melhor, vencemos ainda menos, mas temos mais gastos, menos qualidade na formação, um treinador no top dos mais bem pagos do mundo, um plantel deficitário, um aumentar do passivo galopante, e claro, um Clube dividido, fraturado, descontente, desconfiado, e num autentico clima de guerra civil.
As eleições serão em Março, até lá o circo será digno de uma avaliação sem precedentes. Depois da birra com o Setúbal, agora estamos a cavar a eterna birra com a arbitragem, pena que se lute no conforto do sofá e nas redes sociais, e que nos órgãos de decisão continuemos a ser gozados e sem qualquer voz credível que se faça ouvir. Curioso que, Dias Ferreira, sempre gritou bem alto que era nesses locais que o Sporting deveria ganhar poder. Pois é aí que se ganham campeonatos. Curioso que hoje estamos ainda mais fracos que o passado recente nesse capítulo, e curiosamente, ou não, Dias Ferreira apoia esta direção. Hábitos do passado que não mudam.
Mas voltemos às auditorias de gestão que, como sempre o afirmamos, deram origem a um real nada. Foi feito um autêntico auto de fé a todos os antigos de dirigentes. Foi criado este clima de divisionismo propositadamente, dividiu-se para reinar, e claro, sem direito a contraditório, todos foram facilmente acusados. Agora começa o processo inverso, o pedido de desculpas, o tentar limpar a cara da borrada monumental que foi feita.
É realmente de muito baixo nível e de gente sem caráter partir para este tipo de atuações. E se todos eramos a favor da Auditoria de Gestão em 2013, agora todos a devemos implorar e gritar por ela para auditar esta Direção. Existem processos muito dúbios, nomeadamente no aumentar loucamente o orçamento das modalidades, que nada ganham ao exemplo do passado, o aumentar loucamente o orçamento do futebol, que ganha muito menos que no passado recente, e claro, os honorários e comissões que tanta gente quer realmente descobrir e esclarecer.
Sobre Bruno, que sempre se pautou por ser um paladino da transparência, aguardemos que tenha a coragem que sempre se vestiu para avançar com essa Auditoria. Seria interessante avaliar e acabar de vez com os mitos sobre o Costa Aguiar, Nelson Almeida, e comissões ganhas por vários dirigentes e outros agentes na contratação de jogadores.
Até à data das Eleições muita tinta vai correr, muito se vai esclarecer, e quem sabe, esperamos todos que não, a Polícia Judiciaria e o Ministério Publico podem entrar em cena.
O maior espetáculo do mundo já começou!
Ontem o Mundo ia abalar, ia abrandar o movimento de rotação da Terra! O Sporting Clube de Potugal, no passado prejudicado pelas arbitragens e no presente igual como se viu no minuto final em Setúbal e hoje em Alcochete, reuniu a sua cúpula em reunião de emergência que traria enormes consequências! Do que entretanto é público, os resultados dessa reunião foram dois.
É anunciada uma surpreendente renovação de contrato
Surpreendente por se tratar de um jogador de valor bastante discutível, um jogador valorizado numa clara prespectiva de "nivelamento por baixo" consequência de um mau planeamento do plantel em que as laterais da defesa são "entregues" a quatro fracas opções em que Schelotto e Marvin são uns horríveis "menos maus". Surprendente por se tratar de um jogador em que o Sporting já tinha opção até 2019 e com quem renova até 2019... Presume-se daqui que, se novo contrato foi assinado é porque o parâmetro duração ou remuneração são alterados, tendo-se mantido a duração é porque melhoraram o vencimento. E ficamos com mais um exemplo da aplicação de política de meritocracia (outrora tão apregoada).
São divulgados números de Contas Consolidadas
Através do canal de comunicação oficial do Sporting Clube de Portugal, a página de Facebook de Bruno Carvalho, são divulgados, sem antes serem aprovados em Assembleia Geral como o próprio refere, alguns números convenientes e de efeito "balsâmico". Aquele efeito apaziguador de uma jóia ou um ramo de flores comprados à esposa que se desapontou de alguma forma. Por vezes a esposa nem sabia que tinha sido desapontada, mas confirma-o no momento em que a agradável surpresa é feita...
São divulgados em Janeiro de 2017 qual trunfo saído da manga. Mas terá sido este o momento mais correcto para a divulgação? Ou teria sido em Março de 2016? Nesta data Bruno Carvalho iniciou (mais) uma provocação ao rival da Segunda Circular intando-os a divulgar as contas consolidadas do Grupo. Após mais uma ou outra "bicada" o rival apresenta-as em Outubro de 2016, verificando-se nas mesmas capitais próprios negativos de € 84 milhões de euros. Curiosamente esta rúbrica não é um dos factos que Bruno Carvalho considera mais relevantes.
Naqueles que são enumerados registam-se bastantes factos positivos, é um facto. Dois factores para eles contribuiram. No caso do ponto 3, inequivocamente um enorme mérito de Bruno Carvalho, um óbvio conjunto de decisões de estratégia de gestão, ao resgatar as percentagens de passes de jogadores. No caso de todos os outros pontos há também mérito de Bruno Carvalho, mas um mérito relativo pois temos obrigações decorrentes da restruturação financeira que acordámos. No espaço temporal deste mandato aquelas rúbricas tinham mesmo de registar aquelas diminuições (ou aumentos nas positivas) – or else...
Ainda sobre o ponto 3, sendo positivo não contribui para um real crescimento do Activo. A esmagadora maioria de passes resgatados foram de jogadores da formação e, segundo o ponto 2, têm valores quase nulos. Há que salientar que desde há alguns anos existem novas regras contabilísticas que dão a possibilidade de reavaliar periodicamente os Activos, registando no exercício em que essa reavaliação ocorre a variação dos valores como mais-valias (positivas) ou imparidades (negativas). Daí a palavra imparidade aparecer com tanta frequência em notícias sobre Bancos, que estão agora a reconhecer nos seus Balanços que o imóvel dado como garantia do empréstimo de 10X euros afinal só vale 0,1X euros. Sendo a adopção destas regras vantajosa para o Sporting (ou pelo menos seria suposto, por supostamente sermos um Clube formador), ou o ponto 2 não corresponde à verdade, ou é uma opção errada do Sporting, ou se as regras pelas quais os Clubes se regem não o permitem deveria o Sporting bater-se por essa mudança. Mas, a ser verdade, que William Carvalho não está registado pelos 30 milhões da sua última avaliação, mas Alan Ruiz está por 7M, Bruno Paulista por 3,5M, Téo Gutierrez por 3,4M, Slavshev por 2,5M e Gauld por 2,75M. Espantar-me-ia se algum clube fizesse uma oferta por aqueles valores nesta janela de transferências...
Seria interessante ter uma visão da evolução ano por ano, não apenas o resultado global do mandato, pois desta forma teríamos a real noção se estamos ou não no rumo certo. Seria igualmente correcto e transparente divulgar a nota final do relatório que aponta para o inegável facto de o crescimento das receitas mencionadas no ponto 7 ser alicerçada na enorme militância sportinguista (que por vezes o presidente afirma não existir), mas que este não é um factor fixo e isso é um risco. Não só é variável, como por vezes assente em emoção, carecendo de uma cuidada gestão de expectativas. Quando a expectativa criada pelo próprio Bruno Carvalho é "Tudo" e depois entrega "Nada"... essas expectativas podem legitimamente sentir-se defraudadas.
Uma empresa – visão através da qual deve ser avaliado um clube – hoje em dia tem sobretudo três grandes desafios. Primeiro, tem que no seu core business, a actividade desportiva propriamente dita no caso de um clube, tentar manter o nível de competitividade em relação aos seus principais adversários, mas principalmente em relação a si próprio no passado. Segundo, tem que tentar manter ou melhorar esse nível competitivo procurando também reduzir custos de forma continuada e sustentada. Terceiro, procurar permanentemente novas fontes de receita, dando foco às menos tradicionais e não variáveis (como não é o caso de prémios da UEFA ou transferências de jogadores).
Para os dois primeiros o principal contributo será técnico. Ou seja, ter uma boa táctica, ter um bom departamento de scouting que identifique bons jogadores com margem de progressão, ter um treinador que inova procesos de treino, aposta na formação para diminuir o custo global do plantel, entre outros. Em resumo, procurar sempre "fazer mais com menos". Para o terceiro contribuem principalmente criatividade, persistência e capacidade de negociação.
Por criatividade entenda-se a capacidade de pensar out of the box e encontrar receitas onde, tradicionalmente, não existiam. A este nível o mandato de Bruno Carvalho deixa um pouco a desejar pois não apareceram quaisquer novas fontes de receita. Se a nível das tradicionais, principalmente a quotização, houve progresso o mesmo não se vislumbra noutros campos. A nível de Marketing o Sporting tem imenso por fazer, tanto em actividades que poderia desenvolver sozinho como em parcerias, novas ou incrementadas. Foi feito um tímido esforço na expansão de pontos de venda da Loja Verde, esforço que poderia ser levado mais longe através da concessão de licenças para interessados em explorar quiosques em pontos de grande movimento – aproveitar o valor criado pelo Turísmo – em Lisboa e outras capitais de distrito.
Persistência passa por tentar sempre fazer melhor, mesmo quando possamos achar, por vezes de forma auto-contemplativa, que se está a fazer o melhor trabalho, nunca deixar de perseguir a perfeição. Principalmente no que toca a melhorar a experiência do sócio e adepto em dia de jogo, aqui tema em que não se tem explorado de forma eficaz a parte secundária – tudo o que acontece fora das quatro linhas. Os bares do Estádio são notoriamente subexplorados, quando poderiam ser simultâneamente fonte de valor para a pessoa, com mais opções e comodidade, e fonte de valor para o Clube, com o crescimento de receitas – receitas que estão lá, mas fora do Estádio... A experiência anterior ao jogo e de intervalo de jogo pode ainda ser adicionalmente valorizada, para ambas as partes, através da criação de actividades com parceiros.
Quanto a capacidade de negociação, qualidade que Bruno Carvalho tanto se arroga, tem um trunfo a exibir com a parceria com a NOS. Pena que não tenha dedicado menos tempo a comparar esse acordo com o dos rivais e mais tempo a encontrar ainda mais parceiros e patrocinadores. Embora seja uma proposta controversa, mas o próprio Bruno Carvalho anunciava em Setembro de 2013 a pretensão de negociar o nome do Estádio José de Alvalade, sendo que três anos volvidos e nada foi feito nesse sentido. Nem quanto ao nome da Academia de Alcochete, aqui bem mais pacífico até por já ter sido no passado celebrado em acordo com a Puma, em 2006 por Filipe Soares Franco, que terminou em 2012 e desde então outro não foi negociado. Tal como estão por negociar o nome de duas das bancadas de Alvalade. Bem como estão por aproveitar vários patrocínios em camisolas de modalidades – andebol por exemplo – e de escalões de formação.
Concluindo com o reconhecimento de uma fonte de receita criada por esta Direcção – a apropriação de valores pertença de terceiros. No caso Doyen de facto houve "criatividade", persistência e "negociação"...
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