Ontem, já ao cair da noite, começaram a circular estas duas fotos:
Em primeiro lugar, não me faz confusão nenhuma que o presidente do Município de Tavira e os seus autarcas vão ao nosso Estádio.
Segundo, tenho capacidade de encaixe para compreender o que são piadas e brincadeiras entre amigos numa qualquer caixa de comentários (também as tento fazer).
Terceiro, ser sincero e coerente não me incomoda nada. Se ele é de outro clube não vai mostrar que é?
Quarto, se fossem vocês a serem convidados para os camarotes da lixeira, o que fariam?
Posto isto, vamos à parte que me intriga; patrocinador? Nós somos patrocinadores de equipas? Não foi isso que nos disseram. Ou foi?
Pesquisa rápida do Google e num link do Mais Futebol sublinho isto:
«Na mesma nota, o clube de Alvalade indica que este regresso ao ciclismo «é mais um passo seguro na caminhada do clube para a Glória e pela dignificação dos seus princípios e valores de que nunca abrirá mão».
A assinatura do protocolo está agendada para o dia 28 de dezembro, pelas 11h30, no Salão Nobre dos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Tavira.».
Nem protocolo nem patrocínio. Este "projeto" nunca devia ter nascido. Melhor, a nascer, nascia como todas as outras modalidades ou não se fazia nada. Bem sei que formar uma equipa de ciclismo tem custos elevadíssimos e pouco retorno (bicicletas caras e pouca ou nenhuma bilhética). É por isso mesmo que não formámos uma equipa de ciclismo que era uma das promessas (sem nexo) e preferimos patrocinar uma equipa que terá Sportinguistas, benfiquistas, lampiões, portistas e tripeiros. Maldita liberdade que permite estas coisas.
Espero que não seja este o motivo do fim do patrocínio e que nenhum núcleo venha com teorias que os atletas assim o quiseram. Tal como o André Geraldes tem amigos com quem comenta o seu estado de espírito, também os ciclistas do Tavira os terão. Com a agravante de não estarem ligados contratualmente ao Sporting.
Longe vão os tempos em que podíamos encher o peito e dizer que éramos um Clube sério, em que havia uma linha bem mais grossa que uma estrada a separar-nos daquela gente sem princípios. Os defeitos já os temos quase todos. As virtudes, falo de títulos, é que teimam em não aparecer.