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O Sporting é a paixão que nos inspira. Não confundimos competência com cultos de personalidade. 110 anos de história de um clube que resiste a tudo e que merece o melhor e os melhores de todos nós. Sporting Sempre

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O Sporting conseguiu ontem uma vitória fácil frente ao Boavista, devido às facilidades concedidas pela defesa boavisteira, mas também pela facilidade com que Bas Dost introduz a bola na baliza. Esperava-se um confronto mais aguerrido, por esta ser uma característica intrínseca dos axadrezados, mas também por trazerem consigo uma boa sequência de jogos sem perder.

 

Na baliza verde e branca Rui Patrício limitou-se practicamente a assistir ao jogo, a tal ponto que poderia ter contado, com legitimidade, para o total de espectadores presentes em Alvalade.

 

Na defesa a repetir-se o último quarteto. Contra um ataque pouco acutilante não houve quaisquer consequências de uma ou outra desconcentração de Coates e Semedo, mais do segundo cuja forma actual parece chamar Paulo Oliveira de volta à titularidade. Schelotto no seu jeito meio trapalhão habitual, sempre voluntarioso a apoiar o ataque. Marvin surpreendentemente a jogar bem pelo segundo jogo consecutivo, a registar até alguns bons cortes.

 

No miolo uma imponente exibição de William, como que a hipnotizar adversários, colegas e público nas suas valsas em slow motion. Ao seu lado, pela última vez esperamos todos, Bryan a demonstrar mais uma vez a teimosia de Jorge Jesus em colocá-lo a "8", a falta de vigor físico para a posição e o descerto no passe curto foram sendo intercaladas com algumas boas aberturas na vertical.

 

Nas alas um bom aproveitamento da chamada por ambos, tanto de Bruno César como Podence. Se o primeiro tivesse mais rotina numa só posição e o segundo uma oportunidade logo no início da época, estaríamos agora provavelmente a colocar uma pressão mais próxima aos adversários.

 

No ataque o imperial Bas Dost a assinar um hat trick e a colar-se a Messi no topo da Europa! Alan Ruiz começa, felizmente, a habituar-nos também aos golos. Se continuar a evoluir, com foco na velocidade, poderá tornar-se um jogador apetecível noutros campeonatos – principalmente o italiano.

 

Do banco sairam Adrien, Campbell e Francisco Geraldes. Nota para o regresso do Capitão com grande aplauso colectivo em Alvalade, a demonstrar estar bem fisicamente mas com expectável falta de ritmo. "Só" lhe pedimos o "milagre" de o recuperar todo numa semana... Vá lá! Tu consegues! Nota igualmente para um bom conjunto de passes de Geraldes, a deixar um perfume de interrogação nos poucos minutos que esteve em campo: "Porque não jogou mais na ausência de Adrien...?!"...

 

Em resumo, apesar de uma ou outra escolha discutível, apesar de um ou outro desacerto, ficou um bom ensaio para o jogo contra o benfica. Nota-se que a sequência de bons resultados faz subir a confiança de todos e que as coisas saem melhor assim, com melhores jogadas e melhor entendimento. É também bastante notório o envolvimento de toda a equipa no projecto individual de Bas Dost e isso, claro, só pode trazer bons resultados também para o colectivo.

 

Esta boa sequência de resultados, apesar de nem sempre boas exibições, permite encarar o jogo com o rival com optimismo. Força Sporting!

 

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29
Jan17

Dost e Gelson.jpg

 

Ontem o jogo do Sporting com o Paços em Alvalade antevia-se daquelas partidas que podiam ser perigosas. Se uma vitória nos manteria na luta pelo segundo lugar, ainda por cima pressionados pelo triunfo do Porto na Amoreira pouco tempo antes, um empate ou uma derrota poderia significar mais um passo na queda para o abismo, numa equipa que tem coleccionado desaires nos últimos jogos.

A equipa entrou muito bem a fazer lembrar a qualidade de jogo que exibiu em largos períodos da época passada. Velocidade, capacidade de passe, jogadas simples e de encher o olho e o primeiro golo surgiu sem surpresa. Adrien, a converter uma grande penalidade bem assinalada, embora inicialmente tenha deixado algumas dúvidas, desta vez não vacilou. Mantendo o vendaval de bom futebol, o Sporting continuou a partir a mobília ao Paços e foi a vez do holandês demolidor voltar a fazer das suas marcando o segundo golo. E aqui impõe-se um parêntesis... há sportinguistas que acham “normal” Dost marcar muitos golos, uma vez que é o único ponta-de-lança. Para esses só recordar que os 16 golos que já leva não incluem nenhum de penalty e que não tem culpa da ineficácia dos colegas... fosse ele melhor servido muitas vezes e o registo seria ainda mais concludente.
E depois chega o tal terceiro golo... uma obra prima do menino Gelson a passe de William. Para ver e rever, mostrando como o futebol pode ser bonito e um grande espectáculo.
A equipa nesta primeira parte contou não só com a inspiração de Dost e Gelson, mas também com um bom registo de Senhor 8 milhões, Alan Ruiz, que embora continue a “correr” a passo, mostra que tem um pé esquerdo muito interessante e que sabe passar a bola muito bem. Espera-se que possa melhorar ainda mais para que justifique o que custou. Mas ninguém pense que se possa tornar uma gazela... E se é para fazer companhia a Dost, terá obrigatoriamente que marcar mais golos.
Os laterais até nem estiveram mal nesta fase, Bruno César a beneficiar do desnorte e fraca capacidade ofensiva do Paços nesta primeira parte e Schelotto, a compensar com as suas cavalgadas as suas óbvias limitações. Adrien em crescendo e William a alternar alguns passes errados, com algumas jogadas muito interessantes. Pena o cartão amarelo (ainda assim que tem de se aceitar) e que o retira do jogo do Dragão. Isto, se ele continuar em Alvalade, como ainda assim parece mais provável. Bryan Ruiz, em alguns momentos pareceu estar de volta aos bons pormenores mas continua demasiado irregular. Semedo alternou o bom com alguns erros e Paulo Oliveira, mais uma vez, não comprometeu.
Chegou o intervalo e só não assumimos que o jogo estava ganho porque ... era o Sporting. E esta época temos tido muitos dissabores e mostrado não saber segurar resultados.
Pouco tempo depois de começar a segunda-parte.... golo do Paços, com jogada rápida, em que Semedo é batido e não consegue antecipar-se a Welthon. A equipa sente claramente o golo, voltam os fantasmas e JJ mexe na equipa fazendo entrar Palhinha para o lugar de Adrien e pouco depois Marvin para o lugar de Alan Ruiz. Palhinha esteve bem, entrando com raça e com vontade de ajudar, embora tenha visto um cartão amarelo, fruto da sua impetuosidade. Marvin, dois minutos depois de entrar deixa-se bater pelo endiabrado Welthon e ...segundo golo do Paços.
Nesta altura Alvalade tremeu. Pensou-se que com esta intranquilidade e com o ânimo redobrado ganho pelo Paços, as coisas podiam ainda piorar mais. Felizmente tal não aconteceu e Dost acabaria por marcar o golo da tranquilidade, num golo em que a bola é tirada pelo jogador do Paços quando já ultrapassara o risco final.
Uma palavra também para Rui Patrício que trocou a infelicidade do último jogo, por intervenções decisivas e que nos salvaram de males maiores.
E pronto, o mais importante foi conseguido, a vitória. Com nota artística na primeira parte, com tremideira e palpitações na segunda. Agora é ir ao Dragão e ganhar para poder continuar a lutar pelo segundo lugar. Outro resultado deixar-nos-á com muita dificuldade de lá chegar e tirar-nos-á a possibilidade de ir à Champions e de ter acesso às receitas fundamentais que daí advêm.
Não estamos em mais nenhuma competição e temos que encontrar motivação para o resto da temporada.
Laterais é que nem vê-los... para quem acha que o Sporting respira saúde financeira seria bom reflectir nisso. Parece claramente que estamos à espera de realizar encaixe para o fazer. E o fecho de mercado está aí já ao virar da esquina.

PS – apenas uma nota para os 43 843 espectadores que foram anunciados como tendo estado presentes em Alvalade. Há sportinguistas que acham que este número é real, outros que acham que pode ser empolado, mas que não faz mal mentir e outros que se indignam. O autor deste texto está no último grupo. Se antes criticávamos e bem quem mentia sobre este tipo de coisas, não podemos agora achar muito bem só porque somos nós a fazê-lo. Até porque se queremos ter credibilidade não podemos alinhar nestas cosméticas de números. Qualquer pessoa que tivesse estado no Estádio viu que estava uma excelente moldura humana (e isso não pode deixar de ser destacado tendo em conta a carreira da equipa nesta época), mas que não estiveram, nem de perto nem de longe, 40 mil espectadores.

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editado por Ivaylo a 25/2/17 às 11:59



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