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O Sporting é a paixão que nos inspira. Não confundimos competência com cultos de personalidade. 110 anos de história de um clube que resiste a tudo e que merece o melhor e os melhores de todos nós. Sporting Sempre

14
Fev17

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Depois de um primeiro contributo de um leitor, ficamos muito honrados e agradecidos com nova participação do Rui. Mais uma vez, pela pertinência e qualidade da mensagem achamos que merece ser lida por todos.

 

«Mas o Sporting somos nós!


Isto não é ser líder. Isto não é querer servir o clube. Isto é estar dependente do SCP. Um líder coloca-se à disposição dos seus. Assume erros. Assume derrotas. Assume insucessos. Permite vozes discordantes. Permite críticas. Costumo dizer que devemos ser brutalmente críticos uns com os outros. Devemos ser honestos. Só assim podemos aprender com as críticas e opiniões de outros. Não gosto de "Yes Men". Gosto de boas discussões. Muitas vezes acesas. Da discussão nascem novas ideias, novos caminhos, novos rumos. Não o rumo que não é certo. Deixemo-nos de hipocrisias.


Isto é tudo o que não deve ser um presidente de uma instituição como o SCP. Este deve ser desprendido de cargos. Deve orgulhar-se de servir não pelo vencimento. O que não significa que não tenha. Claro que tem de ter. Claro que deve ser adequado às funções que exerce que são de grande responsabilidade. Claro que tem de ser alto. Já não digo tão alto como um funcionário. Mas quem manda no clube? Um seu funcionário?


Não pelo estatuto, não pelo lugar, não pela honra, não por sentimentos egoístas mas por sentimento de altruísmo pelo clube. Colocar o clube acima dos seus próprios interesses. Por muito alto e confortável que seja o vencimento. Por muito bom, cómodo, mediático, popular e gratificante que seja este lugar. Por muito satisfatório que seja o emprego. Por muitas dificuldades que tenha em encontrar outro.


O presidente do SCP coloca-se como imprescindível ao clube. O clube seria muito pequeno se dependesse apenas de uma pessoa. Tamanha falácia a de salvador do clube. Um clube como o Sporting não depende de ninguém, nunca dependeu só de um, depende de todos, de todos os sócios e adeptos, de crianças, adultos e idosos, de mulheres, de jovens, de betinhos ou menos, de fanáticos ou menos, de facciosos ou menos facciosos, de populares ou menos, de elitistas ou menos, de croquetes, roquetes ou de Zés dos Tachos. Mas dos que forem bons, competentes. Dos que servirem o clube. Não dos que se sirvam deste.


«Dão cabo de mim?» Quem? Todos queremos o bem do SCP. Ninguém lhe quer mal.
O SCP não depende do seu presidente, Sr. Presidente. Depende de uma equipa. Depende de todos. Nós todos. Queremos o seu bem quando o bem for o nosso Sporting. E se não estiver bem não significa que lhe queiramos mal. Não é vítima. É um de nós. Também sofremos, também temos família, também temos filhos, também queremos vencer. Também gostávamos de ter bons empregos com o seu vencimento. Também hipotecamos todas as possibilidades de ter empregos melhores em discussões parvas e irracionais em blogues estúpidos. Todos. Não mais uns do que outros. Pelo nosso Sporting e sem vencimento discutimos e damos o corpo às balas contra pessoas sem rosto. Porque não dar o rosto? Porque se escondem?


Também o presidente pode ser emocional sim. Não irracional. Pode cometer erros. Mas não tantos. Como este. Porque também tem um vencimento, porque tem essa responsabilidade. Não todos os outros como nós. Pode simplesmente servir, tentar unir o que está partido há muito, tentar galvanizar, tentar inspirar, tentar ser exemplo. Onde está o exemplo?
Um líder não se assume como tal. Um líder só o é se os seus seguidores o disserem que é. Se for reconhecido por estes como tal. Pode ser presidente sim. Pode ser a figura máxima do clube sim. Não o seu líder.


O Sporting somos nós. Não é só o seu presidente. Não será outro presidente. Qualquer que seja. Muito bom ou excelente. O Sporting somos todos juntos. O Sporting é eterno. O Sporting está primeiro do que eles.


O Sporting somos todos nós.


E o Sporting não vai cair.


Quem for que caia.
»

 

Rui Franco

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09
Fev17

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Tivémos ontem, através do Facebook, uma participação de um leitor que merece ser partilhada aqui. Obrigado caro Rui! A participação é um factor muito importante em Democracia.

 

«Confesso que não conheço na totalidade a história do nosso grande clube.

Uma história com 110 anos é uma grande história. São muitas as pessoas e os factos que fizeram deste nosso clube o que é hoje (o que foi?).

Há muito que não vivia um período como este. Um período de revolta, de ódio, também de culpa, de responsabilidade. Também de esperança. Muita esperança.

Sentimento de culpa por não ter acompanhado com maior proximidade ao longo dos anos a vida do clube que tive a honra e orgulho de representar, ainda adolescente, em 2 dos anos mais felizes da minha vida. Mas não sou mais do que outros adeptos ou sócios. Sou um deles.

Adepto fervoroso e entusiasta sempre (ou quase sempre). Também crítico. Nunca afastado.

"Quase sempre entusiasta". A excepção: o período "pós" Marco Silva.

Desde que fomos receber a equipa após a vitória no Amor não mais voltei a Alvalade com os meus filhos. Culpa, remorsos por não lhes proporcionar momentos de convívio em família juntos dos nossos. De um dos nossos grandes amores.

Mas não consigo separar as águas. Sou humano. Estou ferido. Não sou perfeito. Não posso com aquelas figuras. Desculpem. Não tenho memória curta do que fizeram e disseram ambos no passado. Nunca me identifiquei com Jorge Jesus e Bruno de Carvalho perdeu toda consideração e beneficio de duvida quando tomou uma decisão que, tal como José Manuel Delgado escreveu, terá sido das mais "lamentáveis, indignas, ingratas e injustas que tenho memória no mundo do futebol".

Mas não foi só Marco Silva. Quem nos dera que tivesse sido só. Tanta coisa. Tanta merda, desculpem. Tantos disparates.

A falácia. Não falem de bancarrota ou de falência. Do Salvador do clube. A maior falácia que ouço e que precisa de ser rapidamente desmistificada. Não conheço, na história do futebol mundial, um clube que, com mais de 100 anos, tenha deixado de existir. Posso estar errado. Mas digam-me um. Apenas um. Que tenha fechado portas.

O SCP é demasiado grande para deixar de existir. Estava em graves dificuldades financeiras? Sim. Estava. Muitos erros de direcções anteriores. Sim bastantes. Mérito do actual presidente nesse período? Sim. Muito. É reconhecido. Até pela oposição.

Neste momento invade-me uma esperança que me incentiva a conhecer melhor a história do nosso clube.

O Sporting não pode ser só isto. Godinho Lopes cometeu erros graves. Sim. Mas julgar todo um passado pelo que fez a anterior direcção é ignorar a contribuição de pessoas menos ou mais ilustres que contribuíram ao longo de mais de 110 anos para que o Sporting chegasse ao patamar que chegou.

Ao pegar nessa história, tão rica em factos, deparo-me com um Carneiro. O Sporting foi fundado sem nome. Alberto Lamarrão e Carlos Carneiro sugeriram a palavra Sporting a José Alvalade que a aceitou.

Confesso que desconheço o porquê do impropério Carneiro. Ingenuidade minha? Mas identifico-me com ele. Por esta história.

Quero mais do Sporting. O Sporting não pode ser só isto. O Sporting não pode ser apenas os os discursos e retórica dos Dolbeth e Pinas. Não estes os exemplos e modelos de pessoas que quero para os meus filhos.

Quero gente séria. Quero gente com garra, com princípios, com dignidade para representar um clube como o SCP, quero gente que contribua positivamente para o desporto e o futebol sem o desprestigiar o que não significa que não defenda o clube com intransigência. O que também pode ser feito com elevação ou com murros na mesa sem ser corriqueiro e brejeiro.

A vida, o Desporto, o Futebol não são guerras.

Por fim quero vitórias. Não as morais. Não aquelas que são derrotas por árbitros, culpa de rivais ou pelo desgraçado do Palhinha.

Vitórias sem dignidade? Prefiro perder. Por muitos. Prefiro ser pobre. Prefiro ser humilde.

Prefiro ser digno do nome que o Carneiro sugeriu e do qual me orgulhei sempre. Não agora.

Quero mais.

Mais do que isto»

 

Rui Franco

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Caros leitores, após algumas críticas relativamente ao facto de os comentários neste blog serem moderados, cumpre-nos esclarecer três pontos.

 

Os comentários são moderados para permitir filtrar conteúdos menos próprios – insultos. E não o são por uma excessiva sensibilidade por parte dos autores, uma vez que nos dias correntes a elevação é uma prática um pouco démodé… São-no por não pretendermos que outros potenciais leitores sejam expostos a algum tipo de linguagem. Até porque pretendemos chegar a todos e a todas as idades.

 

Por vezes poderá ocorrer alguma demora na aprovação dos mesmos? É um facto. Gostaríamos de estar permanentemente atentos, mas as respectivas obrigações profissionais impedem-no. Mas sempre que um dos autores acede ao blog, essa é uma das primeiras preocupações.

 

Esclarecido o critério, reiteramos que todas as participações, concordantes ou não, são e serão sempre bem-vindas. Tentaremos sempre responder a todos. Quando duas pessoas trocam uma ideia, ambas saem mais ricas do “confronto”.

 

Saudações Leoninas

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