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O Sporting é a paixão que nos inspira. Não confundimos competência com cultos de personalidade. 110 anos de história de um clube que resiste a tudo e que merece o melhor e os melhores de todos nós. Sporting Sempre

21
Fev17

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Estamos a chegar ao final de uma campanha que é um autêntico case study. Nunca na vida do Sporting se debateu tão pouco o futuro e o presente do Clube e da SAD em detrimento da vida e da personalidade dos candidatos.



Esta forma de fazer campanha é sintomática do estilo aplicado nos últimos anos. Desde 2011 que o Sporting se começou a fraturar internamente. O Sporting é hoje um clube altamente dividido, sem poder e completamente à deriva e à mercê de investidores desconhecidos e dos devaneios de um Presidente que assumidamente dividiu para reinar e construir uma carreira e claro uma carteira.



Mas vamos navegar pelos três universos que vão a votos. Presidente e equipa, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Leonino. Se para a presidência a luta começa a ganhar contornos de ser mais disputada que há semanas passadas, as candidaturas para a Mesa e para o Conselho Leonino podem ser uma grande surpresa.



Marta Soares é para uma grande maioria um dos piores Presidentes de sempre, a par com Eduardo Barroso. Ambos bailarinos e bipolares, navegam mediante interesses próprios e até obscuros como foi explicado por Daniel Sampaio numa entrevista que deu há uns anos.



Marta Soares não sabe nem quer saber. Tem uma atitude que roça até o nível saloio e não compreende os estatutos, que curiosamente, é o presidente do órgão que os deveria obrigar a cumprir. O exemplo dos Cadernos Eleitorais é mais um triste episódio num Sporting cheio de dramas e de cenas muito tristes nos últimos anos.



Este é um órgão de grande importância. A candidatura de Rui Morgado pela Lista de Pedro Madeira apresenta-se como uma grande e óbvia alternativa à incapacidade e desnorte de Marta Soares. Aqui a mudança é quase obrigatória.



No Conselho Leonino temos três listas a votos. De enaltecer a Lista que somente vai a votos para este Órgão Consultivo. Sportinguistas anónimos, gente de estádios e pavilhões, gente educada e presente, gente que teve a coragem e acima de tudo, cumprem com o seu dever e obrigação de se fazerem ouvir e de se apresentarem como alternativa. Na minha opinião vão ter um bom resultado, e verdade seja dita merecem.



Por outro lado a Lista da candidatura de Bruno de Carvalho é um filme de terror. O regresso dos “cancros” ao Sporting. Cancros foi o termo utilizado pelo próprio presidente para denegrir Ricciardi e outros antigos dirigentes que agora se apresentam e andam aos abraços por Alvalade. O que hoje é verdade amanhã é mentira, e verdade seja dita, esta lista ao Conselho Leonino é para rir, pois esta gente não merece uma lágrima que seja.


E claro, olhemos para os dois candidatos, Pedro Madeira e Bruno de Carvalho, dois jovens, e o Sporting precisa desta juventude. Bruno de Carvalho teve quatro anos para se adaptar, para aprender, para se enquadrar com a responsabilidade que é ser Presidente de um Clube como o Sporting Clube de Portugal. Mas tarda em perceber e comportar-se como tal. O Clube está fraturado, os adeptos combatem entre si, há ameaças, há processos, há um tom baixo e sem perfil institucional. O Sporting é hoje um Clube gerido ao balcão da taverna, onde tudo se resolve com ataques ao rival Benfica, que para nossa tristeza, vai a caminho de quatro títulos em quatro anos de mandato de Bruno Carvalho. Nas modalidades e no futebol o terror é o mesmo. Muito dinheiro aplicado, e poucos ou nenhuns títulos. O Pavilhão tem mérito de Bruno, mas não podemos esquecer todo o trabalho feito pelas anteriores Direções no processo de resolução de terrenos e licenças com a autarquia. Sem estes processos nada aconteceria. Mas Bruno construiu, está quase pronto, e todos queremos que seja uma casa que muitas alegrias nos ofereça.

 

Pedro Madeira é o challenger destas eleições. Avançou sozinho num momento em que o Sporting estava ainda a lutar para vencer praticamente todas as competições. Sozinho foi conquistando apoios, garantindo votos, tem hoje uma Lista composta por antigos dissidentes de Bruno de Carvalho e de gente que muito deu ao Sporting e ao desporto nas ultimas décadas. Esta é uma Lista que deve ser bem avaliada e bem ponderada. Não é um capricho, é efetivamente um conjunto de Sócios muito válidos e preparados para alterar o rumo do Sporting nos próximos anos.



Pedro Madeira tem vindo a subir na sua confiança e notoriedade entre os Sócios. A poucas horas do Debate, se Pedro Madeira se conseguir afirmar definitivamente perante a plateia Leonina, tudo pode acontecer no dia 4 de Março. Pedro Madeira tem ainda trunfos na manga, como os investidores, sponsors, treinador e diretor desportivo. Ao que se vai ouvindo todos estes nomes serão fortes, e tudo será provado e comprovado de forma efetiva sem show mediático mas sim no sentido de começarem a trabalhar logo no dia 5.



O episódio do despedimento de Jorge Jesus foi mais um ato de coragem do candidato. E uma grande maioria tem esse desejo. E acredito que não será difícil chegar a esse acordo. Jorge Jesus está intimamente ligado a muito do que se passou nos últimos dois anos no departamento de futebol. Esteve nos negócios, nas compras, nas vendas, e isso pode ser o ponto de partida para colocar o lugar à disposição. Jorge Jesus pode ter muitos defeitos mas continuo a acreditar que e um Homem de caráter, do Sporting e que tem todas as qualidades para dar o salto para outro campeonato. Jorge Jesus sairá pelo seu próprio pé, pois perderá a confiança da direção e claro, perderá a confiança de quem realmente tem e deve ter o poder, os Sócios e Adeptos.


O Sporting está numa fase critica. Não é de agora. Mas vivemos atualmente de uma fraqueza enorme para os nossos rivais. Bruno de Carvalho dividiu o Clube, criou um conflito interno para governar. Se Pedro Madeira conseguir aproveitar esta fraqueza sairá vencedor das eleições. Bruno está desgastado, desacreditado, refém de um treinador autista que renega de forma perentória o nosso ADN de clube formador. E claro, o aumento brutal de emissão de VMOC´s, processo tão criticado por Dias Ferreira no passado e que agora evita tocar ou explicar aos Sócios e Adeptos o problema que temos entre mãos. O Clube e a SAD estão no limbo, continuam na mão da banca e de investidores. Os empresários de jogadores não nos consideram, a Federação de Futebol, a Liga de Clubes e a APAF não nos respeitam.



Um Clube orgulhosamente só só pode ter um destino. Ir definhando e desfalecendo sozinho, jogo após jogo, decisão após decisão até ao tombo final, que muito nos irá custar. Reerguer este Clube é uma missão de todos os associados e adeptos, que comece já no dia 4 com um voto de consciência. Basta! O Sporting não é isto.

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editado por Ivaylo a 25/2/17 às 11:27

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Continuando a análise do programa de Pedro Madeira Rodrigues, após termos abordado Liderança e Valores, Finanças e Marketing e Comunicação, chega agora a vez de olhar para as propostas na área de Universo Desportivo.

 

1. Garantir uma maior participação institucional activa do Sporting nos principais orgãos de decisão do desporto em Portugal.

 

Fundamental! Imperativo! O Sporting Clube de Portugal está há décadas afastado dos lugares de decisão, no futebol pelo menos. Federação Portuguesa de Futebol e Liga de Clubes. Poderemos também considerar o Conselho de Arbitragem e o Conselho de Disciplina, no entanto estes são eleitos no seio das anteriores, além que são orgãos dos quais os clubes devem manter alguma "distância".

 

Já assistimos no mandato de n presidentes do Sporting, há décadas, a dois factos ocorrerem com alguma frequência. O Sporting é prejudicado pelas arbitragens, primeiro facto. O Sporting limita-se à "queixa mediática" e algumas acções de protesto inócuas, o outro facto. Saúda-se a intenção de mudar este status quo! Fernando Gomes estará para durar na FPF, mas é obrigatório o Sporting apresentar uma lista própria à Liga. Rogério Alves, estando disponível, seria uma excelente escolha.

 

2. Marcar a agenda do desportivismo em Portugal, defendendo sempre os interesses do Sporting, estabelecendo pontes em assuntos comuns, mas sem fazer alianças de qualquer espécie.

 

Para garantir uma candidatura forte à Liga é de extrema importância estabelecer pontes com outros clubes. Concordo com a questão de não fazer alianças, mas apenas em relação aos rivais históricos. O Sporting dificilmente saíria prejudicado de uma aliaça com um clube que tem objectivos competitivos menos ambiciosos. Poderiam essas alianças ser úteis até noutros aspectos, como a colocação de atletas por empréstimo. Para além disto, limito-me a citar Madre Teresa de Calcutá.

 

3. Promover a exposição e militância de sportinguistas mais influentes na nossa sociedade, através da partilha transparente de informação e permante networking.

 

Aqui, basicamente, Madeira Rodrigues propõe a criação de um "lobby Sporting". Absolutamente nada contra, desde que se respeite o princípio de transparência. De salientar que os lobbys têm uma visão menos positiva em Portugal sobretudo pela sua não regulação. Nos Estados Unidos são legais e regulamentados e encarados como normais.

 

4. Promover a cultura sportinguista com o programa "Sporting nas escolas" liderado pela Fundação Sporting / Leões de Portugal, com a participação de embaixadores do nosso clube que visitarão escolas de todo o país (envolvendo núcleos, delegações e filiais) para passar o conhecimento do clube e dos valores de desportivismo.

 

Uma boa ideia. Pela base da mesma, fomentar a cultura do Sporting, mas também pela oportunidade de reforço de interacção entre a "cabeça" (Clube) e os "braços" (Núcleos). Além de que... a criança feliz de hoje poderá ser o sócio de amanhã.

 

5. Criar condições para a melhoria da competitividade do futebol Português, procurando propor alterações dos quadros fiscais em que os clubes e atletas se inserem, junto das entidades competetentes e exercendo as influências legítimas para que as mesmas se tornem realidade. Propor alterações ao nível da fiscalidade para garantir condições mais equilibradas de atracção de jogadores em comparação com outros mercados. Propor melhorias ao nível de jogo: últimos 10 minutos com o relógio a parar.

 

Uma boa intenção, mas que dificilmente passará disso. É um facto que, desde que foi revisto o regime de IRS dos futebolistas em Portugal, perdemos competitividade com outras Ligas, já de si mais competitivas a priori por terem maior capacidade de investimento. No entanto, ainda para mais com o actual Governo suportado em maioria parlamentar com comunistas e bloquistas, sabemos todos que será impossível na actualidade rever esse regime. Mesmo com qualquer outro Governo, nenhum Partido quererá atrair para sí o ónus da "menor justiça fiscal" depois das dificuldadaes que o país atravessou e atravessa.

 

Quanto aos últimos 10 minutos... Implica que o International Board altere as regras do futebol... Além que, porque não o jogo todo, porquê só 10 minutos? Um momento de boa disposição no Programa...

 

6. Incentivar alterações ao nível da arbitragem em Portugal, nomeadamente a reintroduição do sorteio de árbitros.

 

Apenas possível com o Sporting nos lugares de decisão referidos na primeira proposta. Enquanto vigorou o regime de sorteio o Sporting venceu 2 campeonatos em 3...

 

7. Sensibilizar e defender junto das entidades responsáveis pela marcação dos horários dos jogos da equipa principal de futebol, que estes tenham em consideração os sócios e adeptos que vivam longe de Lisboa.

 

Estas questões não se sensibilizam, negoceiam-se. Quem decide os horários, basicamente, é quem tem os direitos televisivos. Direitos esses que os clubes cedem, e negoceiam para os ceder. É esse o momento de abordar a questão.

 

8. Dinamizar programas de apoio à colocação no mercado de trabalho de ex-desportistas.

 

Uma muito boa intenção. Não obstante, deveria ser o Sindicato de Jogadores a avançar com a mesma, visto enquadrar-se mais com as suas competências. Mas claro que o Sporting deve colaborar! A esmagadora maioria das pessoas avalia a qualidade de vida dos desportistas em geral pelo gold standard, as "vedetas". Nem todos os desportistas são milionários, longe disso, e muitos sacrificaram outras carreiras pelo desporto. Saudável ideia, enquadrada no que são os valores do Sporting Clube de Portugal.

 

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