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O Sporting é a paixão que nos inspira. Não confundimos competência com cultos de personalidade. 110 anos de história de um clube que resiste a tudo e que merece o melhor e os melhores de todos nós. Sporting Sempre

15
Mai17

O famoso romance queirosiano Os Maias (pessoalmente o de que mais gosto do tio Eça) possui uma das cenas mais inspiradas da literatura portuguesa: o jantar no Hotel Central, ao Cais do Sodré (que já nem existe). Antes da fabulosa cena apoteótica entre o titã realista João da Ega e o vate romântico Tomás de Alencar, os comensais discutem a saúde financeira do país. A dada altura:

“Carlos não entendia de finanças: mas parecia-lhe que, desse modo, o País ia alegremente e lindamente para a bancarrota.

- Num galopezinho muito seguro e muito a direito – disse o Cohen, sorrindo.”

Peço, desde já, desculpa aos leitores mais impaciente por este intróito literário. Peço também desculpa pelo meu longo silêncio neste espaço. Senti apenas a inutilidade do meu esforço. Hoje, contudo, a ocasião é demasiado urgente para continuar calado.

Não, não pretendo dissertar acerca da (reconhecidamente débil) saúde financeira do Sporting. Não, não pretendo aprofundar a dor de que todos já padecemos. O conceito de bancarrota que serve de mote a este texto é de natureza moral. O Sporting foi ontem destituído de qualquer autoridade moral que ainda lhe restava. O Sporting consumou ontem a sua bancarrota moral.

Por 5 vezes o Sport Lisboa e Benfica foi impedido de chegar ao tetracampeonato. 2 delas pelo Futebol Clube do Porto. 3 delas pelo Sporting, a última das quais especialmente saborosa porquanto foi coroada por uma dobradinha no precioso ano de 1974 e com a marca até hoje inigualada de Hector Yazalde, cifrada nos 46 golos.

Durante 48 anos (1954-1998) tal marca foi pertença exclusiva do nosso querido Sporting Clube de Portugal. Sofremos a indignidade de ver o Futebol Clube do Porto a igualar-nos e, no ano seguinte, a transcender esse feito. Ontem, o nosso maior rival entrou, por mérito próprio, no mesmo clube de tetracampeões, garantindo, no mesmo jogo, o 3º lugar ao Sporting Clube de Portugal. Haverá maior humilhação que esta? Ganham-nos o campeonato, empurram-nos desdenhosamente para fora da luta e, como prémio de consolação, ainda nos dão o chocolate da pré-eliminatória da Champions.

Quanto a vós não sei, mas ontem foi o dia mais triste que já vivenciei como sportinguista. Mais que a final da Taça UEFA desgraçadamente perdida em nossa própria casa. Mais que Maio de 2013, há precisamente 4 anos, com a confirmação de um miserável 7º lugar. É que, em 2005, ainda se lutava. Em 2013 sabíamos que era uma questão de tempo até algo mudar.

Desta vez, é mais grave… Estamos pior do que nunca, mas não há mudança à vista… Serão os próximos 4 anos iguais aos que nos foram infligidos até agora? Continuará a desculpabilização?

É que, não sei se se aperceberam, mas o Benfica ganhou em toda a linha. E ganhou porque é melhor em toda a linha. Porque é demasiado poderoso para não ganhar. Pode não ter melhor treinador, mas tem melhores jogadores. Pode ter um ladrão condenado e alegado traficante como Presidente, mas tem Domingos Soares de Oliveira como administrador de topo da SAD. Pode ter Pedro Guerra como bandarilheiro encartilhado, mas tem Rui Costa como Director Desportivo. Pode ter a porta 18, mas faz negócios como ninguém em Portugal, ao nível do marketing. Pode estar refém de Jorge Mendes, mas ainda consegue jogadores do calibre de Jonas. Pode enfiar barretes como Renato Sanches, mas tem o Seixal que, neste momento, vence em toda a linha quaisquer infra-estruturas que tenhamos em Alcochete. Podem até nem ganhar em futsal, mas ganham em hóquei, em voleibol e, brevemente, serão mais competitivos que nós em andebol, outra modalidade histórica do Sporting onde a incompetência passa por “bloqueio mental”.

Eles desforraram-se deliciosamente de nós em cada canto. O Sporting não lhes pode apontar nada. O Sporting está a braços com uma bancarrota moral que não lhe permite arrecadar louros de nada. Bate recordes negativos uns atrás dos outros. No entanto, o mais grave mesmo é a falta de perspectiva de melhoria. O futuro é sombrio porque nada vai mudar. Os erros repetir-se-ão. A desresponsabilização continuará. O Sporting não tem tempo a perder e, no entanto, continuará a perdê-lo.

Talvez conviesse demonizar menos e trabalhar mais. Seguir o bom exemplo alheio. Começar por baixo. Construir pela base. Profissionalizar. Servir o Clube. Por ora, apenas miséria nos aguarda. Miséria alicerçada em passadismo. À semelhança de tudo neste Sporting, não basta afirmarmo-nos, temos de o demonstrar. Até lá, seremos sempre um clube de ocasião que, de quando em vez, faz uma gracinha.

Para quando, Sporting? Para quando competitividade a sério? Para quando cumprir-se o Clube?

Sporting Sempre

PS: Perdoem-me o texto desconexo. Brevemente lançarei um texto mais estruturado acerca dos vícios e problemas estruturais do Clube a que urge fazer face.

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Ser do Sporting tem sido quase sempre assim… iniciar uma nova época com esperança, ver esse ânimo e crença ir diminuindo progressivamente até que se converte numa desilusão e na nossa resignação mais ou menos habitual. Apenas tem variado a altura em que normalmente deixamos de acreditar. Uma vezes era o tão famigerado Natal, outras um pouco mais tarde… como na época passada em que estivemos quase até à última jornada com a ideia de que era possível, embora para muitos a derrota em casa com o Benfica possa ter representado o canto do cisne em termos das nossas aspirações ao desejado título de campeão nacional.

 

Passa assim ano após ano, em que ficamos um pouco mais velhos, em que os nossos filhos a quem tentamos transmitir o gosto por este fantástico clube, também ficam mais velhos e continuamos a ver os outros ganhar o que devia ser nosso. Os outros adeptos a fazerem a festa e nós a assistir.

 

E depois perguntamo-nos muitas vezes “porquê?” Porque temos como sina ver os grandes jogadores, que formamos e desenvolvemos, triunfar em outros clubes? Porque abrimos caminhos como a aposta no eclectismo, que depois os outros vêm copiar e onde também vêm festejar títulos, como no andebol e hóquei, modalidades em que tínhamos e temos grandes tradições?

 

A essência do desporto é competir e tentar vencer. Nós não temos conseguido vencer muitas das vezes. Claro que temos várias medalhas e títulos para festejar, mas nas modalidades colectivas e em particular no futebol, o registo tem sido muito mau, abaixo do desejável e do que um clube como o nosso merece.

 

Vem todo este arrazoado a propósito deste fim-de-semana.

 

Assistimos aos jogos dos rivais e interrogamo-nos como é possível estarmos (antes do início da jornada) a 12 e 11 pontos de diferença deles? Equipas que jogam de forma medíocre, com dois treinadores medianos e sem brilho e no entanto esta época estiveram muito acima de nós…

 

O que é certo é que o Benfica teve uma escorregadela, que não aconteceu na época passada nas últimas nove jornadas quando estavam a disputar o campeonato connosco, mas o Porto não teve a capacidade de a aproveitar. Podemos até pensar que o Sporting da época passada, tirando um período entre Janeiro e Março que nos foi fatal, exibiu um futebol que ainda ninguém mostrou esta época. Mas isso de pouco nos vale agora.

 

Na próxima jornada há um clássico, que será importante para o desfecho do campeonato. Uma vitória do Benfica significará tornar quase certo um tetra inédito para aquelas bandas, um empate deixa-os mais dependentes do jogo connosco e uma derrota caseira (cenário que parece menos provável) poderá aí sim dar um alento ao Porto que os leve a vencer o campeonato.

 

Nós vamos assistindo a isto de longe, com a tal resignação de sabermos que estamos fora disto, por culpa de uma época miserável, em que o bom futebol não quis nada connosco e os resultados também. Depois de um jogo bem conseguido contra o Tondela, regressámos ao registo habitual de mediocridade no jogo com uma das equipas mais fracas da Liga, o Nacional. Valeu o inevitável Bas Dost e pouco mais se viu. Claro que há quem faça contas mirabolantes com pontos perdidos por parte dos rivais e um registo imaculado nosso até final e que até parece acreditarem num milagre. Pois deixem lá o mundo das fábulas e pensem só nisto: são DOIS rivais para recuperar pontos e precisamos que percam 19 pontos e que nós não percamos nada até final. Ou seja, que percam mais pontos nestas 8 jornadas do que até aqui e que ambos os percam. Portanto, vamos lá cair na realidade crua e dura…

 

Então o que nos resta? Bem, para já que tal brindar os adeptos que continuam a ir a Alvalade, mesmo com a época perdida, com boas exibições? Em lhes servir alguma esperança para a próxima época, com apostas em jogadores que possam evoluir e dar-nos alegrias? É que só nos resta isso e tentar ganhar todos os jogos até final, encurtando distâncias para os da frente e em particular para o segundo classificado. Com um discurso positivo, a apelar ao melhor que existe nos sportinguistas e a estimular a nossa fé em que melhores dias virão e já na próxima época, deixando de lado os egos e as bazófias que nunca fizeram parte do nosso ADN… Fazendo crescer a ideia de que neste defeso contrataremos de forma acertada e ponderada, para as lacunas do plantel, em que à cabeça surgem os laterais, não o fazendo à toa e indo buscar jogadores em baixa em outros clubes, apostando numa redenção miraculosa em Alvalade… Apostando na Formação, de onde tanto talento tem vindo e onde temos Iuri, Podence, Geraldes, Domingos Duarte, Palhinha, só para citar alguns e complementando-os com a dose de experiência e categoria necessária para os enquadrar devidamente… Construindo uma estrutura a sério para o futebol, não demasiado dependente do treinador e em que o critério major seja a competência e a boa interligação entre os vários elementos e sectores… Será assim tão complicado?

 

Abro um parêntesis para Leonardo Jardim e o seu Mónaco. Simplesmente espectacular o trabalho que o treinador português está a desenvolver no principado. A contratação deste treinador para o Sporting constituiu uma das medidas mais acertadas de Bruno de Carvalho. Recuperou a equipa de futebol, construiu as bases dos anos seguintes e mostra agora o que poderia ter sido o seu percurso no Sporting e do nosso clube se tem ficado para um projecto a médio prazo. Nunca se queixa dos jogadores que não tem e que não é possível contratar (veja-se que mesmo quando foi para o Mónaco, teve de começar quase do zero…), não fala de arbitragens, respeita os adversários e revela uma enorme competência a desenvolver jogadores jovens. Mas pronto, não vale a pena falar mais nisso, porque saiu ao fim de uma época. Nem vou especular porque saiu e vou aceitar como boa a tese de que só saiu pela proposta ser irrecusável e não porque existisse algum mal-estar com a Direcção.

 

O treinador que temos é Jorge Jesus, que ganha um ordenado altíssimo e a quem estamos amarrados. Agora resta pressionar o treinador a ganhar, numa altura em que vai para a terceira época connosco e apenas tem uma Supertaça para apresentar como conquista. A nossa estrutura e o treinador têm de estar à altura do que o nosso clube e os adeptos merecem.

 

E não deixa de ser irónico ver alguns “grandes” sportinguistas no Facebook e nos blogs a queixarem-se dos adeptos do Sporting… porque ousam criticar a falta de qualidade de jogo da equipa. Imagine-se o descaramento deles! Porque estes adeptos querem ganhar e não apenas ouvir dizer que o vamos fazer e depois isso não se verificar. Porque acham que uma vez que continuam a ir ao Estádio, mesmo sem objectivos decentes para alcançar, merecem ao menos bons espectáculos. Porque acreditam na matriz e princípios do clube e continuam época após época a ver o seu presente de glória adiado. E depois vemos os adeptos de um clube que é tricampeão a dizerem neste fim-de-semana que o campeonato está perdido, após uma escorregadela e a criticar o seu treinador. Vemos o Dragão cheio, mas apenas porque neste fim-de-semana podiam assumir a liderança no campeonato. E depois questionamo-nos: esta gente que critica os outros sportinguistas não se enxerga e não tem vergonha na cara? Se alguma coisa 86% dos sócios têm "culpa" é de votarem em quem os elege como bode expiatório dos insucessos em 86% das ocasiões…

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No sábado à noite, o Sporting jogava contra um adversário a quem não conseguiu vencer em Alvalade nas duas ocasiões em que o Tondela esteve na Primeira Liga e contra o qual, na única vez que tinha defrontado fora, apenas tinha ganho com grande dificuldade e por um golo.

Isto na sequência de mais um empate caseiro deprimente com o Guimarães, deixando a equipa definitivamente afastada da luta pelos dois primeiros lugares e tendo de se preocupar com o Braga, que está na quarta posição. Ainda assim, registe-se que esta última equipa tem somado maus resultados, não tendo colhido até agora benefícios da aposta em Jorge Simão.

Mas voltando ao jogo de Tondela, com a lesão de Adrien e o castigo de Alan Ruiz e Bruno César, teriam necessariamente de se registar novidades no onze titular. Tal como já tinha deixado antever na conferencia de imprensa antes do jogo, Jorge Jesus entregou a titularidade a Podence e Matheus, tendo colocado Bryan Ruiz a fazer de Adrien.

E a verdade é que a equipa rubricou uma boa prestação, tendo registado, sobretudo na segunda parte, alguns momentos de bom futebol.

Rui Patrício, embora com pouco trabalho, respondeu presente em 3 intervenções muito importantes, não tendo qualquer culpa no golo do Tondela. Schelotto, parece estar de volta ao registo das últimas jornadas da época passada... nunca vai ser um tecnicista, mas corre que se farta, cruza muitas vezes mal e lá vai compensado com o voluntarismo o que lhe falta em talento e acerto. Não deixa de mostrar à saciedade que é mesmo preciso ir ao mercado buscar outro defesa direito, pois neste momento nem sequer tem alternativa no plantel à altura. Do outro lado, Marvin, continua a registar as habituais limitações, e apesar de ter contribuído para o lance do primeiro golo, não esteve particularmente bem. Continuamos a ter um defesa esquerdo diferente em cada jogo – até já Esgaio fez a posição, além de Jefferson - e assim é complicado também. A ver se, de uma vez por todas, se vai ao mercado buscar um lateral esquerdo com qualidade e que tenha fiabilidade quer a defender, quer a atacar.

Relativamente aos centrais, Paulo Oliveira com a sua sobriedade e simplicidade de processos esteve melhor que Coates, que é quem disputa com Murillo o lance do golo do Tondela.

Já William esteve bem e pendular, regressando aos poucos ao nível que o projectou quer no Sporting, quer na selecção. Bryan Ruiz, que assumiu as funções de Adrien, não revelou a combatividade do seu colega lesionado a defender, embora tenha contribuído para as acções ofensivas. Gelson, que costuma ser o abono de família da equipa, esteve algo apagado e inconsequente.

Matheus começou menos bem, teve direito a um puxão de orelhas de Jorge Jesus e acabou por melhorar assinando uma boa segunda parte, fazendo a assistência para o segundo golo e estando no lance que viria a originar o penalty que dá o 4º golo.

E faltam os 2 grandes destaques individuais... Bas Dost, que assinou um poker, feito muito raro, tendo convertido dois penalties e falhado um outro. Mostrou o habitual instinto matador e revela-se a cada jornada um ídolo para os adeptos. Por último Podence que apesar da sua altura, aproveitou muito bem a titularidade, assinando excelentes jogadas e apontamentos. Não esteve sempre bem, mas fez uma grande exibição e agora vai ser uma dor de cabeça para Jorge Jesus, se o mantém a titular ou se a devolve a Alan Ruiz. Pela prestação de sábado, não restam grandes dúvidas de quem a merece... não está em causa que o argentino não seja um bom jogador, mas é óbvio que Podence empresta algo mais ao jogo em velocidade e em trabalho defensivo, por exemplo.

Entraram ainda Palhinha, aos 79 minutos, que não comprometeu e finalmente (!) Francisco Geraldes, ainda que apenas 5 minutos. Mesmo assim, ainda deu para sofrer um penalty que desta vez Bas Dost não converteria. O holandês já tinha “ameaçado” pela forma algo denunciada como marcara as outras grandes penalidades e desta vez não conseguiu mesmo marcar aquele que seria o seu 5º golo no jogo de Tondela. Jorge Jesus, tem de continuar a ensinar Dost a marcar penalties... mesmo assim nada disto belisca o grande jogo deste gigante. Tivessemos nós acertado nas outras aquisições e contratado laterais, se calhar a história na classificação seria agora diferente...

O Tondela ainda teve tempo para se empertigar na reação ao golo do Sporting, vindo a conseguir o empate e algumas oportunidades, mas globalmente acabou por se ter de render ao melhor futebol dos leões.

O árbitro, Bruno Paixão, um dos fenómenos mais incompreensíveis da arbitragem portuguesa, pois é talvez um dos recordistas de actuações polémicas, esteve surpreendentemente bem e ajuizou adequadamente os lances mais duvidosos.

Agora é continuar nesta toada, já no próximo jogo em casa com o Nacional. A ver se esta aposta nos mais jovens é para continuar, ou se voltam ao banco e à bancada. Não serão eles que nos resolverão todos os problemas nem podem ter essa responsabilidade, mas é uma evidência que fazem parte da solução e provavelmente pode estar neles a chave de uma próxima época que nada tenha a ver com esta. Não esquecer ainda Iuri Medeiros que ainda ontem brilhou contra o Marítimo, assumindo-se como o abono de família do Boavista. Depois é só complementar o talento destes jovens com 4 ou 5 contratações que verdadeiramente acrescentem qualidade ao plantel – as tais contratações “cirúrgicas” - e poderemos ter alguma esperança. Resta saber se a nossa estrutura conseguirá resistir a comprar muito, caro e mau (à excepção de Dost) tal como foi apanágio nesta época e do qual sofremos as consequências que se conhecem, não podendo aspirar a mais que o terceiro lugar e assistindo de longe à luta entre Benfica e Porto pelo título.

Vamos aguardar e esperar que as coisas corram pelo melhor. A forma como se terminar esta época, nomeadamente em relação às apostas de Jorge Jesus e as mexidas na estrutura que terão de acontecer, mas que ainda não se conhecem – para além da eventual promoção a Director Desportivo de André Geraldes, algo que só pode preocupar os sportinguistas que gostam de ver competência ao serviço do clube e não outros factores a imporem-se nas decisões - ditarão muito do que poderemos esperar da próxima época.

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01
Mar17

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Em 2013 Bruno Carvalho afirmava no seu programa eleitoral, e bem, que se deve preservar a estabilidade da equipa de futebol. É uma necessidade não só do futebol ou do Sporting, mas de qualquer organização.

 

Uma excelente intenção que, lamentavelmente, se ficou por aí.

 

Nas quatro épocas em que Bruno Carvalho foi o timoneiro principal, o futebol do Sporting Clube de Portugal teve três treinadores na equipa principal, quatro treinadores na equipa B e setenta e três jogadores contratados para ambas as equipas.

 

Teve, de facto, um início auspicioso. Na primeira época, cujo planeamento foi infelizmente facilitado pela ausência do Sporting das provas europeias, foram contratados dezoito jogadores (Jefferson, Cissé, Slimani, Victor Silva, Hugo Sousa, Maurício, Seejou King, Gerson Magrão, Montero, Ivan Piris, Welder, Heldon, Shikabala, Matiaz Perez, Dramé, Everton Tiziu, Sambinha e Enoh). Embora em número elevado, aqui sim reconhece-se um «fim de ciclo» que “obriga” a uma revisão mais vasta. No entanto, nestes dezoito jogadores verificou-se um valor médio por transferência de apenas 311m€, justificado pela opção de recorrer em metade das contratações a jogadores “custo zero” e também, claro, pela opção por jogadores “baratos” (sensivelmente 5M€ gastos no total). Poderia a média ter sido ainda mais baixa se em Janeiro não se tivesse dado um primeiro sinal de inversão de estratégia com o 1M€ gasto em Heldon, mas mesmo assim um saldo positivo.

 

Na segunda época, após a saída de Leonardo Jardim, saída essa que não implicava um «fim de ciclo» pois apenas saiu do plantel um jogador titular, foram contratados treze jogadores (Paulo Oliveira, Slavchev, Tanaka, Rosell, Hadi Sacko, Gauld, Naby Sarr, Jonathan Silva, André Geraldes, Gazela, Rabia, Nani e Ewerton). Logo à partida um número estranhamente alto, pois apesar do retorno do Sporting às competições europeias, não deveria ser necessário dotar o plantel de tantas “soluções” adicionais. Mas o realmente grave foi nessa época se ter passado para um valor médio por transferência de 1,2M€! Ou seja, 16M€ gastos no total. Se pensarmos que o jogador de maior qualidade (Nani) até foi a “custo zero”, torna a ineficácia ainda mais evidente. Se recordarmos que o treinador Marco Silva teve pouco ou nenhum “voto na matéria”, restam então dois nomes para assumir a responsabilidade do desacerto.

 

Na terceira época dá-se o assumir em definitivo da inversão de estratégia, com o consequente “rasgar” em definitivo da promessa eleitoral. Entra Jorge Jesus, afirma que antes dele o Sporting não existia e, para dar “corpo” às afirmações, pede a contratação de catorze novos corpos (Azbe Jug, Teo Gutierrez, Aquilani, Bruno Paulista, Bryan Ruiz, Naldo, João Pereira, Marvin Zeegelaar, Bruno César, Schelotto, Coates, Barcos, Thomas Rukas e Amâncio “Neymar” Canhembe). O investimento total em contratações foi na ordem dos 18M€, tendo sido o valor médio de 1,3M€.

 

Na quarta época, ainda a decorrer, dá-se o descalabro total e absoluto! Uma equipa que quase vence o campeonato na época anterior e que mantém o treinador Jorge Jesus, bem como João Deus na B, contrata vinte e oito jogadores (Spalvis, Alan Ruiz, Federico Ruiz, Petrovic, David Sualehe, Edu Pinheiro, Diogo Nunes, Bas Dost, Elias, Castaignos, Douglas, André, Meli, Beto, Campbell, Markovic, Boubakar Kouyate, Pedro Delgado, Guima, Fidel Escobar, Leonardo Ruiz, Liam Jordan, Bilel, Ricardo Almeida, Nasyrov, Gelson Dala, Ary Papel e Merih Demiral). Foram gastos 28M€. O valor médio por contratação, apesar do valor recorde, baixa para 991m€ devido ao facto de dez serem jogadores emprestados. Entretanto quatro abandonam o plantel ainda em Janeiro, demonstrando mais uma vez o desnorte.

 

Em quatro épocas, quatro «fins de ciclo». Um dos quais com manutenção de treinador.

 

Em quatro épocas quase 68M€ investidos, sem contar com todos os fees de empréstimo e sem contar com comissões. Dos jogadores contratados pela actual Direcção, os que entretanto foram vendidos renderam 51M€, é um facto. Mas é notória a preponderância que Slimani tem nos dois totais – custou 300m€ e foi vendido por 30M€ - e é importante recordar que foi uma segunda opção face ao “roubo” de Ghilas por parte do porto, mas mesmo assim é o maior mérito de Bruno Carvalho. Sem ele, os totais teriam sido (provavelmente) 70M€ em compras e 20M€ em vendas.

 

Em quatro épocas… setenta e três contratações «cirúrgicas»…

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23
Fev17

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Desde que me lembro que sou do Sporting. Nunca passei por nenhum período de indecisão. Não me lembro de nenhuma indefinição angustiante. Não me recordo tão-pouco de nenhuma tentativa de qualquer familiar meu em me converter ao rival Benfica, e não são poucos os meus que apoiam essa instituição (apesar da preferência pelo Sporting, apesar de tudo, prevalecer no total). Simplesmente, aceitei o meu sportinguismo como um factor inato, intrínseco ao meu ser. A naturalização deste sentimento é de tal ordem que, ainda hoje em dia, só consigo abanar a cabeça de espanto quando ouço professar amor igual por outros clubes. Parte de mim reconhece a aleatoriedade da preferência clubística. Outra parte não consegue perceber como se pode ser de outro clube que não o Sporting. Havendo Sporting, como tributar apoio e dedicação a outros emblemas? O Sporting é o Sporting, o resto é paisagem. Poderão ter mais títulos que o Sporting; poderão ser financeiramente mais pujantes que o Sporting; poderão até ser mais prestigiados que o Sporting. No entanto, o Sporting somente se vive… ou não, como reza a derradeira parte da epígrafe deste blog.

 

Em 2000 e em 2002, recordo-me bem da apoteose em que vivemos com aqueles dois campeonatos, o primeiro inesperado, o segundo mais expectável, mas não menos espectacular. O Sporting demonstraria, uma vez mais, a sua inequívoca dimensão nacional e internacional. Recordo-me de o meu avô e a minha mãe me dizerem, comovidos, em 2000, que tínhamos quebrado um jejum de 18 anos. 18 anos são quase 2 décadas. Não dariam então a impressão de eternidade que hoje teríamos de um período temporal semelhante, aceleradíssimos e crivados de informações como estamos. Ainda assim, era demasiado tempo sem vencer o título máximo de futebol em Portugal. Ao contrário do que se poderia supor, nunca me incomodei com tal. Para mim, era uma naturalidade absoluta. Que se lixassem os 18 anos: eu era campeão aqui e agora! Mais tarde, apercebi-me de que não era por não ter passado integralmente por esses 18 anos que me tinha feito então pensar assim. Tinha sido o amor genético ao Clube que, recém-robustecido com um longamente aguardado título, só poderia frutificar e instalar-se-me irremediavelmente cá dentro. Isso não significa que não queira sempre ganhar. Claro que quero! Como amante de desporto, reconheço a inevitabilidade do empate e da derrota, mas só me dou por satisfeito quando ganho ou, alternativamente, quando tudo faço para ganhar.

 

Dito isto, o Sporting é demasiado grande. O Sporting tem uma massa adepta fidelíssima, dedicadíssima e vastíssima. O Sporting é uma das grandes instituições portuguesas. Um dos maiores Clubes europeus. O Sporting é eterno. Poucas coisas mexem tanto comigo como o Sporting.

 

Como posso ficar senão desalentado quando para ele olho e constato que, não só não ganha, como continua a insistir em não apostar nos meios que conduzem à vitória?

 

Como posso ficar senão desapontado quando para ele olho e constato que os erros e as fracturas de antigamente se reproduzem quase por geração espontânea?

 

Como posso ficar senão desiludido quando para ele olho e constato que continuamos iludidos pela feira de vaidades que marca o dia-a-dia do Clube?

 

Como posso ficar senão desalentado quando para ele olho e constato que assistimos ao reescrever da história recente, onde a antiga encarnação do Diabo em figura de gente se angelicou repentinamente?

 

Como posso ficar senão desapontado quando para ele olho e constato que se desperdiçaram 4 anos, intervalo temporal dotado de condições únicas para recatapultar o Sporting para uma posição de destaque do futebol português?

 

Estamos mais competitivos? Estamos. Ganhamos mais? Não. Temos mais influência nas instâncias decisórias do futebol em Portugal? Não. Somos mais respeitados no geral? Não. Financeiramente estamos mais coesos? A despeito da narrativa soteriológica, não.

 

O que mudou, então? A resposta é nada. O Sporting perdeu a hegemonia do futebol em Portugal em 1958, com o primeiro título ganho no velhinho Alvalade, o 8º em 12 anos, coincidentemente o ano em que os violinos sobreviventes, Vasques e Travassos, penduraram as botas, encerrando um capítulo de ouro na nossa centenária história e marcando indelevelmente uma era do futebol português. O Sporting deixou de ser a sombra persistente do rival Benfica nos anos 80, com a ascensão incomensurável do Porto. Adquiriu o estatuto de 3º Grande. Os seus méritos no futebol começaram a desviar-se para os sucessos no futebol de formação e no contínuo (posto que substancialmente reduzido a partir de 1995) amealhar de títulos nas modalidades. À semelhança de muitos outros projectos, o Sporting vive sempre na ânsia de restaurar uma glória antiga, um velho brilho que nos apaixona e nos mantém presos.

 

O maior problema do Sporting parece-me ser esse. Para além da crença num Redentor de pés de barro, a voracidade pela recuperação de um passado irremediavelmente passado. Enquanto nos contentarmos com as mesmas caras, as mesmas tricas, as mesmas intrigas, as mesmas políticas, as mesmas pessoas, as mesmas tretas do costume (perdoem-me o vernáculo), viveremos de um passado inatingível. Enquanto não entrarmos de vez no século XXI, não deixaremos de ganhar apenas circunstancialmente. Enquanto não transfigurarmos o Sporting de instituição passadista e acomodada (o actual Presidente, tendo dado um abanão, conseguiu acarneirar a maioria, num processo muito análogo ao que sucedia num passado não tão antigo assim…) em instituição moderna e pujante, continuaremos a ser o 3º Grande. Em suma, enquanto não encararmos o passado como tribuna de respeito e admiração, mas não como paradigma para o Clube, continuaremos a adiar-nos. Faltará cumprir-se o Sporting!

 

SPORTING SEMPRE

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editado por Ivaylo a 25/2/17 às 11:24

21
Fev17

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Estamos a chegar ao final de uma campanha que é um autêntico case study. Nunca na vida do Sporting se debateu tão pouco o futuro e o presente do Clube e da SAD em detrimento da vida e da personalidade dos candidatos.



Esta forma de fazer campanha é sintomática do estilo aplicado nos últimos anos. Desde 2011 que o Sporting se começou a fraturar internamente. O Sporting é hoje um clube altamente dividido, sem poder e completamente à deriva e à mercê de investidores desconhecidos e dos devaneios de um Presidente que assumidamente dividiu para reinar e construir uma carreira e claro uma carteira.



Mas vamos navegar pelos três universos que vão a votos. Presidente e equipa, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Leonino. Se para a presidência a luta começa a ganhar contornos de ser mais disputada que há semanas passadas, as candidaturas para a Mesa e para o Conselho Leonino podem ser uma grande surpresa.



Marta Soares é para uma grande maioria um dos piores Presidentes de sempre, a par com Eduardo Barroso. Ambos bailarinos e bipolares, navegam mediante interesses próprios e até obscuros como foi explicado por Daniel Sampaio numa entrevista que deu há uns anos.



Marta Soares não sabe nem quer saber. Tem uma atitude que roça até o nível saloio e não compreende os estatutos, que curiosamente, é o presidente do órgão que os deveria obrigar a cumprir. O exemplo dos Cadernos Eleitorais é mais um triste episódio num Sporting cheio de dramas e de cenas muito tristes nos últimos anos.



Este é um órgão de grande importância. A candidatura de Rui Morgado pela Lista de Pedro Madeira apresenta-se como uma grande e óbvia alternativa à incapacidade e desnorte de Marta Soares. Aqui a mudança é quase obrigatória.



No Conselho Leonino temos três listas a votos. De enaltecer a Lista que somente vai a votos para este Órgão Consultivo. Sportinguistas anónimos, gente de estádios e pavilhões, gente educada e presente, gente que teve a coragem e acima de tudo, cumprem com o seu dever e obrigação de se fazerem ouvir e de se apresentarem como alternativa. Na minha opinião vão ter um bom resultado, e verdade seja dita merecem.



Por outro lado a Lista da candidatura de Bruno de Carvalho é um filme de terror. O regresso dos “cancros” ao Sporting. Cancros foi o termo utilizado pelo próprio presidente para denegrir Ricciardi e outros antigos dirigentes que agora se apresentam e andam aos abraços por Alvalade. O que hoje é verdade amanhã é mentira, e verdade seja dita, esta lista ao Conselho Leonino é para rir, pois esta gente não merece uma lágrima que seja.


E claro, olhemos para os dois candidatos, Pedro Madeira e Bruno de Carvalho, dois jovens, e o Sporting precisa desta juventude. Bruno de Carvalho teve quatro anos para se adaptar, para aprender, para se enquadrar com a responsabilidade que é ser Presidente de um Clube como o Sporting Clube de Portugal. Mas tarda em perceber e comportar-se como tal. O Clube está fraturado, os adeptos combatem entre si, há ameaças, há processos, há um tom baixo e sem perfil institucional. O Sporting é hoje um Clube gerido ao balcão da taverna, onde tudo se resolve com ataques ao rival Benfica, que para nossa tristeza, vai a caminho de quatro títulos em quatro anos de mandato de Bruno Carvalho. Nas modalidades e no futebol o terror é o mesmo. Muito dinheiro aplicado, e poucos ou nenhuns títulos. O Pavilhão tem mérito de Bruno, mas não podemos esquecer todo o trabalho feito pelas anteriores Direções no processo de resolução de terrenos e licenças com a autarquia. Sem estes processos nada aconteceria. Mas Bruno construiu, está quase pronto, e todos queremos que seja uma casa que muitas alegrias nos ofereça.

 

Pedro Madeira é o challenger destas eleições. Avançou sozinho num momento em que o Sporting estava ainda a lutar para vencer praticamente todas as competições. Sozinho foi conquistando apoios, garantindo votos, tem hoje uma Lista composta por antigos dissidentes de Bruno de Carvalho e de gente que muito deu ao Sporting e ao desporto nas ultimas décadas. Esta é uma Lista que deve ser bem avaliada e bem ponderada. Não é um capricho, é efetivamente um conjunto de Sócios muito válidos e preparados para alterar o rumo do Sporting nos próximos anos.



Pedro Madeira tem vindo a subir na sua confiança e notoriedade entre os Sócios. A poucas horas do Debate, se Pedro Madeira se conseguir afirmar definitivamente perante a plateia Leonina, tudo pode acontecer no dia 4 de Março. Pedro Madeira tem ainda trunfos na manga, como os investidores, sponsors, treinador e diretor desportivo. Ao que se vai ouvindo todos estes nomes serão fortes, e tudo será provado e comprovado de forma efetiva sem show mediático mas sim no sentido de começarem a trabalhar logo no dia 5.



O episódio do despedimento de Jorge Jesus foi mais um ato de coragem do candidato. E uma grande maioria tem esse desejo. E acredito que não será difícil chegar a esse acordo. Jorge Jesus está intimamente ligado a muito do que se passou nos últimos dois anos no departamento de futebol. Esteve nos negócios, nas compras, nas vendas, e isso pode ser o ponto de partida para colocar o lugar à disposição. Jorge Jesus pode ter muitos defeitos mas continuo a acreditar que e um Homem de caráter, do Sporting e que tem todas as qualidades para dar o salto para outro campeonato. Jorge Jesus sairá pelo seu próprio pé, pois perderá a confiança da direção e claro, perderá a confiança de quem realmente tem e deve ter o poder, os Sócios e Adeptos.


O Sporting está numa fase critica. Não é de agora. Mas vivemos atualmente de uma fraqueza enorme para os nossos rivais. Bruno de Carvalho dividiu o Clube, criou um conflito interno para governar. Se Pedro Madeira conseguir aproveitar esta fraqueza sairá vencedor das eleições. Bruno está desgastado, desacreditado, refém de um treinador autista que renega de forma perentória o nosso ADN de clube formador. E claro, o aumento brutal de emissão de VMOC´s, processo tão criticado por Dias Ferreira no passado e que agora evita tocar ou explicar aos Sócios e Adeptos o problema que temos entre mãos. O Clube e a SAD estão no limbo, continuam na mão da banca e de investidores. Os empresários de jogadores não nos consideram, a Federação de Futebol, a Liga de Clubes e a APAF não nos respeitam.



Um Clube orgulhosamente só só pode ter um destino. Ir definhando e desfalecendo sozinho, jogo após jogo, decisão após decisão até ao tombo final, que muito nos irá custar. Reerguer este Clube é uma missão de todos os associados e adeptos, que comece já no dia 4 com um voto de consciência. Basta! O Sporting não é isto.

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editado por Ivaylo a 25/2/17 às 11:27

20
Fev17

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A Comunicação de um clube assume importância relevante, não apenas na forma como se projecta a sua imagem em relação aos diferentes agentes desportivos, mas também em relação aos próprios adeptos do clube.

 

Cada vez mais, a forma como um clube se posiciona, a mensagem que emite, a forma como o faz, os momentos escolhidos e os assuntos que opta para abordar são decisivos. E falar demais e de forma errática, sem estratégia ou sem revelar inteligência, acaba por ser mais prejudicial do que benéfico aos interesses do clube. É que se a palavra é de prata, o silêncio é muitas vezes de ouro.

 

Em primeiro lugar, a Comunicação deve dar informações úteis aos associados, enaltecer os feitos e conquistas do Clube e só depois dar resposta, mas de forma selectiva e inteligente, a ataques, venham eles de clubes rivais ou de outros agentes.

 

Além disso, é errado pensar-se que a Comunicação se resume a uns posts no Facebook ou a uns comunicados. Há todo um trabalho (muitas vezes não visível, mas essencial) que deve ser realizado, no relacionamento com os media e que permite a um clube defender os seus interesses. Não se pode andar a dizer cobras e lagartos de um Record por exemplo e no dia seguinte conceder-lhe uma entrevista exclusiva ou dar-se-lhe uma “caixa”. Este tipo de coisas acaba por criar confusão e perplexidade nos adeptos.

 

Os media têm sido muitas vezes desfavoráveis ao Sporting. Interessa reflectir sobre as razões desta postura. Claro que podemos dizer que o Benfica tem uma máquina muito mais oleada, que há jornais como A Bola que fazem títulos constantes sobre esse clube, a tentar valorizar os seus jogadores e a tentar defender ao máximo os seus interesses, etc, etc. Tudo isto é verdade. Mas não deixa de ser também válido que a Comunicação do Sporting tem sido, em todo este mandato, um constante metralhar de tiros nos pés.

 

Não é coincidência o Sporting já contar com 4 Directores de Comunicação… tal como também não é um acaso, a Comunicação ser apontada pela grande maioria do universo leonino como um exemplo de algo que em vez de ajudar o clube nos seus objectivos, apenas contribui para nos prejudicar e muitas vezes envergonhar.

 

Vejamos a cronologia dos factos ao longo deste mandato… em primeiro lugar a Comunicação fica entregue a José Quintela e Bruno Roseiro. Tendo sido entendido que era necessário dotar este departamento de mais combatividade, know-how e eficácia, decide-se em 17/02/2015, contratar João Morgado Fernandes que tinha colaborado com José Sócrates, apesar de ter no seu histórico uma frase a gozar com o Sporting (“Sportem” como ele chamou ao clube nessa altura). Na mesma altura e hierarquicamente acima dele, entra para o clube Luís Bernardo da WL Partners, também benfiquista assumido, mas com competência e profissionalismo reconhecidos na área. Apenas 3 meses depois, entra novo director de Comunicação no clube, mais concretamente Mário Carneiro, que se mantém no clube até ser substituído por Nuno Saraiva (este sportinguista) a 3/05/2016, que é o actual Director de Comunicação, também por indicação de Luís Bernardo, que entretanto deixa o clube e passa a ser Director de Comunicação do … Benfica. Durante este período do consulado de Mário Carneiro, Bruno de Carvalho é responsável por dezenas de posts no Facebook, por vezes mais que um por dia, na sua maioria a falar do rival da Segunda Circular ou de pessoas afectas a esse clube. Aliás torna-se evidente o cansaço causado nos sportinguistas por este tipo de mensagem, que acaba por ser desvalorizada mesmo quando tem pertinência, pelo histórico e pela falta de sensatez na forma como é produzida, desgaste esse que afecta o próprio presidente do clube, muitas vezes a dar troco a comentadores e paineleiros do clube rival. Por esse motivo, muitos sportinguistas viram com alguma curiosidade a entrada do novo Director de Comunicação.

 

Pois, passados nove meses desde que tomou posse, podemos dizer que Nuno Saraiva representa uma tremenda frustração. Mais de metade dos seus posts são para falar do Benfica, das suas finanças, do que dizem os seus comentadores e paineleiros, de jogadores, etc, etc.

 

Neste fim de semana, e quando o tema mais marcante era a escandalosa arbitragem de Luís Ferreira no Dragão, com um penalty inventado e uma expulsão ridícula, tudo erros em favor do Porto, no jogo com o Tondela, Nuno Saraiva fez ontem mais um post, não a falar deste assunto, mas de … Rui Vitória. Obviamente que não está em causa que é preciso uma tremenda cara de pau, como revelou o treinador do Benfica – o tal que nunca fala de árbitros – ao vir dizer que “não brinquem comigo” a propósito da arbitragem do jogo do Porto. Tem de facto uma grande moral para o fazer… mas a Comunicação do Sporting escolher apenas a reacção de Rui Vitória e esquecer a arbitragem escandalosa do jogo do Dragão é mais um exemplo da tremenda obsessão que os responsáveis do clube têm pelo Benfica.

 

Mas será que a culpa é apenas de Nuno Saraiva? Antes o fosse, embora não esteja obviamente inocente. A verdade porém é que antes de Nuno Saraiva a mensagem era exactamente a mesma, só que o emissor era o próprio presidente do clube. Portanto, o problema não se resume substituindo o “boneco” de ocasião (neste caso Nuno Saraiva). É o ventríloquo que tem de deixar de ter esta obsessão e ser muito mais selectivo e eficaz na mensagem que veicula ou pede para que seja emitida. De outra forma, apenas contribui para a ridicularização do nosso Clube e para que ninguém nos leve a sério quando queremos ser contundentes ou atingir um alvo específico. Um verdadeiro case-study de incompetência e de falta de eficácia…

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Seguindo o que os meus colegas escribas já fizeram para outras áreas do programa, segue uma análise de cada ponto do programa de Pedro Madeira Rodrigues relativo aos sócios. Para evitar redundâncias (num ponto onde estas abundam), devo começar por ressalvar que quase todas as medidas propostas pecam por ser excessivamente esquemáticas e carecem (desesperadamente) de um maior aprofundamento. Não se entende como tal ainda não foi feito. Só que isto seriam conversas para outras núpcias… Por outro lado, fruto desta falta de informação, por ora não vejo que mais vantagens me traria a associação ao Clube (descontos, promoções, facilidades, etc).

 

Cumpre também dizer que, não obstante as discrepâncias entre o número actual de sócios de que se ufana a Direcção de Bruno de Carvalho e os efectivamente pagantes, se trabalhou bastante bem neste aspecto ao longo deste mandato, com iniciativas como o Sócio num Minuto ou o Regresso num Minuto.

 

  1. “Reintroduzir o provedor do sócio, em paralelo com o OLA, com funções definidas de ponte entre o sócio e os serviços, obedecendo a livro de regras e de respostas” – Parece-me uma medida interessante; faz jus à ideia de que os sócios são o maior património do Clube, merecendo um tratamento diferenciado que a actual linha de informação não consegue providenciar em tempo útil. No entanto, a figura do provedor do sócio deveria ser integrada num organograma funcional mais vasto e com funções mais claramente definidas. Se o OLA é o responsável pela articulação com os núcleos e, no tempo de João Rocha, na composição dos inesquecíveis comboios verdes, que fará o provedor do sócio? Tratará individualmente dos problemas de cada associado?! Terá uma equipa ao seu dispor para dar vazão à comunicação clube-associado? Far-se-á ouvir através de que canais? Estará em permanência na Loja Verde? Inaugurar-se-á um gabinete presencial de apoio ao sócio? Exigem-se mais esclarecimentos neste ponto. Só dúvidas me assistem aqui…
  2. “Propor a criação da figura do sócio-filho. Um agregado familiar com pelo menos dois sócios efectivos de escalão A poderá ver os seus descendentes directos isentos de quota até aos 14 anos” – É uma medida que atrairá, em teoria, mais associados, estimulando a omnipresença do Sporting no quotidiano das crianças desde tenra idade, indispensável à difusão do sportinguismo e seus valores e à renovação geracional prioritária num clube centenário. No entanto, do ponto de vista das receitas, isentar os “sócios-filho” de quotas até aos 14 anos privaria o Clube de bastantes anos de quotizações. Parece-me que o sistema da Direcção actual, com as categorias “Infantil” (0-11 anos inclusive, com quotas mensais na ordem dos 3 euros), a “Juvenil” (12-17 anos inclusive, com quotas mensais na ordem dos 4 euros) e a “B” (com quotas de 6 euros mensais) parecem relativamente comportáveis para um agregado familiar de classe média, não defraudando o Clube do valor das quotizações… Parece-me uma medida desnecessária.
  3. “Propor a criação da figura do sócio-núcleo, partilhando o valor da quotização com estes e tornando-os uma verdadeira delegação do clube numa óptica de descentralização com maior capacidade funcional, nomeadamente ao nível da bilhética” – Já simpatizo mais com esta medida. Creio que apenas o Solar do Norte tem capacidade de vender bilhetes fora de Lisboa. Um pioneiro desta vertente descentralizadora que, à semelhança da criação da Academia no norte do país, me parece ser uma das marcas desta candidatura. Ainda assim, seria talvez mais eficaz dotar os núcleos de maior autonomia funcional e não tanto a figura do próprio associado… Qualquer membro de um determinado núcleo teria, por inerência, os benefícios que essa maior autonomia conferiria… Institucionalizar tal sob um “sócio-núcleo” é, de novo, uma redundância.
  4. “Propor a criação da figura do sócio-claque, permitindo aos membros das claques um desconto na quotização até aos 21 anos” – Que desconto? Em que consistiria este desconto? Devo relembrar que a Direcção de Bruno de Carvalho instituiu (e muito bem) a obrigatoriedade de se ser sócio do Clube e da claque para se poderem usufruir das regalias inerentes aos grupos organizados (e legalizados) de adeptos. Mais uma medida redundante…
  5. “Propor a criação da figura do sócio-internacional, permitindo uma maior ligação ao clube do número cada vez mais elevado de sportinguistas que vivem fora de Portugal” – Óptima intenção. Mas peca por confusa. Sócios-internacionais serão sócios portugueses emigrados no estrangeiro? Ou sócios estrangeiros? E que tal uma política de expansão internacional da Marca Sporting que cativasse a simpatia de cidadãos estrangeiros? E que tal a já referida dotação de autonomia aos grupos de apoio ao Sporting no estrangeiro, estimulando maior interacção social com a realidade do país em causa? Não se percebe a medida…
  6. “Explorar a possibilidade de introdução do voto electrónico nos núcleos, salvaguardando a total fiabilidade dos sistemas” – Aqui sim! Uma medida de autonomização das funções aos núcleos. Escapa ao paradigma de confusão e redundância que caracterizam este ponto em larga escala…
  7. “Realizar com maior regularidade treinos abertos aos sócios da equipa principal de futebol em Alvalade” – Redundante! Durante este (e outros) mandatos fizeram-se vários treinos abertos, sempre muito participados, onde o sportinguismo e o entusiasmo prevaleceram. Destaco sobretudo os treinos solidários de Natal, onde fiz sempre questão de ir com muito gosto.
  8. “Fundir a Fundação Sporting e a Leões de Portugal – Associação de Solidariedade Sportinguista para ganhar massa crítica e aumentar eficácia.” – Seria uma medida concentracionária e optimizadora, de facto: agregaria sinergias de duas instituições especializadas, desde há muitos anos, em iniciativas de carácter solidário. Resta saber qual seria o desenho institucional final e como se procederiam às negociações na prática concreta.

O problema central que identifico neste ponto, para lá da redundância e da falta de informação, é a confusão tremenda que existe entre a política de núcleos, a relação com os associados e a expansão da Marca. Tem de se fazer uma separação clara. Tem de se saber que profissionais de prestígio assumiriam a condução destas pastas, tão vitais à manutenção do Clube. Em suma, informação precisa-se!

PS: Existindo um Núcleo de Sportinguistas da Califórnia (foto infra), de que se está à espera para trabalhar seriamente esta vertente?

Núcleo do Sporting da Califórnia.jpg

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editado por Ivaylo a 25/2/17 às 11:46

07
Fev17

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Hoje, dia 7 de Fevereiro de 2017, o Sporting vai para quase quinze anos sem vencer um campeonato, com poucos títulos internos nestes anos passados, com eternos problemas internos de liderança, com problemas financeiros, com erros graves de gestão, com tantas asneiras que se abriu a possibilidade a um ilustre desconhecido tomar o poder.

Bruno de Carvalho está no seu quarto ano de mandato. E tudo continua na mesma, ou numa visão financeira, pior. Estamos mais dependentes de terceiros, temos menos percentagem da nossa SAD, o nosso passivo aumenta a olhos vistos, o investimento é cada vez maior e o retorno, seja ele em vendas seja em títulos é praticamente nulo.

Ora, não é necessário tirar um curso de gestão ou um MBA para entender que de onde se tira e não se coloca, algum dia irá faltar, e não existirá onde ir buscar para tapar o buraco.

Hoje, dia 7 de Fevereiro de 2017, a menos de um mês das eleições no Sporting, dois candidatos pouco esclarecem e nada apresentam de soluções.

Não há uma única proposta de rutura. E no caso da Candidatura de Bruno de Carvalho, é ainda mais assustador assistir ao regresso de figuras do passado recente tão violentamente criticados pelo atual Presidente. Eram “estes” o “cancro” do Sporting. Pois bem, como é hábito, as metástases espalham-se e dificilmente conseguem ser eliminadas. E neste caso até se abraçam com a “cura”, apesar de o problema continuar bem visível e a alastrar abruptamente por todo o universo Sporting.

Ora avaliando o estado do Clube, olhando para os péssimos resultados desportivos, para os miseráveis resultados financeiros, para o estado da nossa Formação, para o tom e a forma como Bruno de Carvalho lidera, a questão que se coloca é: Porque desistiu Mário Patrício? Porque não avançou já Benedito? Ganhariam estas eleições, e não sou eu que o digo, é a bancada leonina que não quer Bruno de Carvalho.

Quando olhamos para a Comissão de Honra de Bruno de Carvalho, e conhecendo nós os apoiantes dos Candidatos a Candidatos que nunca o foram e desistiram, começo a ter a certeza que há uma estratégia na sombra, ou melhor, e ao estilo Hollywood, uma golpada.

Ora vejamos, Ricciardi está sempre com quem está no poder. Hoje gosta do Bruno, amanhã tratará de o dizimar. Isso é uma certeza como a fome. Pedro Baltazar quer o poder, Froes quer o poder, Mário Patrício quer o poder, Godinho quer a sua “vendetta”, entre tantos outros ilustres, onde se poderá encontrar Alvaro Sobrinho e Mosquito, grandes “amigos” dos cofres verdes e brancos.

Bruno de Carvalho está a ser dizimado por dentro. A esta equipa apresentada falta somente Carlos Barbosa e Nobre Guedes para se afirmar o passado recente que Bruno prometeu “limpar”. Pois bem, que maior afirmação de fracasso que se ver obrigado a “readmitir” toda esta gente? E que maior afirmação de liderança marioneta que tudo isto?

Bruno não será vencido na urna, cairá sozinho, em desgraça, acabando com um falso mito. E merece cair assim. Um vendedor de banha da cobra que engana, processa, insulta os Sócios que lhe pagam o ordenado e lhe permitem viajar e passear em família e com namoradas por este mundo fora.

Bruno auto-injetou-se com o vírus. A cura não existe. Querem destruí-lo. Mas quem deixou a ferida exposta foi o próprio Bruno. E não se preocupou nunca em cura-la, mas sim em alastrar o fosso e a promover uma divisão e uma guerrilha que nunca poderia ganhar.

Bruno é um pobre diabo. Sem credibilidade perante a banca, sem credibilidade perante as empresas, sem voz nem poder em lado algum. E na sua ignorância e redução à realidade, não é de espantar preferir o banco à bancada presidencial. Pois no banco junto ao relvado está ao seu nível, na cadeira dos negócios é um pobre rapaz, sem propósitos e sem capacidade de envolvimento e visão.

Bruno acabou. Tem os dias contados. E uma vez mais, quem pagará tudo isto é o Sporting.

Mantenham-se atentos, pois o golpe está em marcha, e a perda da SAD é cada vez mais uma realidade.

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editado por Ivaylo a 25/2/17 às 11:51

01
Fev17

My Own Worst Enemy

por Ivaylo

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No dia 30, um dia antes do encerramento do mercado de Inverno em Portugal, o presidente do Sporting Bruno Carvalho faz uns momentos de pausa (legítimos… é um período tranquilo…) e dá a voz ao candidato Bruno Carvalho para acusar o candidato Madeira Rodrigues de destabilizar a equipa.

 

Sobre Madeira Rodrigues, efectivamente ao anunciar a sua candidatura à presidência garantiu que não iria falar sobre a equipa de futebol no decorrer da campanha. Não cumpriu. Ter-lhe-ia ficado bem essa coerência, assim como lhe ficaria muito bem esquecer de uma vez por todas a utopia de despedir Jorge Jesus. Uma coisa é certa, cometer estes erros incoerentes na campanha é bem menos grave do que cometê-los em exercício de funções.

 

No que diz respeito às acusações proferidas por Bruno Carvalho, há que lhe reconhecer muita razão! É evidente que existe alguma desestabilização no futebol leonino, evidentemente tendo como causa Madeira Rodrigues.

 

Porquê? Simples…

 

Foi Madeira Rodrigues que dotou o Sporting de uma estrutura de futebol, corporizada em Jesus e Octávio, que deixa o plantel impermeável a qualquer brisa de contrariedade.

 

Foi Madeira Rodrigues que, em empolgação eleitoralista, decidiu ter esta época o maior orçamento de toda a História do futebol do Sporting Clube de Portugal.

 

Foi Madeira Rodrigues que, em alinhamento com o treinador, decidiu que os defesas laterais que transitaram da última época seriam suficientes em termos qualitativos para atacar 4 provas (com legítimas pretensões de vencer 3).

 

Foi Madeira Rodrigues que tomou a decisão estratégica de, para dotar o plantel de experiência, optar por ceder jogadores provenientes da Formação em empréstimos e, para os seus lugares recrutar jogadores que foram/são uma clara mais-valia para o plantel. Douglas, Petrovic, Elias, Meli, André, Castaignos são exemplos.

 

Foi Madeira Rodrigues que, emotivamente em reacção ao desvio de Carrillo para o Colombo, decide responder “à altura”, “desviando” Markovic de Anfield para Alvalade. «Pelo menos não custou um cêntimo»..., excepto o fee de empréstimo de 1,5M€ aos quais acresceram uma comparticipação mensal do seu vencimento de 40% (ou seja, o tecto salarial do Sporting).

 

Foi Madeira Rodrigues, batendo o pé no chão em fúria com a frustração da eliminação da Taça da Liga (da qual é claramente responsável), que resgatou os atletas André Geraldes e Ryan Gauld do Vitória de Setúbal. Foi igualmente ele que os fez passar o mês de Janeiro numa novela mexicana de destino incerto, destino que acaba por ser o plantel do Sporting (A ou B, veremos…).

 

Por último, é agora Madeira Rodrigues que continua a achar que os defesas laterais do plantel são mais que suficientes para atacar o resto da Liga. Mais que suficientes! Porque até se dá ao luxo de dispensar alguns…

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