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O Sporting é a paixão que nos inspira. Não confundimos competência com cultos de personalidade. 110 anos de história de um clube que resiste a tudo e que merece o melhor e os melhores de todos nós. Sporting Sempre
Desde que me lembro que sou do Sporting. Nunca passei por nenhum período de indecisão. Não me lembro de nenhuma indefinição angustiante. Não me recordo tão-pouco de nenhuma tentativa de qualquer familiar meu em me converter ao rival Benfica, e não são poucos os meus que apoiam essa instituição (apesar da preferência pelo Sporting, apesar de tudo, prevalecer no total). Simplesmente, aceitei o meu sportinguismo como um factor inato, intrínseco ao meu ser. A naturalização deste sentimento é de tal ordem que, ainda hoje em dia, só consigo abanar a cabeça de espanto quando ouço professar amor igual por outros clubes. Parte de mim reconhece a aleatoriedade da preferência clubística. Outra parte não consegue perceber como se pode ser de outro clube que não o Sporting. Havendo Sporting, como tributar apoio e dedicação a outros emblemas? O Sporting é o Sporting, o resto é paisagem. Poderão ter mais títulos que o Sporting; poderão ser financeiramente mais pujantes que o Sporting; poderão até ser mais prestigiados que o Sporting. No entanto, o Sporting somente se vive… ou não, como reza a derradeira parte da epígrafe deste blog.
Em 2000 e em 2002, recordo-me bem da apoteose em que vivemos com aqueles dois campeonatos, o primeiro inesperado, o segundo mais expectável, mas não menos espectacular. O Sporting demonstraria, uma vez mais, a sua inequívoca dimensão nacional e internacional. Recordo-me de o meu avô e a minha mãe me dizerem, comovidos, em 2000, que tínhamos quebrado um jejum de 18 anos. 18 anos são quase 2 décadas. Não dariam então a impressão de eternidade que hoje teríamos de um período temporal semelhante, aceleradíssimos e crivados de informações como estamos. Ainda assim, era demasiado tempo sem vencer o título máximo de futebol em Portugal. Ao contrário do que se poderia supor, nunca me incomodei com tal. Para mim, era uma naturalidade absoluta. Que se lixassem os 18 anos: eu era campeão aqui e agora! Mais tarde, apercebi-me de que não era por não ter passado integralmente por esses 18 anos que me tinha feito então pensar assim. Tinha sido o amor genético ao Clube que, recém-robustecido com um longamente aguardado título, só poderia frutificar e instalar-se-me irremediavelmente cá dentro. Isso não significa que não queira sempre ganhar. Claro que quero! Como amante de desporto, reconheço a inevitabilidade do empate e da derrota, mas só me dou por satisfeito quando ganho ou, alternativamente, quando tudo faço para ganhar.
Dito isto, o Sporting é demasiado grande. O Sporting tem uma massa adepta fidelíssima, dedicadíssima e vastíssima. O Sporting é uma das grandes instituições portuguesas. Um dos maiores Clubes europeus. O Sporting é eterno. Poucas coisas mexem tanto comigo como o Sporting.
Como posso ficar senão desalentado quando para ele olho e constato que, não só não ganha, como continua a insistir em não apostar nos meios que conduzem à vitória?
Como posso ficar senão desapontado quando para ele olho e constato que os erros e as fracturas de antigamente se reproduzem quase por geração espontânea?
Como posso ficar senão desiludido quando para ele olho e constato que continuamos iludidos pela feira de vaidades que marca o dia-a-dia do Clube?
Como posso ficar senão desalentado quando para ele olho e constato que assistimos ao reescrever da história recente, onde a antiga encarnação do Diabo em figura de gente se angelicou repentinamente?
Como posso ficar senão desapontado quando para ele olho e constato que se desperdiçaram 4 anos, intervalo temporal dotado de condições únicas para recatapultar o Sporting para uma posição de destaque do futebol português?
Estamos mais competitivos? Estamos. Ganhamos mais? Não. Temos mais influência nas instâncias decisórias do futebol em Portugal? Não. Somos mais respeitados no geral? Não. Financeiramente estamos mais coesos? A despeito da narrativa soteriológica, não.
O que mudou, então? A resposta é nada. O Sporting perdeu a hegemonia do futebol em Portugal em 1958, com o primeiro título ganho no velhinho Alvalade, o 8º em 12 anos, coincidentemente o ano em que os violinos sobreviventes, Vasques e Travassos, penduraram as botas, encerrando um capítulo de ouro na nossa centenária história e marcando indelevelmente uma era do futebol português. O Sporting deixou de ser a sombra persistente do rival Benfica nos anos 80, com a ascensão incomensurável do Porto. Adquiriu o estatuto de 3º Grande. Os seus méritos no futebol começaram a desviar-se para os sucessos no futebol de formação e no contínuo (posto que substancialmente reduzido a partir de 1995) amealhar de títulos nas modalidades. À semelhança de muitos outros projectos, o Sporting vive sempre na ânsia de restaurar uma glória antiga, um velho brilho que nos apaixona e nos mantém presos.
O maior problema do Sporting parece-me ser esse. Para além da crença num Redentor de pés de barro, a voracidade pela recuperação de um passado irremediavelmente passado. Enquanto nos contentarmos com as mesmas caras, as mesmas tricas, as mesmas intrigas, as mesmas políticas, as mesmas pessoas, as mesmas tretas do costume (perdoem-me o vernáculo), viveremos de um passado inatingível. Enquanto não entrarmos de vez no século XXI, não deixaremos de ganhar apenas circunstancialmente. Enquanto não transfigurarmos o Sporting de instituição passadista e acomodada (o actual Presidente, tendo dado um abanão, conseguiu acarneirar a maioria, num processo muito análogo ao que sucedia num passado não tão antigo assim…) em instituição moderna e pujante, continuaremos a ser o 3º Grande. Em suma, enquanto não encararmos o passado como tribuna de respeito e admiração, mas não como paradigma para o Clube, continuaremos a adiar-nos. Faltará cumprir-se o Sporting!
SPORTING SEMPRE
Continuando a análise do programa de Pedro Madeira Rodrigues, após termos abordado Liderança e Valores, Finanças e Marketing e Comunicação, chega agora a vez de olhar para as propostas na área de Universo Desportivo.
1. Garantir uma maior participação institucional activa do Sporting nos principais orgãos de decisão do desporto em Portugal.
Fundamental! Imperativo! O Sporting Clube de Portugal está há décadas afastado dos lugares de decisão, no futebol pelo menos. Federação Portuguesa de Futebol e Liga de Clubes. Poderemos também considerar o Conselho de Arbitragem e o Conselho de Disciplina, no entanto estes são eleitos no seio das anteriores, além que são orgãos dos quais os clubes devem manter alguma "distância".
Já assistimos no mandato de n presidentes do Sporting, há décadas, a dois factos ocorrerem com alguma frequência. O Sporting é prejudicado pelas arbitragens, primeiro facto. O Sporting limita-se à "queixa mediática" e algumas acções de protesto inócuas, o outro facto. Saúda-se a intenção de mudar este status quo! Fernando Gomes estará para durar na FPF, mas é obrigatório o Sporting apresentar uma lista própria à Liga. Rogério Alves, estando disponível, seria uma excelente escolha.
2. Marcar a agenda do desportivismo em Portugal, defendendo sempre os interesses do Sporting, estabelecendo pontes em assuntos comuns, mas sem fazer alianças de qualquer espécie.
Para garantir uma candidatura forte à Liga é de extrema importância estabelecer pontes com outros clubes. Concordo com a questão de não fazer alianças, mas apenas em relação aos rivais históricos. O Sporting dificilmente saíria prejudicado de uma aliaça com um clube que tem objectivos competitivos menos ambiciosos. Poderiam essas alianças ser úteis até noutros aspectos, como a colocação de atletas por empréstimo. Para além disto, limito-me a citar Madre Teresa de Calcutá.
3. Promover a exposição e militância de sportinguistas mais influentes na nossa sociedade, através da partilha transparente de informação e permante networking.
Aqui, basicamente, Madeira Rodrigues propõe a criação de um "lobby Sporting". Absolutamente nada contra, desde que se respeite o princípio de transparência. De salientar que os lobbys têm uma visão menos positiva em Portugal sobretudo pela sua não regulação. Nos Estados Unidos são legais e regulamentados e encarados como normais.
4. Promover a cultura sportinguista com o programa "Sporting nas escolas" liderado pela Fundação Sporting / Leões de Portugal, com a participação de embaixadores do nosso clube que visitarão escolas de todo o país (envolvendo núcleos, delegações e filiais) para passar o conhecimento do clube e dos valores de desportivismo.
Uma boa ideia. Pela base da mesma, fomentar a cultura do Sporting, mas também pela oportunidade de reforço de interacção entre a "cabeça" (Clube) e os "braços" (Núcleos). Além de que... a criança feliz de hoje poderá ser o sócio de amanhã.
5. Criar condições para a melhoria da competitividade do futebol Português, procurando propor alterações dos quadros fiscais em que os clubes e atletas se inserem, junto das entidades competetentes e exercendo as influências legítimas para que as mesmas se tornem realidade. Propor alterações ao nível da fiscalidade para garantir condições mais equilibradas de atracção de jogadores em comparação com outros mercados. Propor melhorias ao nível de jogo: últimos 10 minutos com o relógio a parar.
Uma boa intenção, mas que dificilmente passará disso. É um facto que, desde que foi revisto o regime de IRS dos futebolistas em Portugal, perdemos competitividade com outras Ligas, já de si mais competitivas a priori por terem maior capacidade de investimento. No entanto, ainda para mais com o actual Governo suportado em maioria parlamentar com comunistas e bloquistas, sabemos todos que será impossível na actualidade rever esse regime. Mesmo com qualquer outro Governo, nenhum Partido quererá atrair para sí o ónus da "menor justiça fiscal" depois das dificuldadaes que o país atravessou e atravessa.
Quanto aos últimos 10 minutos... Implica que o International Board altere as regras do futebol... Além que, porque não o jogo todo, porquê só 10 minutos? Um momento de boa disposição no Programa...
6. Incentivar alterações ao nível da arbitragem em Portugal, nomeadamente a reintroduição do sorteio de árbitros.
Apenas possível com o Sporting nos lugares de decisão referidos na primeira proposta. Enquanto vigorou o regime de sorteio o Sporting venceu 2 campeonatos em 3...
7. Sensibilizar e defender junto das entidades responsáveis pela marcação dos horários dos jogos da equipa principal de futebol, que estes tenham em consideração os sócios e adeptos que vivam longe de Lisboa.
Estas questões não se sensibilizam, negoceiam-se. Quem decide os horários, basicamente, é quem tem os direitos televisivos. Direitos esses que os clubes cedem, e negoceiam para os ceder. É esse o momento de abordar a questão.
8. Dinamizar programas de apoio à colocação no mercado de trabalho de ex-desportistas.
Uma muito boa intenção. Não obstante, deveria ser o Sindicato de Jogadores a avançar com a mesma, visto enquadrar-se mais com as suas competências. Mas claro que o Sporting deve colaborar! A esmagadora maioria das pessoas avalia a qualidade de vida dos desportistas em geral pelo gold standard, as "vedetas". Nem todos os desportistas são milionários, longe disso, e muitos sacrificaram outras carreiras pelo desporto. Saudável ideia, enquadrada no que são os valores do Sporting Clube de Portugal.
O Sporting apresentou-se ontem com algumas alterações no seu 11 titular.
O regresso de Patrício à baliza, em jogo que lhe correu menos bem. É um facto que, actualmente, não está ao nível a que já nos habituou. É no entanto de elementar justiça referir que se este momento menos bom é mais visível, é também por o nível a que nos habituou ser elevadissímo. Estamos a falar do jogador a quem, nem há 2 semanas, se teciam largos elogios pelo seu reconhecimento internacional.
Na defesa, a revolução. Têm entrada directa no 11, Schelotto, Paulo Oliveira e Marvin. Os laterais, embora com esboços de alguma qualidade, têm essa percepção facilitada pelas más exibições dos seus respectivos antecessores nas posições. Numa avaliação mais exigente, constata-se mais uma vez que não têm qualidade para serem titulares no Sporting. Paulo Oliveira, mais uma vez, demonstra que deveria ter bastante mais confiança por parte de Jorge Jesus e que a contratação de Douglas foi um pouco descabida.
No meio campo registou-se a maior surpresa, com a inclusão de Palhinha em substituição de William Carvalho. Justificada a saída, por William já demonstrar há muito o desgaste inevitável de não ter substituto digno. Justificada a chamada, ainda que Palhinha aqui e ali tenha demonstrado ligeiro nervosismo e falta de rotina com os companheiros, mesmo assim um evidente grito mudo de revolta "PORQUÊ O PETROVIC?!". Adrien, que não tem estado na melhor condição física desde a última lesão, consegue apesar disso assegurar os "serviços mínimos".
No ataque, o inevitável Dost a, inevitavelmente, marcar golo. A municiá-lo teve, Gélson na direita, Bryan nas costas e Bruno César na esquerda. Gélson, mesmo acusando ligeiro desgaste provocado pela sua "titularidade obrigatória", continua a ser o único capaz de rasgar a "cábula insuficiente" fornecida por Jesus e tirar "cartas da manga". Bom golo! Bryan continua a ser a sombra do que já foi e Bruno continua a ser prejudicado pelo deambular táctico a que parece condenado.
Entram depois Alan Ruiz, William e Campbell. Alan, que injustiça!, consegue tornar bem gastos 2% do valor da sua aquisição com aquela desmarcação e remate, para ver o golo mais uma vez surripiado pelo apito. Apito no Pinheiro, que em lugar de dar pinhas, dá foras de jogo imaginários. William deu algum equilíbrio ao miolo, Campbell deu algum... nada.
O Sporting ontem, sem deslumbrar, esteve bastante melhor do que nos jogos em Chaves. O Sporting ontem, sem deslumbrar, fez muito mais pela vitória do que o seu adversário. O Sporting, mais uma vez ontem, é prejudicado por uma arbitragem amadora... Amadora? Será que sim? Ou será "profissionalíssima"...? You know what I mean! They know what I mean! Everybody knows what I mean! Excepto os dirigentes do Sporting, que continuam a dar tiros de pólvora seca, a olhar para as vicissitudes dos adversários em vez de para as próprias.
A preocupação com o rumo que o Sporting está a tomar começa a ganhar cada vez mais expressão.
São cada vez mais os Sócios anónimos e figuras publicas que expressam o seu desagrado.
Em poucas palavras, apenas partilhamos um desabafo de um grande atleta da nossa Seleção Nacional de Rugby, Gonçalo Uva, no seu perfil do Facebook, e que anda a circular pelas redes sociais.
Este é só e somente só, mais um entre tantos e muitos desabafos com o mesmo contexto.
Gonçalo Uva
5/1
às 20:33
"Isto não é o Sporting.
Desculpem, mas isto não é o Sporting que eu conheci e me fez ter um amor inexplicável ao clube. Não é o Sporting que me fez e faz mudar a minha vida toda, tanta vez, para ter tempo para ir ver um jogo ao estádio. Não é o Sporting pelo qual eu fui motivado a passar jogos de pé na claque sem estar calado um segundo porque sabia que os jogadores iriam dar tudo em campo para dar a vitória aos adeptos que nunca lhes falharam. Se soubessem o que o símbolo, que carregam ao peito todos os jogos, significa para nós, morriam em campo para nos dar a vitória. E é isso que falta.
Faltam jogadores em campo dispostos a entrar e deixar tudo em campo. Ponham os olhos em jogadores como liedson, slimani, gelson, que por mais que levem pancada, por mais que sejam empurrados, por mais que sejam rasteirados e agredidos, mostram a garra de um verdadeiro jogador do Sporting e procuram sempre que possível ir buscar a bola em vez de tentar ganhar a falta.
E sr. Presidente, sabemos todos admitir que foi uma excelente jogada ter roubado o treinador ao clube do outro lado da estrada, e que andar uma época inteira a mandar bocas e criar confrontos foi muito engraçado, mas chega... está na hora de abrir os olhos!
Fomos eliminados da liga dos campeões, da taça da liga, estamos a oito pontos do primeiro lugar.
O que é isto?
Como é que um treinador está a perder no estádio da Luz, precisa de marcar pelo menos um golo e tira o melhor avançado que tem em campo para por o André? Como é que um treinador está a perder em casa com o Braga e vai tirar o Bryan Ruiz para por o André? Jesus... Jesus! até a minha avó de muletas tinha marcado os dois golos que esse 'jogador' desperdiçou ontem. Ah, mas numa coisa tens razão... a minha avó não marcou dois golos contra o praiense e por isso não merece entrar em alturas decisivas de jogos importantes. Desculpa, erro meu. ACORDA! E questiono-me porque é que não deixaste o Jefferson 'tratar' do árbitro, ontem no final do jogo com o Setúbal. Se só o metes em campo de três em três meses quase, pra ti nao havia problema de ele ficar mais uns quantos sem jogar. Para não falar de outros 'jogadores'...porque até o Ruben Semedo lesionado joga mais que dois Douglas juntos. Será que é preciso colocar nomes como 'Real Madrid' ou 'Dortmund' às equipas contra quem jogamos para os jogadores se esforçarem? Porque foi, contra esses dois clubes, as poucas prestações dignas de Sporting que eu vi esta época.
E mais uma vez sr. Presidente, se é assim tão revolucionário, pense em revolucionar a mentalidade dos jogadores e treinadores sportinguistas, para se preocuparem mais em honrar a camisola deste grande clube, jogando e dirigindo com garra, mostrando do que é feito o Sporting Clube de Portugal e menos com constantes queixas pelos erros da arbitragem. Porque o Sporting que eu conheço, num jogo em que precisa só de um empate, nunca joga para empatar. O Sporting que eu conheço entra em campo para ganhar, seja contra um clube de topo mundial ou um clube da quarta divisão distrital. O Sporting que eu conheço no jogo de ontem tinha ido para os balneários a ganhar e voltado com a mentalidade que iam marcar ainda mais. E assim? Até poderia haver um penalti, dois, ou até três, que por muito que fossemos prejudicados, ganharíamos na mesma. Agora, estar a perder com o Setúbal ao intervalo, com o maior respeito ao clube, e dar-se ao luxo de jogar para o empate, desculpem mas isto não é o Sporting que eu conheço e que pelo qual o mundo sabe que sou doente.
Se a arbitragem esteve mal? Esteve. Se fomos prejudicados? Fomos. Se tivemos culpa? Sim. A culpa é inteiramente do Sporting. É preciso não ter medo de o admitir e saber dizer que não jogámos bem e que o futebol do Sporting é muito superior àquele que foi mostrado em campo ontem. Como em 1906 José Alvalade disse 'Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande quanto os maiores da Europa', só peço que lutem para honrar essa frase e esse símbolo que têm ao peito. Saudações leoninas."
Decorre neste momento uma reunião convocada pelo Conselho de Arbitragem, que teve início às 14h30m na Cidade do Futebol. Numa altura em que se vivem dias tumultuosos (pelo menos um pouco mais que o habitual...) na arbitragem, na sequência de decisões polémicas que tiveram o último episódio na forma como Sporting e Porto foram eliminados da Taça da Liga, com abertura de uma auto-estrada para mais um troféu a poder ser conquistado pelo Benfica, impõe-se que o assunto seja debatido.
O que se vive na arbitragem portuguesa é particularmente grave e só a desprestigia, sendo já alvo de chacota a nível internacional. Árbitros sem categoria, que chegaram de forma estranha à Primeira Liga e até a internacionais, observadores que com as suas avaliações e classificações incompreensíveis, contribuem para esta "seleção" em que os medíocres são privilegiados. Temos hoje um quadro de árbitros que não prometem nada de bom para a arbitragem nos próximos anos, mais preocupados com a progressão da carreira, e em adequar as suas atuações a esse desígnio, que em dignificar a profissão.
Ainda há alguns dias Miguel Libório teve uma actuação anedótica no jogo Sporting B - Braga B com clara interferência no resultado.
Aliás a Segunda Liga parece hoje um "laboratório" e centro de testes onde se pode ter uma antevisão dos futuros árbitros a serem promovidos, mas sem que a qualidade e isenção seja o principal critério de promoção. Tinha sido aí que Rui Oliveira, árbitro do Setúbal - Sporting da Taça da Liga assinara uma actuação miserável no jogo entre o Sporting B e o Feirense, na época passada.
Obviamente que a arbitragem não explica só por si o fracasso em que ameaça tornar-se esta época do Sporting, em que também houve claros erros de planeamento e de constituição do plantel. O problema é que as coisas como estão não garantem a verdade desportiva, apesar dos elogios do Sporting a este Conselho de Arbitragem, bem como de inúmeros posts de indignação no FB.
Falando do FB, Bruno de Carvalho escolheu novamente esta rede social para propor medidas de reforma da arbitragem. Curiosamente não marcará presença na reunião de hoje onde poderia discutir essas medidas e fazê-lo perante outros clubes e Fontelas Gomes. Como já escrevi em outro post, é mesmo o mandato do Facebook...
Em relação ao que sugere, BdC tenta assim retomar algum fôlego de que dispunha no início do mandato, numa altura em que era elogiado e tinha crédito. Infelizmente e por culpa própria, foi perdendo essa credibilidade e ficando cada vez mais isolado. É que uma alteração desta magnitude tem de contar com o apoio de outros clubes e não é certamente com posts no FB que se aglutinam vontades e se granjeiam apoios.
No ponto 1 BdC sugere que seja feita já a divulgação pública dos relatórios sobre os árbitros. Nada a opor, pois a transparência contribui para avaliações mais justas até porque responsabiliza mais os autores.
Quanto ao ponto 2 que defende que o vídeo-árbitro avance desde já, não existem condições para o fazer e esta medida não será a panaceia que muitos julgam ir resolver os problemas da arbitragem. Se há lances que mesmo depois de vistos e revistos na TV continuam a ser polémicos, porque será diferente com o vídeo-árbitro? Sem dúvida que pode ajudar em situações relativas a fora-de-jogo ou algumas faltas mais evidentes mal ajuizadas muitas vezes manter-se-á a duvida, alem das implicações em relação ao impacto no ritmo de jogo que terão de ser estudadas.
No ponto 3 sugere acabar com os observadores ou mudar os actuais. Claro que está à vista o mau trabalho dos observadores e as suas consequências. Mas terá sempre de existir uma avaliação dos árbitros e quem tenha de o fazer. O facto de tornar públicos os relatórios já terá certamente um efeito dissuasor.
O ponto 4 sustenta que 'os melhores árbitros devem ser nomeados para os melhores jogos.
Nada a contestar. A questão é que se a base é má, torna-se complicado. Ou então se houver condicionamento em termos de impacto futuro na carreira... ainda recentemente aquele que é considerado o melhor árbitro nacional, Jorge Sousa, perdoou 2 penaltis claros ao Benfica no jogo com o Sporting.
Os pontos 5 e 6 não têm grande expressão prática... mais contacto com os clubes e a adopção de um discurso moderno não são propriamente medidas concretas e objectivas. Na mesma linha surge o ponto 8 de os árbitros reconhecerem publicamente os erros.
No ponto 7 fala em penalizar de forma mais pesada os penaltis não assinalados ou incorrectamente marcados o que parece acertado, embora não sejam estes os únicos lances determinantes no jogo.
O ponto 9 é algo confuso ao sugerir que se considerem as posições públicas de cada árbitro como critério para nomeações futuras e misturando isso com as exibições em cada jogo (algo que já tinha sido indicado antes).
O ponto 10 propõe que sejam conhecidos publicamente os critérios de nomeação e avaliação. Talvez se possa começar por aí, estando algo já implícito em outros pontos, nomeadamente em relação às nomeações.
No último ponto (11) exige a verdadeira profissionalização dos árbitros e que sejam conhecidos os critérios de nomeação de internacionais.
Enfim um conjunto de medidas que têm validade, embora apresentadas de forma um pouco confusa. Pena que o próprio proponente as tenha desvalorizado ao apresentá-las no Facebook e não tenha aproveitado a reunião de hoje para que o seu anúncio pudesse ter algum impacto e consequências práticas! Faz lembrar os centros do Saber…
Afinal José Eduardo Bettencourt não cometeu qualquer “crime” durante a sua gestão. Como não cometeram quaisquer imprudência os três sócios processados, os jornalistas, enfim, tanta gente que foi parar à vara da Justiça processada por um lunático que tinha um único objetivo: criar a ideia de salvador de uma casa que não estava a necessitar da sua ajuda. E agora paga o Sporting a diarreia mental de um louco.
Hoje, é evidente que vivemos uma grande mentira. Desde as contratações falhadas às centenas, desde as dispensas desses mesmos jogadores a custo zero, os despedimentos de funcionários, o caso Marco Silva, a paranoia da Doyen, enfim, tantos são os casos que um Clube Empresa da dimensão do Sporting não se pode rebaixar ao nível do pato bravo com a carrinha da obra bloqueada no parque de estacionamento.
E esta é a verdade dos factos, hoje continuamos a não vencer como no passado recente, ou melhor, vencemos ainda menos, mas temos mais gastos, menos qualidade na formação, um treinador no top dos mais bem pagos do mundo, um plantel deficitário, um aumentar do passivo galopante, e claro, um Clube dividido, fraturado, descontente, desconfiado, e num autentico clima de guerra civil.
As eleições serão em Março, até lá o circo será digno de uma avaliação sem precedentes. Depois da birra com o Setúbal, agora estamos a cavar a eterna birra com a arbitragem, pena que se lute no conforto do sofá e nas redes sociais, e que nos órgãos de decisão continuemos a ser gozados e sem qualquer voz credível que se faça ouvir. Curioso que, Dias Ferreira, sempre gritou bem alto que era nesses locais que o Sporting deveria ganhar poder. Pois é aí que se ganham campeonatos. Curioso que hoje estamos ainda mais fracos que o passado recente nesse capítulo, e curiosamente, ou não, Dias Ferreira apoia esta direção. Hábitos do passado que não mudam.
Mas voltemos às auditorias de gestão que, como sempre o afirmamos, deram origem a um real nada. Foi feito um autêntico auto de fé a todos os antigos de dirigentes. Foi criado este clima de divisionismo propositadamente, dividiu-se para reinar, e claro, sem direito a contraditório, todos foram facilmente acusados. Agora começa o processo inverso, o pedido de desculpas, o tentar limpar a cara da borrada monumental que foi feita.
É realmente de muito baixo nível e de gente sem caráter partir para este tipo de atuações. E se todos eramos a favor da Auditoria de Gestão em 2013, agora todos a devemos implorar e gritar por ela para auditar esta Direção. Existem processos muito dúbios, nomeadamente no aumentar loucamente o orçamento das modalidades, que nada ganham ao exemplo do passado, o aumentar loucamente o orçamento do futebol, que ganha muito menos que no passado recente, e claro, os honorários e comissões que tanta gente quer realmente descobrir e esclarecer.
Sobre Bruno, que sempre se pautou por ser um paladino da transparência, aguardemos que tenha a coragem que sempre se vestiu para avançar com essa Auditoria. Seria interessante avaliar e acabar de vez com os mitos sobre o Costa Aguiar, Nelson Almeida, e comissões ganhas por vários dirigentes e outros agentes na contratação de jogadores.
Até à data das Eleições muita tinta vai correr, muito se vai esclarecer, e quem sabe, esperamos todos que não, a Polícia Judiciaria e o Ministério Publico podem entrar em cena.
O maior espetáculo do mundo já começou!
Ontem ocorreram dois factos gravíssimos no final do jogo com o Vitória Futebol Clube!
Uma grande penalidade inexistente foi assinalada
Esta época ameaça tornar-se uma das mais negras em toda a História do futebol português, no que a arbitragem diz respeito. A acumulação de erros absolutamente ridículos que se têm verificado, em todos os sentidos excepto um, demonstra várias coisas.
Em primeiro lugar, é cada vez mais notório que a simples profissionalização não resolveu nada. Antes tínhamos amadores incompetentes e/ou corruptos e agora temos profissionais incompetentes e/ou corruptos. Ou seja, podemos colocar uma bata de médico num porco, mas não será por isso que ele passará a curar doenças…
Em segundo lugar, é inegável o controlo tirânico que neste momento o benfica exerce sobre toda a estrutura que organiza, nomeia e avalia os árbitros. Chegando neste momento o desplante a, não satisfeitos com o controlo da FPF e Liga, almejarem agora o controlo da Justiça Civil, como se testemunha no pedido de escusa do juiz que tem em mãos o processo que eles colocaram a Jorge Jesus. Se um dia será Luis Filipe Viera a promulgar leis por detrimento de Marcelo Rebelo de Sousa, só o tempo o dirá…
Por último, é cada vez mais óbvio que a resposta de Bruno Carvalho a este status quo é do mais ineficaz possível. Há quase quatro anos que somos brindados, numa periodicidade em alguns momentos diária, com comunicados e publicações no Facebook e entrevistas e… sempre a falar no mesmo assunto e com o mesmo alvo. Que resultados prácticos foram entretanto obtidos? O final do jogo de ontem fala por si. Não só não se regista qualquer vislumbre de melhoria na arbitragem, como o que acontece, acontece cada vez mais “nas barbas” de todos. Chega a ser patético! É como se um mendigo se queixasse com fome e alguém se colocasse em frente dele a saborear um croissant. A diferença é que provavelmente o mendigo aprenderia com essa experiência e não se voltaria a lamentar àquela pessoa. Mas Bruno Carvalho não, vê que a porta está fechada e insiste em tentar abri-la à cabeçada. Só não percebe que a porta é feita de aço.
Veja-se o exemplo do presidente do porto, que tem sido ainda mais prejudicado pela arbitragem esta época, mas até ao momento fez apenas uma declaração sobre o assunto. Poderão dizer que não tem moral para isso por já ter ocupado o mesmo papel no topo da pirâmide da corrupção, mas se ele estivesse preocupado com moral não tinha uma linha no seu CV referente à função de Papa… Porque insiste então em falar Bruno Carvalho?
Quando a penalidade foi assinalada estávamos empatados com o Vitória Futebol Clube
Este facto gravíssimo não pode, nem deve, ser explicado com arbitragem!
Não foi o árbitro que contratou Jorge Jesus. Não foi o árbitro que contratou Petrovic e Bruno Paulista, que pelo facto de não serem opções sobrecarregam William Carvalho com minutos de jogo. Não foi o árbitro que contratou Elias, que só a sua anterior passagem pelo Sporting já deveria fazer corar de vergonha semelhante ideia, mas pior do isso é o seu rendimento e o facto de não ser 10% do jogador que é Adrien. Não foi o árbitro que requisitou o empréstimo de Markovic, jogador que até à data marcou um golo num ressalto e… mais nada. Não foi o árbitro que contratou Alan Ruiz, André e Castaignos, todos excelentes jogadores… para o Vitória Futebol Clube. Não foi o árbitro que achou que os defesas laterais que tínhamos no plantel seriam suficientes para ser competitivo em quatro provas (uma delas a Champions League…).
Não é o árbitro que insiste em colocar em campo jogadores que, ou por falta de qualidade ou de forma, nada acrescentam à equipa. Ontem, mais uma vez, sofremos um golo porque Jefferson não estava onde devia (nunca está). Não é o árbitro que se arroga de ser o supra-sumo da táctica mas depois a sua equipa apresenta um futebol básico e previsível. Não é o árbitro que se arroga de descobrir os melhores jogadores (que nem Mourinho conhece – Talisca) mas no Sporting, até ao momento, só “descobriu” Bruno César.
Gostaria de ver menos 100 comunicados sobre o benfica e 1 que respondesse aos temas dos parágrafos anteriores. Mas no Sporting Clube de Portugal de hoje, responsabilidade é uma coisa para se atirar aos outros, nunca para ser assumida por quem de direito.
É fácil de ver que aquele lance foi um roubo descarado. Até um cego vê. O que muitos parecem não querer ver é o que se passou até esse lance; uma exibição paupérrima, equipa desligada, treinador menos interventivo e mais uma vez a constatação que como máximo fizemos uma aquisição que até essa tem uma dose de erro se atentarmos ao que a equipa pedia e ao que o jogador é. De resto, mais uma carrada de entulho mas paga a peso de ouro!
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