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O Sporting é a paixão que nos inspira. Não confundimos competência com cultos de personalidade. 110 anos de história de um clube que resiste a tudo e que merece o melhor e os melhores de todos nós. Sporting Sempre
Acabou o campeonato e com ele o suplício de uma época desastrosa. Não apenas pelo terceiro lugar, por não se ter ganho (mais uma vez) qualquer troféu, mas porque fica a nítida sensação que se podia ter feito muito melhor. Desde logo, com o dinheiro usado nas contratações, que foi muito mal aplicado, tirando o caso de Dost. Com outro tipo de soluções, teria sido possível atacar muito melhor a época, não desgastando sempre os mesmos jogadores numa fase decisiva em que estávamos envolvidos em várias competições em simultâneo (Novembro-Dezembro) e poderíamos ter tido outros horizontes. Sobretudo com um Benfica abaixo do que fez na época passada e com um Porto claramente fraco e irregular.
Em 2013 Bruno Carvalho afirmava no seu programa eleitoral, e bem, que se deve preservar a estabilidade da equipa de futebol. É uma necessidade não só do futebol ou do Sporting, mas de qualquer organização.
Uma excelente intenção que, lamentavelmente, se ficou por aí.
Nas quatro épocas em que Bruno Carvalho foi o timoneiro principal, o futebol do Sporting Clube de Portugal teve três treinadores na equipa principal, quatro treinadores na equipa B e setenta e três jogadores contratados para ambas as equipas.
Teve, de facto, um início auspicioso. Na primeira época, cujo planeamento foi infelizmente facilitado pela ausência do Sporting das provas europeias, foram contratados dezoito jogadores (Jefferson, Cissé, Slimani, Victor Silva, Hugo Sousa, Maurício, Seejou King, Gerson Magrão, Montero, Ivan Piris, Welder, Heldon, Shikabala, Matiaz Perez, Dramé, Everton Tiziu, Sambinha e Enoh). Embora em número elevado, aqui sim reconhece-se um «fim de ciclo» que “obriga” a uma revisão mais vasta. No entanto, nestes dezoito jogadores verificou-se um valor médio por transferência de apenas 311m€, justificado pela opção de recorrer em metade das contratações a jogadores “custo zero” e também, claro, pela opção por jogadores “baratos” (sensivelmente 5M€ gastos no total). Poderia a média ter sido ainda mais baixa se em Janeiro não se tivesse dado um primeiro sinal de inversão de estratégia com o 1M€ gasto em Heldon, mas mesmo assim um saldo positivo.
Na segunda época, após a saída de Leonardo Jardim, saída essa que não implicava um «fim de ciclo» pois apenas saiu do plantel um jogador titular, foram contratados treze jogadores (Paulo Oliveira, Slavchev, Tanaka, Rosell, Hadi Sacko, Gauld, Naby Sarr, Jonathan Silva, André Geraldes, Gazela, Rabia, Nani e Ewerton). Logo à partida um número estranhamente alto, pois apesar do retorno do Sporting às competições europeias, não deveria ser necessário dotar o plantel de tantas “soluções” adicionais. Mas o realmente grave foi nessa época se ter passado para um valor médio por transferência de 1,2M€! Ou seja, 16M€ gastos no total. Se pensarmos que o jogador de maior qualidade (Nani) até foi a “custo zero”, torna a ineficácia ainda mais evidente. Se recordarmos que o treinador Marco Silva teve pouco ou nenhum “voto na matéria”, restam então dois nomes para assumir a responsabilidade do desacerto.
Na terceira época dá-se o assumir em definitivo da inversão de estratégia, com o consequente “rasgar” em definitivo da promessa eleitoral. Entra Jorge Jesus, afirma que antes dele o Sporting não existia e, para dar “corpo” às afirmações, pede a contratação de catorze novos corpos (Azbe Jug, Teo Gutierrez, Aquilani, Bruno Paulista, Bryan Ruiz, Naldo, João Pereira, Marvin Zeegelaar, Bruno César, Schelotto, Coates, Barcos, Thomas Rukas e Amâncio “Neymar” Canhembe). O investimento total em contratações foi na ordem dos 18M€, tendo sido o valor médio de 1,3M€.
Na quarta época, ainda a decorrer, dá-se o descalabro total e absoluto! Uma equipa que quase vence o campeonato na época anterior e que mantém o treinador Jorge Jesus, bem como João Deus na B, contrata vinte e oito jogadores (Spalvis, Alan Ruiz, Federico Ruiz, Petrovic, David Sualehe, Edu Pinheiro, Diogo Nunes, Bas Dost, Elias, Castaignos, Douglas, André, Meli, Beto, Campbell, Markovic, Boubakar Kouyate, Pedro Delgado, Guima, Fidel Escobar, Leonardo Ruiz, Liam Jordan, Bilel, Ricardo Almeida, Nasyrov, Gelson Dala, Ary Papel e Merih Demiral). Foram gastos 28M€. O valor médio por contratação, apesar do valor recorde, baixa para 991m€ devido ao facto de dez serem jogadores emprestados. Entretanto quatro abandonam o plantel ainda em Janeiro, demonstrando mais uma vez o desnorte.
Em quatro épocas, quatro «fins de ciclo». Um dos quais com manutenção de treinador.
Em quatro épocas quase 68M€ investidos, sem contar com todos os fees de empréstimo e sem contar com comissões. Dos jogadores contratados pela actual Direcção, os que entretanto foram vendidos renderam 51M€, é um facto. Mas é notória a preponderância que Slimani tem nos dois totais – custou 300m€ e foi vendido por 30M€ - e é importante recordar que foi uma segunda opção face ao “roubo” de Ghilas por parte do porto, mas mesmo assim é o maior mérito de Bruno Carvalho. Sem ele, os totais teriam sido (provavelmente) 70M€ em compras e 20M€ em vendas.
Em quatro épocas… setenta e três contratações «cirúrgicas»…
Estamos a chegar ao final de uma campanha que é um autêntico case study. Nunca na vida do Sporting se debateu tão pouco o futuro e o presente do Clube e da SAD em detrimento da vida e da personalidade dos candidatos.
Esta forma de fazer campanha é sintomática do estilo aplicado nos últimos anos. Desde 2011 que o Sporting se começou a fraturar internamente. O Sporting é hoje um clube altamente dividido, sem poder e completamente à deriva e à mercê de investidores desconhecidos e dos devaneios de um Presidente que assumidamente dividiu para reinar e construir uma carreira e claro uma carteira.
Mas vamos navegar pelos três universos que vão a votos. Presidente e equipa, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Leonino. Se para a presidência a luta começa a ganhar contornos de ser mais disputada que há semanas passadas, as candidaturas para a Mesa e para o Conselho Leonino podem ser uma grande surpresa.
Marta Soares é para uma grande maioria um dos piores Presidentes de sempre, a par com Eduardo Barroso. Ambos bailarinos e bipolares, navegam mediante interesses próprios e até obscuros como foi explicado por Daniel Sampaio numa entrevista que deu há uns anos.
Marta Soares não sabe nem quer saber. Tem uma atitude que roça até o nível saloio e não compreende os estatutos, que curiosamente, é o presidente do órgão que os deveria obrigar a cumprir. O exemplo dos Cadernos Eleitorais é mais um triste episódio num Sporting cheio de dramas e de cenas muito tristes nos últimos anos.
Este é um órgão de grande importância. A candidatura de Rui Morgado pela Lista de Pedro Madeira apresenta-se como uma grande e óbvia alternativa à incapacidade e desnorte de Marta Soares. Aqui a mudança é quase obrigatória.
No Conselho Leonino temos três listas a votos. De enaltecer a Lista que somente vai a votos para este Órgão Consultivo. Sportinguistas anónimos, gente de estádios e pavilhões, gente educada e presente, gente que teve a coragem e acima de tudo, cumprem com o seu dever e obrigação de se fazerem ouvir e de se apresentarem como alternativa. Na minha opinião vão ter um bom resultado, e verdade seja dita merecem.
Por outro lado a Lista da candidatura de Bruno de Carvalho é um filme de terror. O regresso dos “cancros” ao Sporting. Cancros foi o termo utilizado pelo próprio presidente para denegrir Ricciardi e outros antigos dirigentes que agora se apresentam e andam aos abraços por Alvalade. O que hoje é verdade amanhã é mentira, e verdade seja dita, esta lista ao Conselho Leonino é para rir, pois esta gente não merece uma lágrima que seja.
E claro, olhemos para os dois candidatos, Pedro Madeira e Bruno de Carvalho, dois jovens, e o Sporting precisa desta juventude. Bruno de Carvalho teve quatro anos para se adaptar, para aprender, para se enquadrar com a responsabilidade que é ser Presidente de um Clube como o Sporting Clube de Portugal. Mas tarda em perceber e comportar-se como tal. O Clube está fraturado, os adeptos combatem entre si, há ameaças, há processos, há um tom baixo e sem perfil institucional. O Sporting é hoje um Clube gerido ao balcão da taverna, onde tudo se resolve com ataques ao rival Benfica, que para nossa tristeza, vai a caminho de quatro títulos em quatro anos de mandato de Bruno Carvalho. Nas modalidades e no futebol o terror é o mesmo. Muito dinheiro aplicado, e poucos ou nenhuns títulos. O Pavilhão tem mérito de Bruno, mas não podemos esquecer todo o trabalho feito pelas anteriores Direções no processo de resolução de terrenos e licenças com a autarquia. Sem estes processos nada aconteceria. Mas Bruno construiu, está quase pronto, e todos queremos que seja uma casa que muitas alegrias nos ofereça.
Pedro Madeira é o challenger destas eleições. Avançou sozinho num momento em que o Sporting estava ainda a lutar para vencer praticamente todas as competições. Sozinho foi conquistando apoios, garantindo votos, tem hoje uma Lista composta por antigos dissidentes de Bruno de Carvalho e de gente que muito deu ao Sporting e ao desporto nas ultimas décadas. Esta é uma Lista que deve ser bem avaliada e bem ponderada. Não é um capricho, é efetivamente um conjunto de Sócios muito válidos e preparados para alterar o rumo do Sporting nos próximos anos.
Pedro Madeira tem vindo a subir na sua confiança e notoriedade entre os Sócios. A poucas horas do Debate, se Pedro Madeira se conseguir afirmar definitivamente perante a plateia Leonina, tudo pode acontecer no dia 4 de Março. Pedro Madeira tem ainda trunfos na manga, como os investidores, sponsors, treinador e diretor desportivo. Ao que se vai ouvindo todos estes nomes serão fortes, e tudo será provado e comprovado de forma efetiva sem show mediático mas sim no sentido de começarem a trabalhar logo no dia 5.
O episódio do despedimento de Jorge Jesus foi mais um ato de coragem do candidato. E uma grande maioria tem esse desejo. E acredito que não será difícil chegar a esse acordo. Jorge Jesus está intimamente ligado a muito do que se passou nos últimos dois anos no departamento de futebol. Esteve nos negócios, nas compras, nas vendas, e isso pode ser o ponto de partida para colocar o lugar à disposição. Jorge Jesus pode ter muitos defeitos mas continuo a acreditar que e um Homem de caráter, do Sporting e que tem todas as qualidades para dar o salto para outro campeonato. Jorge Jesus sairá pelo seu próprio pé, pois perderá a confiança da direção e claro, perderá a confiança de quem realmente tem e deve ter o poder, os Sócios e Adeptos.
O Sporting está numa fase critica. Não é de agora. Mas vivemos atualmente de uma fraqueza enorme para os nossos rivais. Bruno de Carvalho dividiu o Clube, criou um conflito interno para governar. Se Pedro Madeira conseguir aproveitar esta fraqueza sairá vencedor das eleições. Bruno está desgastado, desacreditado, refém de um treinador autista que renega de forma perentória o nosso ADN de clube formador. E claro, o aumento brutal de emissão de VMOC´s, processo tão criticado por Dias Ferreira no passado e que agora evita tocar ou explicar aos Sócios e Adeptos o problema que temos entre mãos. O Clube e a SAD estão no limbo, continuam na mão da banca e de investidores. Os empresários de jogadores não nos consideram, a Federação de Futebol, a Liga de Clubes e a APAF não nos respeitam.
Um Clube orgulhosamente só só pode ter um destino. Ir definhando e desfalecendo sozinho, jogo após jogo, decisão após decisão até ao tombo final, que muito nos irá custar. Reerguer este Clube é uma missão de todos os associados e adeptos, que comece já no dia 4 com um voto de consciência. Basta! O Sporting não é isto.
Ontem Pedro Madeira apresentou os traços gerais do seu programa e equipa, e no mesmo dia, Bruno de Carvalho lançou 111 medidas para mais quatro anos.
Das 111 medidas, podemos começar por aferir as dezenas que já faziam parte dos últimos dois processos eleitorais e que nunca foram postas em prática, agora novamente repetidas e outras tantas que são de uma componente hilariante e completamente desajustada da dimensão e contexto do domínio desportivo ou do âmbito de atuação do Clube ou da SAD. Mas de Bruno Carvalho não há surpresas, mais do mesmo, e o mesmo é zero!
Têm saído também ecos de vários jogadores dispensados, na sua maioria contratações feitas esta época, e claro, a perda de poderes de Jorge Jesus, ficando Bruno de Carvalho com mais intervenção na área do futebol. Ou seja, a culpa, uma vez mais não foi do Presidente, e terá assim toda a legitimidade de entrar em balneários e voltar a trazer a sua família e amigos para os treinos e para as deslocações da equipa fora de Lisboa. Agora na Madeira a comitiva leonina tem quase cinquenta (50) quartos alugados numa unidade hoteleira, coisa pouca!!
Sobre Pedro Madeira Rodrigues, uma lufada de ar fresco, e uma mostra de vitalidade leonina ontem no Auditório Artur Agostinho em Alvalade.
Muita gente, gente de todas as idades, e gente que partilha uma vontade louca de mudança.
Pedro Madeira apresentou sumidamente algumas linhas programáticas, que carecem de explicação e de maior aprofundamento nos próximos dias. A sua mensagem deve e tem obrigatoriamente que ser mais e melhor trabalhada.
Durante o dia foi também mencionada a hipótese Mario Patrício, que Futre tratou de queimar nas suas intervenções, dando a entender que teria o apoio de Jorge Mendes e da Doyen.
Nem Futre ficou bem na fotografia, nem Mario Patrício precisava desta ajuda.
Sobre Mário Patrício, se a candidatura se efetivar, ganha o Sporting.
São necessários mais candidatos com o objetivo comum de mudança, que tenham uma equipa capaz, gente nova, conhecedora e que altere de vez o paradigma instalado no Sporting.
A Mário Patrício e Pedro Madeira Rodrigues, deixo somente um apelo. Que coloquem os interesses do Sporting em primeiro lugar. Uma só candidatura deverá avançar para acabar com o pesadelo Carvalhista.
Que surjam candidatos, que surjam ideias, que se preparem muitos e bons debates. O Sporting precisa ser discutido, pensado e repensado, necessita de uma nova estratégia e de gente com outra capacidade e perfil institucional.
Os próximos dias serão pródigos em novidades, e a oposição tem tido a sorte de ter tempo para preparar as suas estratégias. Os maus resultados e o clima miserável que se vive em Alvalade têm proporcionado que de todos os domínios, da economia, da política, do desporto, das artes e de tantas outras disciplinas, toda uma plateia de gente capaz e sabedora tem atacado e bem o presente e o Presidente Bruno de Carvalho.
A evidência está à vista. Bruno está esgotado. Sem discurso, sem estratégia, só sabe atuar de uma forma e essa forma que foi uma bandeira de esperança é hoje um trapo que envergonha a nação verde e branca.
PS: Que esta deslocação à Madeira seja um momento de alteração de resultados. Que os jogadores coloquem os Adeptos e o Clube em primeiro lugar e que esqueçam as traições do Presidente a eles mesmos. Que vençam por nós. Nós acreditamos em vocês. E que depois da vitória tudo volte à normalidade e que se encha a Discoteca Vespas numa festa verde e branca como na época passada. São selfies senhores, são selfies!
A época actual do Sporting tem sido uma grande desilusão para todos os sportinguistas. Mesmo os que insistem sempre em ver o lado bom das coisas, têm dificuldade em conseguir apontar algo de positivo no que diz respeito à carreira da equipa de futebol. Os únicos momentos que nos deram algum alento foram a vitória sobre o Porto, num jogo dividido e a exibição em Madrid, jogo que ainda assim acabou de forma inglória, com dois golos que ditaram a nossa derrota nos últimos minutos. Não me recordo de mais nenhum jogo que evocasse, ainda que vagamente, os momentos de bom futebol, em alguns casos de excelência, que tivemos na época passada.
Na verdade, no resto dos jogos, os sportinguistas têm saído invariavelmente vergados ao peso de derrotas e empates ou então com grande testes à saúde das suas coronárias com vitórias tangenciais e sofridas. Esta tem sido a nossa sina esta época.
Já muito se discutiu sobre os motivos deste descalabro. Entre eles contam-se mau planeamento da pré-época, aquisições desastrosas, com jogadores que em nada são superiores aos jovens da nossa formação - entretanto emprestados a outras equipas - e por outro lado, não se terem colmatado as principais lacunas da equipa, como era o caso dos defesas laterais. Também não se encontraram substitutos à altura para Adrien e William, os esteios da equipa, o que seria necessário, tendo em conta o número de competições em que o Sporting está envolvido (infelizmente cada vez menos) e os castigos e lesões que sempre aparecem. Salvaram-se Dost e Campbell (emprestado), pois quanto ao resto... enfim.
Isso levou a que o treinador tivesse colhido maus resultados sempre que rodou demasiado a equipa, acabando por ficar limitado a um núcleo duro de pouco mais que 13-14 jogadores, com o consequente desgaste físico dos utilizados. Na altura da época mais crítica como foi o caso dos meses de Novembro e sobretudo Dezembro, a equipa teria mesmo de se ressentir dessa sobrecarga. O caso da derrota com o Braga parece ter sido um dos exemplos em que isso foi mais nítido, mas existiram mais.
Aliado a isso, tivemos o efeito psicológico negativo que sempre acompanha os maus resultados e ciclos negativos. Claro, que também existiram alguns erros de arbitragem, como o caso do jogo da Luz, mas já antes a equipa havia dado provas de fraqueza exibicional, com empates com Tondela em casa, Guimarães, Nacional (aqui também com erro de arbitragem, mas com exibição medíocre) e derrotas com Rio Ave e Legia. Portanto, não vale a pena insistir que os árbitros são os culpados de todos os males. Já se percebeu, tirando alguns casos graves de acefalia em alguns adeptos, que isso não justifica tudo o que de mau nos tem acontecido.
Por tudo isto, o clima no balneário não será certamente o melhor. Rumores de jogadores castigados e de outros a quererem sair e a cobrarem promessas que lhes terão sido feitas nesse sentido pelo presidente, vão surgindo à superfície. Parece demasiado fumo para não existir fumo.
Mas no sábado em Chaves e depois de mais um mau resultado, não aproveitando o deslize inesperado do Benfica, a situação terá conhecido contornos inimagináveis!
Depois de terem sofrido o empate a 3 minutos do fim do jogo, no corolário de mais um má exibição, os jogadores tinham à espera no balneário o presidente Bruno de Carvalho, o qual estava aparentemente descontrolado, falando alto, tal como relata o jornal “O Jogo”. Parece que colocou em causa o profissionalismo dos atletas, tendo-lhes chamado chulos, o que motivou a sua justa reação, sobretudo de William e de Adrien, mas também de Dost. Ora isto é muito grave e sintomático do desnorte em que este presidente mergulhou e com graves consequências para a instituição. Já não bastavam as inúmeras infelicidades que vai evidenciando no seu discurso e nos seus posts, agora volta-se contra os seus próprios jogadores? Aqueles de que em última análise depende a alegria ou tristeza dos sportinguistas?!
Não está em causa o direito que o presidente tem de cobrar rendimento e aplicação aos jogadores e resultados ao treinador. Mas será que após um jogo e a quente, falar aos jogadores da forma alterada, insultuosa e desrespeitosa levará a algum resultado positivo? Serão os jogadores culpados do mau planeamento da época ou de não terem muitos colegas com nível suficiente para poderem rodar e assim poderem estar em melhores condições físicas? Ou passaram de bestiais a bestas num ápice? Como reage alguém a quem insultam e põe em causa o seu profissionalismo? Não teria sido melhor fazer uma reflexão e conversar com eles no dia seguinte, quando todos estariam mais calmos e aptos a captar melhor a mensagem, que deveria ser ao mesmo tempo de crítica e de motivação? Ou estar aos berros de forma que foi audível até para os elementos da equipa adversária eram a melhor solução? E depois sujeitou-se à humilhação de ser convidado a deixar o balneário e depois o autocarro da equipa. Ninguém o respeita mais.
Bruno de Carvalho errou mais uma vez. A sua autoridade e o respeito que lhe é devido vão-se esfumando. Primeiro, perdeu a consideração dos vários agentes do futebol português, desde dirigentes de clubes adversários, empresários, jornalistas, etc. Agora quer perder também a dos seus próprios jogadores e treinador. Isto parece refletir um presidente excessivamente preocupado com as eleições que se aproximam. Ora os sportinguistas querem é que a equipa jogue bem e que ganhe os jogos. Estamos fartos de ser enxavalhados e de nos dizerem que temos de ser campeões e depois nos presentearem com estes tiros nos pés. De dizerem que incomodamos e depois vermos qualquer equipa média no nosso campeonato a jogar connosco como se fossem o Barcelona e a sermos nós os verdadeiramente incomodados.
No domingo, depois de uma sessão de selfies e autógrafos de limpeza da imagem, pudemos assistir a uma intervenção dos jogadores Adrien e William na qual foi visível o incómodo e em que a sua expressão foi bem mais eloquente que as suas palavras. E mesmo nestas, confirmaram a presença do presidente e a existência de diálogo no balneário (afinal os jornais nem sempre inventam) “como lhe era permitido” tal como referiu Adrien. Ficou a promessa de tudo fazerem para as coisas melhorarem.
Registamos e pedimos encarecidamente que isso aconteça e já no jogo da Taça na terça-feira. Única competição que ainda poderemos vencer. No campeonato já vimos que até o terceiro lugar será difícil. E seria bom que além dos jogadores, todos os elementos com responsabilidade no clube também fizessem o que se espera deles e ajudassem a tirar o Sporting desta péssima situação. É que estar a lutar com Braga e Guimarães por uma posição faz lembrar tempos que nos prometeram não se iriam repetir. E isso sobretudo na época em que se faz o maior investimento de sempre...
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